ESTUDO FITOQUÍMICO DOS COMPOSTOS FIXOS DA CASCA DO CAULE DO PEQUIZEIRO: Caryocar brasiliensis(L.)
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Produtos Naturais
Autores
Lima, L. (IFMA) ; Guarim, A. (IFMA) ; Vieira, C. (IFMA) ; Sousa, C. (IFMA) ; Batista, A. (IFMA) ; Gomes, W. (IFMA)
Resumo
Caryocar brasiliensis L. é uma planta nativa do cerrado e se destaca pelo uso na culinária,na produção de cosméticos e no tratamento de bronquites tonificante,antioxidante e antifúngico.Aos estudar essa planta o objetivo desta pesquisa foi realizar a análise fitoquímica preliminar do extrato alcoólico da casca do caule do pequizeiro.Para isso o material quando coletado foi limpo,selecionado,triturado e preparado o extrato com álcool etílico e deixado em repouso.Em seguida foi coado,e levado ao banho-maria.A identificação das classes de compostos metabólicos aconteceu em tubos de ensaio segundo o método de Matos.Então,os resultados obtidos,evidenciaram a presença de taninos pirogálicos antocianinas e antocianidinas, flavonois, flavanonas, xantonas e flavononois,flavonoides e leucocianidinas
Palavras chaves
Caryocar brasiliensis L; prospecção fitoquímica; caule
Introdução
Caryocar brasiliensis L, conhecida popularmente como “Pequi”, é uma planta nativa do cerrado e se destaca pelo uso do fruto na culinária, do óleo na fabricação de cosméticos e por apresentar propriedades terapêuticas. O óleo extraído do fruto é utilizado na produção de cosméticos e no tratamento de bronquites, tonificante, antioxidante e antifúngico. É uma planta nativa do Cerrado, que fornece madeira de média qualidade para utilizada em construções de pequeno porte. Entretanto, poucos são os trabalhos sobre a composição química de metabólitos secundários dessa espécie, principalmente no que se referem às raízes.
Material e métodos
Realizar estudo fitoquímico da casca do caules para identificar a presença de metabólitos produzidos e armazenados nos tecidos da planta Caryocar brasiliense foi o objetivo desse estudo.
Resultado e discussão
A coleta do material para o preparo do extrato foi realizada no Município de
Governador Edison Lobão – MA. No Laboratório as cascas do caule foram
lavadas, trituradas e pesada. Foi utilizado 345g de casca para o preparo e
adicionado 600mL de álcool etílico absoluto 99,5%. O preparado ficou por um
período de curtição de 72 horas, logo após o extrato foi coado e colocado em
banho-maria para concentração ao reduzir o volume em 50% foi retirado uma
parte para análise e a outra parte foi colado para secar para a realização
dos teste de Reação de Liebermann-Burchard.
Os testes foram considerados positivos através de reações de precipitados
com colorações variáveis:
- O tubo I apresentou, coloração azul índigo e grade quantidade de
precipitado, indicando a presença de taninos pirogálicos;
- No tubo II, houve mudança de coloração para vermelho, indicando presença
de antocianinas e antocianidinas;
- No tubo III, houve presença de coloração amarela com precipitado marrom
sem indicação;
- No tubo IV, destacou-se pela coloração amarelo com pouco precipitado,
demonstrando a presença de flavonóis, xantonas e flavonas;
- No tubo V destacou-se pela coloração vermelha indicando presença de
leucoantocianidinas;
- No tubo VII apresentou uma coloração vermelho vinho indicando presença de
flavonois, flavanonas, xantonas e flavanonois.
Conclusões
O presente trabalho embasa e demonstra a necessidade da combinação de ferramentas quantitativas, que demonstrem não só a classe, mas a estrutura e qualidade das moléculas encontradas. Além disso, as metodologias de ensaios preliminar mostraram ser adequadas para a avaliação inicial da identificação da presença de metabólitos secundários na casca do caule dessa planta e permitiu um maior conhecimento sobre a espécie e a natureza do pequizeiro, assim como de suas possíveis propriedades funcionais.
Agradecimentos
Agradecemos ao Instituto Federal do Maranhão e ao CNPq
Referências
MATOS, Francisco José de Abreu. Introdução à Fitoquímica Experimental. 2ª ed. – Fortaleza: Edições UFC, 1997.
PEREIRA, Renata Junqueira; CARDOSO, Maria das graças. Metabólitos secundários vegetais e benefícios antioxidantes. Journal of Biotechnology and Biodiversity Vol. 3, N. 4: pp. 146-152, November 2012.