ESTUDO FITOQUÍMICO DO EXTRATO ALCOÓLICO DAS FOLHAS DE Syzygium jambolanum
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Produtos Naturais
Autores
Lima, L. (IFMA) ; Santos, C. (IFMA) ; Batista, A. (IFMA) ; Martins, R. (IFMA) ; Vieira, C. (IFMA) ; Gomes, W. (IFMA)
Resumo
O Jambolão (Syzygiumjambolanum) pertence a família Myrtaceae, possui folhas grandes, fruto bagoso e de cor preta. O objetivo deste trabalho foi realizar uma triagem fitoquímica dos metabólitos secundários das folhas dessa planta. Amostra essa que foi submetida à lavagem, corte, processamento e misturada com 800 mL de etanol. Mistura essa que repousou por 48 horas, foi filtrada e realizado o teste de prospecção fitoquímica. Com isso, evidenciou-se a presença de alguns metabólitos como: taninos pirogálicos e flavonas. Os testes propostos por Matos (1997) se mostraram eficientes para identificação dos metabolitos secundários presentes no extrato etanólico da planta, e esses resultados servem de bases pra futuras aplicações e pesquisas.
Palavras chaves
Syzygium jambolanum; folhas; prospecção fitoquímica
Introdução
O uso de compostos bioativos encontrados em plantas aumenta progressivamente, e concomitantemente o estudo dessas. Esse fator favorece o progresso da pesquisa de princípios ativos farmacêuticos nas plantas, o estudo fitoquímico se mostra importante nesse contexto, para que os bioativos provenientes do metabolismo secundário possam ser identificados e isolados. O Jambolão (Syzygiumjambolanum) é bastante conhecida na medicina popular, possuindo propriedades antioxidantes e antitumorais, além de auxiliar no combate ao diabetes.E é a partir desse conhecimento que se decidiu realizar estudo fitoquímico da folha para identificar os princípios bioativos produzidos e armazenados nos tecidos dessa planta.
Material e métodos
As folhas (200,4 g) foram coletadas a partir de um espécime localizado no IFMA Campus Imperatriz no turno matutino (umidade relativa do ar: 80%; temperatura: 25 ºC). Elas foram lavadas, com água corrente e destilada, cortadas, retirando o pecíolo e diminuindo a folha, visando melhor aproveitamento da região de interesse da pesquisa. Essas foram trituradas, com um liquidificador, e misturadas com 800 mL de etanol. A mistura permaneceu em repouso por 48 h. Após filtração, o extrato etanólico foi submetido a testes de prospecção fitoquímica (Matos, 1988). Foram separados 8 tubos de ensaio nomeados de 0 a 8, onde o tubo 0 foi a amostra controle e em cada tubo foram colocados 4 mL de extrato etanólico filtrado. O pH do tubo 0 foi medido. No tubo foram adicionados 3 gotas de solução alcoólica de cloreto de ferro. O tubo 2 foi acidificado para pH 3 com solução de ácido clorídrico 1 mol/L. Já os tubos 3 e 4 foram alcalinizados, o 3 para o 8,5 e o 4, para 11, ambos com a solução de hidróxido de sódio 2%. O tubo 5 foi acidificado para o pH 2, o tubo 6 foi alcalinizado para o pH 11, ambos foram aquecidos durante 3 minutos. No tubo 7 foram colocados centigramas de magnésio em raspas e 0,5 mL de solução de ácido clorídrico. Os resultados obtidos foram anotados e comparados com a literatura.
Resultado e discussão
Os testes são considerados positivos através de reações e/ou precipitados
com colorações variáveis. Considerando isso e que o pH do extrato do tubo 0
,que foi tido como grupo controle, foi 4 e sua cor era verde claro . No tubo
1 ele apresentou um precipitado azul e sobrenadante verde escuro. O do tubo
2 ficou com uma coloração mais escura e menos amarela do que 0, verde
escuro. No tubo 3 formou-se um precipitado preto e sobrenadante amarelo
esverdeado. No tubo 4 o sobrenadante ficou verde avermelhado e foi formado
um pouco de precipitado. O extrato do tubo 5 apresentou uma coloração verde.
O tubo 6, vermelho púrpura e pigmentos vermelhos. O 7 ficou mais vermelho do
que o 5.
Verificando com a metodologia proposta, que o teste deu positivo para
taninos pirogálicos e flavonas. Discussão essa que pode até justificar o uso
terapêutico dessa planta pela medicina popular.
Conclusões
Os testes propostos por Matos se mostraram eficientes para identificação dos metabolitos secundários presentes no extrato etanólico da planta. Os compostos encontrados, em sua maioria, são muitos usados para a fabricação de remédios e tem altíssimo potencial antioxidante, confirmando assim o que foi dito na literatura. E abrindo caminhos para estudos que explorem cada vez mais as propriedades dos metabólitos contidos nessa planta por meio desse trabalho.
Agradecimentos
Agradecemos ao apoio do Instituto Federal do Maranhão e ao CNPq
Referências
VIZZOTTO, M.; FETTER, M.; R. JAMBOLÃO: o poderoso antioxidante. EMBRAPA. Disponível em: <https://www.grupocultivar.com.br/noticias/artigo-jambolao-o-poderoso-antioxidante>. Acesso em: 19 jun. 2018.
MATOS, A. F. J. Introdução á fitoquímica experimental. Fortaleza: Edições UFC, 1988. 128 p.