A QUÍMICA DO SABÃO: OFICINAS NO ENSINO DE QUÍMICA
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Ensino de Química
Autores
Sousa, J.T.A. (IFRJ - CAMPUS DUQUE DE CAXIAS) ; Penco, V.S.N. (IFRJ - CAMPUS DUQUE DE CAXIAS) ; Filho, E.N. (CIEP BRIZOLÃO 199 - CHARLES CHAPLIN) ; Souza, G.L.R. (IFRJ - CAMPUS DUQUE DE CAXIAS) ; Silva, N.R. (IFRJ - CAMPUS DUQUE DE CAXIAS) ; Ferreira, R.M.O. (IFRJ - CAMPUS DUQUE DE CAXIAS) ; Silva, M.P. (IFRJ - CAMPUS DUQUE DE CAXIAS) ; Moura, V.M. (IFRJ - CAMPUS DUQUE DE CAXIAS)
Resumo
Este trabalho visa relatar a experiência de uma atividade desenvolvida pelos bolsistas PIBID/IFRJ com os alunos do CIEP Brizolão 199. Por meio de uma oficina temática intitulada “A Química do Sabão”, pode-se construir o conhecimento em conjunto com alunos, tentando sempre que possível demonstrar a importância da química no cotidiano. Iniciou-se a atividade através da contextualização histórica do sabão, além da abordagem dos conteúdos de funções orgânicas, polaridades das moléculas e tensoativos. Posteriormente realizou-se uma atividade laboratorial, com auxílio de roteiro com questionários, e bolsistas do PIBID/IFRJ auxiliando-os. Ao final, foi notório que através da participação e perguntas, a turma pode interagir bem e aprender na prática conceitos antes teóricos.
Palavras chaves
sabão; química; pibid
Introdução
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) - campus Duque de Caxias oferta o curso de nível superior em Licenciatura em Química, que promove a formação do professor para o ensino médio e educação profissional. Um dos projetos ofertados para os discentes é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), uma iniciativa que tem por finalidade propor aos futuros docentes a aproximação com a sala de aula, é realizado em parceria com as escolas públicas. Com o intuito de incentivar a aproximação da teoria com a prática, o grupo PIBID/IFRJ, situado no IFRJ – Campus Duque de Caxias, com auxílio do supervisor do projeto, professor do CIEP Brizolão 199 Charles Chaplin, foi elaborado e executado uma oficina temática intitulada “A Química do Sabão”. Correlacionar oficinas com o ensino de química, é pensando na abordagem de funções orgânicas, polaridades das moléculas e tensoativos, podendo assim, visualizar na prática, pois em oficinas são normalmente utilizadas experimentações como estratégia, correlacionando a temática abordada com o cotidiano dos alunos, apresentam várias possibilidades, tais como: tornar os conhecimentos químicos mais relevantes e aplicáveis ao cotidiano; estimular o senso crítico; capacidade de argumentar e refletir, entre outros. Importante também para a problematização de questões sociais, histórica e ética (WINKLER; SOUZA; SÁ, 2017). Pensando em uma educação transformadora, o que possibilitaria levar à formação para a cidadania seria trabalhar com situações do cotidiano, assim o aluno pode debatê-lo e posteriormente, modificá-lo (SOUZA; FREITAS, 2004). Assim, é viável a utilização de oficinas como meio de melhorar o desempenho dos alunos e estimular compreensão de conteúdos antes inalcançável.
Material e métodos
O grupo PIBID/IFRJ, durante as reuniões, percebeu a necessidade da aplicabilidade de uma prática envolvendo os alunos que envolvesse a utilização de materiais simples e de baixo custo. Dessa forma, a oficina foi organizada pensando na contextualização do tema com o ensino de química. Para o criação do sabão, através de vídeos disponibilizados online, pôde-se criar um roteiro de prática laboratorial. Antes da aplicação da oficina, houveram testes para uma melhor proporção de reagentes e equipamentos. Para uma melhor execução, a oficina foi dividida de forma que fosse abordado a temática de maneira mais efetiva. Em um primeiro momento, foi ministrada uma apresentação em slides contextualizando a história do sabão e suas propriedades químicas, com uma abordagem no conteúdo de funções orgânicas, polaridades das moléculas e tensoativos; com duração aproximada em 40 minutos. Após, as alunos foram dirigidos ao laboratório pertencente à escola (com pouca utilização), dispostos em 3 grupos, de forma que, participaram da oficina com auxílio de pibidianos e o roteiro da prática para cada grupo. Neste roteiro, além de instruções sobre a prática, abordou-se questões sobre a química observável, o benefício para o meio ambiente, entre outros.
Resultado e discussão
Com a contextualização histórica do sabão, a conscientização com o meio
ambiente, assim como a compreensão de estruturas químicas presentes no
sabão; foi o foco da apresentação inicial em slides. Dispostos em três
grupos, os alunos, usufruíram de uma breve explicação sobre as vidrarias e
reagente utilizados. Sempre com o auxílio dos bolsistas PIBID/IFRJ, os
alunos seguiram o roteiro para a fabricação de sabão. Com o decorrer da
prática, os alunos responderam questões contidas no roteiro, tais quais: “O
que você vê acontecer no béquer? Explique com as suas palavras.”, “Porque a
soda cáustica é corrosiva ?”, “Existe algum benefício ambiental de
reutilizar o óleo ?”, “Dê a fórmula estrutural e condensada do etanol.”.
Todos os alunos levaram os seus respectivos produtos em garrafas pet
anteriormente solicitado pelo professor da escola. Deixamos claro para não
utilizá-lo para limpeza pessoal ou de roupas para evitar irritação. Ao
final, o questionário foi entregue para os pibidianos a fim de avaliar o
desempenho geral, de forma que pôde-se perceber o benefício da oficina como
meio motivador para o raciocínio, pois questões inicialmente observadas
pelos alunos como difíceis, tornaram-se mais atrativas ao longo da prática.
Decorrer da prática com o auxílio de pibidianos.
Conclusões
A oficina de sabão foi construtiva para um melhor aproveitamento do espaço pouco utilizado na escola, assim como a aproximação dos alunos com a disciplina, tornando-a mais atrativa. Com o decorrer da oficina, pôde-se observar a reação dos alunos admirados por finalmente praticar a química. A partir do questionário, foi possível compreender as dificuldades dos alunos e os pontos a serem melhorados. Assim, pode-se dizer que a utilização de uma oficina como meio de compreensão, torna-se eficaz principalmente com o auxílio de questionários presente no roteiro.
Agradecimentos
Agradeço ao PIBID/CAPES, pela disponibilidade de recursos e apoio; a professora coordenadora do projeto Doutora Vanessa Nogueira; ao professor supervisor Evangelino F
Referências
SOUZA, Marcos Lopes de; FREITAS, Denis de. O cotidiano de educandos(as) trabalhado na prática educativa de professores e professoras de Biologia. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Porto Alegre, p.1-10, 2004. Disponível em: <http://www.ufscar.br/ciecultura/denise/peri%F3dico_3.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2018.
WINKLER, Manuel E. G.; SOUZA, João R. B. de; SÁ, Marilde B. Z.. A utilização de uma oficina de ensino no processo formativo de alunos de ensino médio e de licenciandos. Química Nova Escola, São Paulo, p.27-34, fev. 2017. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc39_1/06-EA-21-15.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2018.