ANÁLISE FITOQUÍMICA DE CLASSE DOS METABOLITOS SECUNDÁRIOS PRESENTES NAS FOLHAS DA ESPÉCIE Malva sylvestris
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Produtos Naturais
Autores
Guarim, A. (IFMA) ; Sousa, A.L. (IFMA) ; Batista, A. (IFMA) ; Vieira, C. (IFMA) ; Santos, C. (IFMA) ; Gomes, W. (IFMA)
Resumo
O uso de espécies vegetais como recurso terapêutico é um marco na história da humanidade com destaque para a Malva sylvestris que é uma espécie do gênero Malvaceae, conhecida como malva-silvestre.Tal espécime se destaca por suas propriedades emolientes.No entanto, a pesquisa teve como objetivo determinar os metabólitos secundários da espécie M. sylvestris, visto que coletou-se amostras da planta, no pomar do Instituto Federal Do Maranhão (IFMA) para a execução da triagem fitoquímica na qual ocorreu a determinação dos metabolitos secundários de acordo com a metodologia de Matos (1997).No extrato das folhas obtiveram-se altos teores de substâncias bioativas, como flavonoides e xantonas.Dessa maneira, a metodologia adotada pode ser uma ferramenta eficaz para estudos fitoquímicos preliminares.
Palavras chaves
prospecção fitoquímica; compostos bioativos; malva
Introdução
Os estudos farmacológicos das plantas medicinais são de suma importância para comprovação da eficácia do uso pela população e também para descobrir novos fitoterápicos (SANTOS etal.,2011). As plantas representam uma relevante fonte de medicamento devido a grande diversidade de moléculas com potencial medicinal (BARBOSA et al.,2007). A família Malvaceae constituída por 250 gêneros e 4200 espécies, e que no Brasil está representada por 69 gêneros e 754 espécies, na qual são largamente usadas na terapêutica. Dessa forma, a espécie Malva sylvestris, conhecida por suas propriedades demulcentes, calmantes, com poder laxante, adstringente, diurético, sendo bastante utilizada na produção de chás, (SIMÕES et al.,2000). Tais características fitoterápicas do espécime M. sylvestris, permitem analisar e isolar princípios ativos que, quando aplicados de maneira correta, podem fazer a diferença na vida das pessoas, com um destaque para o meio medicinal. Desta maneira, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de realizar uma triagem fitoquímica do extrato etanólico das folhas de M. sylvestris, detectando as principais classes presentes de metabolitos secundários.
Material e métodos
As folhas da (Malva sylvestris) foram coletadas no estado do Maranhão, e suas partes foram utilizadas para análise fitoquímica. Dessa maneira, a amostra foi manuseada no IFMA (Campus Imperatriz). Para a obtenção do extrato, as folhas da M. sylvestris, foram coletadas e submetidas ao método de trituração, para este processo foi utilizada a relação de 300 g de droga vegetal para 600 mL de álcool etanólico. Primeiramente, as folhas foram lavadas, tendo os pecíolos descartados, sendo em seguida trituradas e misturadas ao solvente extrator. Após 48 horas, o extrato foi filtrado e submetido às análises propostas na metodologia analítico-qualitativa descrita por Matos (1997). Por fim, 50 mL do extrato foi distribuído em 8 tubos de ensaios com 4 mL cada, os quais, com exceção do primeiro que serviu de amostra-controle, foram submetidos a reações controladas com soluções de hidróxido de sódio, acido clorídrico e cloreto de ferro III.
Resultado e discussão
A análise fitoquímica da M. sylvestris foi analisada de acordo com os métodos
descritos por Matos (1997). Os testes para detecção dos constituintes dos
metabolitos secundários foram realizados por meio de teste de pH. A presença
de coloração verde-escura por meio da adição de FeCl3 foi positiva para fenóis
e taninos. Constatou-se presença de flavonoide e mudança de coloração por meio
da acidificação e alcalinização. Nos testes realizados por aquecimento obteve-
se presença de catequinas, indicadas pela coloração pardo-amarelo. Além disso,
saponinas foram confirmadas por meio dos resíduos após extração com
clorofórmio adicionada juntamente com 10 mL de água destilada ao tubo de
ensaio, em seguida agitado para verificação de espuma.
Conclusões
Depreende-se, portanto, que a prospecção fitoquímica do extrato etanólico da folha da espécie Malva sylvestris, apresentou altos teores de xantonas e flavonas. Além disso, a metodologia de Matos (1997) demonstrou, portanto, ser adequada e eficaz para a identificação de compostos bioativos, proporcionando uma avaliação inicial do potencial de aplicação de um determinado composto natural.
Agradecimentos
Ao IFMA que auxiliou para a realização da pesquisa, e ao CNPq pela bolsa contemplada.
Referências
SPONCHIADO, G. Avaliação da Eficácia e Segurança do Extrato da Malva Sylvestris Com Potencial Atividade Para Tratamento de Disfunções da Pele. Curitiba, 2015.
ANVISA. Monografia da Espécie Malva Sylvestris L. Brasília: Ministério da saúde e Anvisa.< encurtador.com.br/bqtG0> .2015
MATOS, F. J. A. Introdução á Fitoquímica Experimental. 2ªed. – Fortaleza: Edições UFC, 1997.
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ASSIS,E.B.;MARQUES, A.E.F.; SOUZA, M.F.V.; COSTA, V.C.O.; COSTA;D.A.; Canferol Isolado de Sida Santaremnensis H. Monteiro (Malvaceae). Simpósio Brasileiro de Farmacognosia – Vale São Francisco, 2015.