Avaliação da atividade antioxidante dos extratos hexanóico dos frutos do puruí (Alibertia edulis) e do extrato acetato de etila de jenipapo verde (Genipa americana).

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Produtos Naturais

Autores

Araúo, E. (UFAM) ; Kazumy de Lima Yamaguchi, K. (UFAM) ; Caldas Rocha, W. (UFAM)

Resumo

A diversidade dos frutos amazônicos vem se destacando principalmente na produção de produtos naturais seja na forma de cosméticos, inseticidas, defensivos agrícolas e principalmente em medicamentos. O objetivo deste trabalho é avaliar a atividade antioxidante dos extratos hexanóico de fruto puruí e do extrato acetato de etila de jenipapo verde. A avaliação da atividade antioxidante deu-se por CCDC e revelados com solução de DPPH. Os resultando obtidos foram que os extratos hexanóico da polpa do puruí e o extrato acetato de etila de jenipapo verde apresentou a atividade antioxidante. Portanto, o método nos dar informações qualitativas sobre a atividade antioxidante dos extratos.

Palavras chaves

Fruto amazônicos; CCD/DPPH; Extratos vegetais

Introdução

A Amazônia é um bioma que possuí uma ampla diversidade em espécie de fruto nativas com alto potencial para exploração econômico, farmacêutico e industrial. Tendo em vista, que muitas ainda não foram estudadas, com isso existem aproximadamente 220 frutos comestíveis produzidos por espécies vegetais, representando 44% da diversidade de frutas nativas do Brasil, possuindo um grande potencial para o desenvolvimento de novos produtos (NEVES et al., 2002). A pesquisa com frutos tem sido bastantes valorizadas, sendo relevante estudos que possam investigar o perfil químico de frutos, visando sempre extrair substancias antioxidante. Os antioxidantes são substâncias que retardam ou inibem a oxidação de lipídios ou de outras moléculas, evitando o início ou a propagação das reações em cadeia de oxidação (Zacari, 2008). Isto é possível através da doação de um de seus elétrons. Por esse motivo são substâncias capazes de estabilizar radicais livres (Casagrande, 2014). Dessa forma, para se obter a atividade antioxidante dos frutos, pode-se utilizar o teste de DDPH(2,2-difenil-1-picril-hidrazila), esse método indireto serve para determinar se um extrato possuí atividade antioxidante, ou seja, para se descobrir os doadores de hidrogênio em matérias naturais. Objetivo deste trabalho é avaliar a atividade antioxidante dos extratos hexanóico do fruto puruí: casca, semente e polpa e do extrato em acetato de etila do fruto verde de jenipapo (Genipa americana).

Material e métodos

A presente pesquisa foi realizada no laboratório de Química Orgânica no Instituto de Saúde e biotecnologia ISB/ UFAM no município de Coari-AM. A coleta dos frutos ocorreu no terreno da UFAM e também foi adquirido com agricultores locais. O extrato hexanóico do fruto do puruí foi extraído da casca, sementes e polpa através de extração com hexano em aparelho de Soxhlet, sendo realizado em média 9 refluxos por cartucho e o jenipapo verde foi cortado em pequenas fatias e inseridos em um Erlenmeyer de 1000 mL e colocou-se acetato de etila até cobrir o fruto. Findo este processo, o líquido resultante de cada fruto foi transferido para um recipiente de vidro (Becker) e posto na capela para evaporação do solvente, assim resultou nos respectivos extratos. Em seguida pesou-se e calculou-se a massa dos extratos. Na avaliação da atividade antioxidante foi realizada em duas etapas: a primeira consistiu-se no screening, nos quais os extratos foram aplicados em CCDC e revelados com solução de DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila). Ácido ascórbico foi o controle e para o controle negativo: hexano e acetato de etila. As amostras foram aplicadas na concentração de 50 mg/mL. Nas placas cromatográficas dividiu-se em 8 quadrante esquematizados no cromatoplaca onde foi aplicado os extratos em forma de sport. E revelou-se com a solução de DPPH e esperou-se 15 min para o aparecimento de manchas amarelas como resultados. Os extratos que apresentaram os resultados positivos foram escolhidos para segunda etapa. Nesta etapa sucedeu-se pelo preparo da placa cromatográfica (5 x 10 cm) e aplicado em forma de banda com auxílio do capilar de vidro e posto na cuba cromatográfica sendo a eluição com hexano/acetato etila 8:2; foi aplicado a solução de DPPH e observou-se o surgimento de manchas amarelas.

