LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A EXISTÊNCIA DE COMPONENTES PRESENTES NOS DIVERSOS TIPOS DE LEITE EM UMA ATIVIDADE INTERATIVA NO MARAJÓ-PA.
ISBN 978-85-85905-25-5
Área
Química Orgânica
Autores
Santos, E.L. (UEPA) ; Lima, A.M. (UEPA) ; Cruz, C.L.B. (UEPA) ; Leal, M.F. (UEPA) ; Silva, V.F. (UEPA) ; Lima, M.N.N. (UEPA) ; Nunes, L.P. (UEPA) ; Gomes, K.L.S. (UEPA) ; Vital, R.M. (UEPA) ; Souza, R.F. (UEPA)
Resumo
A demanda por produtos lácteos com maior vida de prateleira e a conservação das características sensoriais, nutritivas e de segurança são requisitos cada vez mais importantes para o consumidor. Analises foram feitas no laboratório de Ciências Naturais da Universidade do Estado do Pará (UEPA) campus XIX núcleo. No entanto, a análise feita para verificar a presença de substâncias estranhas ao leite (Ácido Bórico) têm consistentemente apresentado a presença de ácido Bórico devido ao aparecimento e desaparecimento da cor rosa, comparando com a coloração do leite permaneceu- se inalterada, desta maneira, não havendo proteína em sua composição.
Palavras chaves
albumina; caseína; componentes estranhos
Introdução
A demanda por produtos lácteos com maior vida de prateleira e a conservação das características sensoriais, nutritivas e de segurança são requisitos cada vez mais importantes para o consumidor, para a indústria e consequentemente para o produtor, visto que a qualidade do leite tem como ponto de partida o local de produção (FONSECA & SANTOS, 2007). O leite é uma das melhores fontes de cálcio disponíveis, por isso este alimento é essencial para a saúde dos ossos, das unhas e dos dentes e o seu consumo ajuda a prevenir a osteoporose. Com isso é necessário e indispensável o uso deste alimento desde os primeiros meses de vida até a terceira idade. O mesmo é constituído de água, que tem a função de dissolver alguns componentes, além de dispensar e emulsificar outros, e essa função é maior atingida quando se trata do leite natural, isto é, aquele que é retirado diretamente do animal. Considera-se leite fraudado, adulterado ou falsificado quando este for adicionado de água, tiver sofrido subtração de qualquer um dos seus componentes ou for adicionado de substâncias conservadoras ou de quaisquer elementos estranhos à sua composição (BRASIL, 1997). Sabe-se que o leite é rico em algumas proteínas, como por exemplo, a caseína e a albumina, as quais possuem funções fundamentais para o organismo, a caseína está em um percentual de 80% na composição do leite, já a albumina com um percentual, aproximadamente, de 15%, esses compostos orgânicos vem sendo adotados por muitas pessoas, pelo fato de serem proteínas que ajudam em uma rígida dieta, pois há uma demora em sua digestão, a caseína é em torno de 6 a 7 horas, a albumina em média de 2 a 4horas. Contudo, há forte indício de que a composição desses produtos vem sendo adulterados, ou seja, substâncias estranhas são imersas dentro do leite, algumas com a finalidade do produto atingir uma maior durabilidade nas prateleiras dos supermercados. Então, afim de que fosse feita uma análise das proteínas caseína e albumina, tanto no leite natural de búfala quanto no industrial, realizou-se experimentos cruciais no laboratório de Ciências Naturais da Universidade do Estado do Pará (UEPA) Campus XIX – Salvaterra que foram determinantes para verificar as diferenças das proteínas nos dois produtos, mas também, executou-se experimentos, com a finalidade de apurar substâncias estranhas nos leites.
Material e métodos
Recentes desenvolvimentos têm salientado a necessidade de investigar a presença de substâncias estranhas em dois diferentes tipos de leites. Diante dessa perspectiva em busca de descobrir essas substâncias, foram feitas análises no laboratório de Ciências Naturais da Universidade do Estado do Pará (UEPA) campus XIX núcleo Salvaterra suporte para realização das análises. As primeiras análises mostram a comparação quanto à quantidade de proteínas presentes em dois diferentes tipos de leite (leite liquido de caixa e leite natural de búfala) este que ocorre por meio da separação de caseína e albumina. A segunda análise consiste na realização de três testes que possam indicar a presença de alguns materiais estranhos ao leite que podem ser: amido, ácido salicílico e ácido bórico. Esses testes consistem em analisar características, identificação de componentes e fraudes do leite em busca de verificar até que ponto a classificação desses produtos será “inválida”.
Resultado e discussão
Nas análises feitas para observar o rendimento de Albumina e Caseína pode-se
notar que ao adicionar 200 mL de leite integral em um béquer e aquecê-lo na
chapa aquecedora até soltar uma fervura e adicionar o vinagre, coá-lo em
seguida para assim obter resultado na balança analítica, foi observado que o
rendimento elevou-se a um total aproximado de 47,9296 g da proteína caseína
50,1430g da proteína albumina, resultado esse que se difere,
consideravelmente, do experimento realizado com o leite de búfala.
O procedimento foi o mesmo para a solução com o leite de búfala, este porém
obteve-se um total de 75,8832g da proteína caseína e somente, 00.0008g
(Fig.07) da proteína albumina. Sendo assim, fica evidente que o leite de
búfala apresenta um maior percentual de caseína em relação ao leite
integral, esse que apresenta maior massa de albumina que o leite de búfala
do Marajó.
Com o procedimento feito no teste para verificar a presença de amido no
leite, observou-se que o mesmo não continha tal substância. Essa
característica pode ser observada quando é acrescentado gotas da solução
lugol (l2 + Kl) ao leite, pois a identificação é feita atrás da coloração
visível a olho nu, que vai do rosa ao preto. Portanto, ao inserir tal
solução não houve alteração na coloração do leite.
Com o experimento realizado para verificar se havia a presença de ácido
salicílico, observou-se que o leite não possui o ácido, pois a presença da
cor rosa não se obteve. O ânion salicilato é utilizado no leite com objetivo
de fazer com que o produto contenha uma maior durabilidade, isto é, aplicado
nos produtos como conservante, contudo o ácido salicílico é um composto que
possui uma ação corrosiva ao organismo, por isso que seu uso é indevido.com
isso, foi notório que o leite integral apresentou resultado satisfatório, ou
melhor, seu consumo é sem risco em relação a esse ácido.
No entanto, a análise feita para verificar a presença de substâncias
estranhas ao leite (Ácido Bórico) têm consistentemente apresentado a
presença de ácido Bórico devido ao aparecimento e desaparecimento da cor
rosa. Porém isso só aconteceu devido ao H3BO3 ser um ácido de teor muito
fraco em soluções aquosas, apresentando assim maior grau de ionização em
glicerina, o suficiente para fazer a coloração rosa desaparecer.
Conclusões
Com a realização do experimento para saber se havia substancias estranhas, notou-se de imediato o surgimento da cor violeta no leite de búfala, indicando, assim, que ali haviam proteínas. Dessa forma, haveria a interação entre proteínas e o íon Cu 2+, na água uma cor normal, essa que enquadrou-se como referência, isto é, comparando com a coloração do leite permaneceu-se inalterada, desta maneira, não havendo proteína em sua composição.
Agradecimentos
UEPA, CNPQ, CAPES
Referências
BRASIL. Ministério da Agricultura. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA. Brasília, DF, 1997.
FONSECA, L. F. L. & SANTOS, M. V. Estratégias de controle de mastite e melhoria da qualidade do leite. Barueri: Manole, 2007. 314p.