Resultado e discussão

Os resultados obtidos foram positivos em CCDC, sendo observado pelo aparecimento de halos amarelados, sobre um fundo violeta, da mesma forma que o padrão o ácido ascórbico apresentou, após 15 minutos da aplicação do DDPH sobre a placa. Esse método baseia-se na transferência de elétrons de um composto antioxidante para um radical livre, como observou-se no experimento, sendo explicado que ao se reduzir perde sua coloração púrpura, avalia apenas o poder redutor do antioxidante, e por este motivo não detecta substâncias pró-oxidantes (BRANDWILLIAMS et al., 1995). Dessa forma, dos quatros extratos avaliados, apenas os extratos da polpa e extrato em acetato do jenipapo verde (Genipa americana) apresentaram atividade antioxidante, necessariamente essa coloração das substâncias demonstrada no procedimento, é explicado na maioria vezes pela a reação das substâncias fenólicas que são responsáveis por tais resultados, porém os resultados negativos são justificados pela concentração das amostras (Sevalho e Rocha 2017). Também notou-se que algumas substância que apresentaram atividade antioxidante possuí em ambas as frutas. Os extratos que apresentaram uma mancha amarelada foram aplicados em uma placa cromatográfica, em seguida posta na cuba e revelada com DDPH, assim forneceram Rf de 0,82 e 0,2, respectivamente.

Conclusões

O método CCD-DPPH forneceu informações qualitativa sobre a atividade antioxidante dos extratos analisaram. Os extratos hexanóico da polpa do puruí e a do extrato em acetato de etila do jenipapo verde apresentam halos com uma coloração amarelada semelhante ao padrão ácido ascórbico indicando o potencial antioxidante destes extratos.

Agradecimentos

Agradeço a instituto de Saúde e Biotecnologia ISB- UFAM campus Coari por ter disponibilizado as instalações, matérias e reagentes para a realização dessa pesquisa. A UFAM também por conceder a bolsa de PIBIC.

Referências

BRAND-WILLIAMS, M.; CUVELIER, M.E.; BERSET, C. Use of a free radical method to evaluate antioxidant activity. Lebensm – Wiss,u- Techno., v.28 p. 25-30, 1995.
CASAGRANDE, M. Avaliação do potencial antioxidante de coprodutos de industrias de suco de uva e de vinho visando sua aplicação em linguiça de franco. 2014. 121f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de processos Químicos e Bioquímicos)- Programa de pós- graduação em tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos, Universidade Tecnologia Federal do Paraná, Pato Branco.
NEVES, L. C.; CAMPOS, A. J.; BENEDETTE, J. M. T.; CHAGAS, E. A. Characterization of the antioxidant capacity of natives fruits from the Brazilian Amazon Region. Rev. Bras. Frutic., v. 34, n. 4, p. 1165-1173, 2002.
SEVALHO, E. S.; ROCHA, W. C. Potencial antioxidante dos diferentes extratos de Morinda citrifolia por TCL-DPPH. Conexão CI, Formiga/MG, Vol.12, nº 1, p.72-77, 2017.
ZACARI, C.Z. Estabilidade oxidante de óleo extra-virgem de castanha do Pará com ervas aromáticas antioxidantes. 2008. Dissertação ( Mestrado em Ciências e Tecnologia de Rogério Pitanga Santos, junho de 2015 alimentos – Escola Superior de Agricultura de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba/SP

Patrocinadores

CapesUFMA PSIU Lui Água Mineral FAPEMA CFQ CRQ 11 ASTRO 34 CAMISETA FEITA DE PET

Apoio

IFMA

Realização

ABQ