Dominó químico: jogando com as funções inorgânicas.

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Antonio Tavares de Oliveira, L. (IFAM) ; Santos, M.S.L. (IFAM) ; Melo, D.M. (IFAM) ; Silva, B.M.H. (IFAM) ; Melo Moreira, F. (IFAM)

Resumo

A presente experiência foi uma das atividades da 14º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, “A matemática está em tudo”. No elo entre as disciplinas Química e Matemática, optou-se pelo Dominó. Neste as pedras possuem números, um em cada ponta. Essa característica possibilitou a sua adaptação. Não podemos negar a importância do livro didático, pois eles nos dão a base dos conteúdos, mas estudar exclusivamente nele, é tarefa cansativa. Dessa forma, nossa proposta teve como objetivo estimular os alunos a aprender a nomenclatura das substâncias por meio de competição. Essa dinâmica possibilitou que os mesmos treinassem para o certame, e neste jogar, foram aprendendo as nomenclaturas das substâncias, isto é, sabendo de forma lúdica. A atividade promoveu um ensino mais dinâmico e motivacional.

Palavras chaves

Aprendizagem ; Lúdico; Nomenclatura

Introdução

Umas das tarefas mais importante na atividade científica é reunir substâncias semelhantes em grupos para facilitar o seu estudo. Uma classificação fundamental, nascida na metade do século XVIII, é a que divide as substâncias em inorgânica e orgânica (FELTRE, 2004). As substâncias inorgânicas são um dos conteúdos de química, em que os alunos apresentam grande dificuldade, principalmente, nas nomenclaturas, pois engloba uma gama de produtos, que são classificados em ácidas, básicas, sais e óxidos (OLIVEIRA et al., 2016). Alternativas precisam ser tomadas para deixar o ensino das funções inorgânicas menos cansativo e mais proveitoso. A oportunidade surgiu com a experiência - Dominó químico: jogando com as funções inorgânicas, como uma das atividades da 14º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia -SNCT, “A matemática está em tudo” (IFAM, 2017). No elo entre as disciplinas de Química e Matemática, optou-se pelo Dominó, que é um dos passa tempo mais conhecidos. Nele, o conhecimento matemático é a essência do jogo. No dominó, as pedras possuem dois números, um em cada extremidade, foi essa característica que possibilitou a adaptação para uso no ensino das funções inorgânicas. Uma das características das substâncias inorgânicas é a junção de cátions e ânions, assim no lugar dos números substituímos por elementos de cargas positivas e elementos de cargas negativas, que quando juntados as suas pontas formam uma substância inorgânica. O certame teve como objetivo estimular os alunos a aprender a nomenclatura das substâncias através da competição. Essa dinâmica possibilitou que os mesmos treinassem, preparando-se para a competição, e neste jogar foram aprendendo as nomenclaturas das substâncias o que possibilitou a aprendizagem por meio de jogos, isto é, de forma lúdica.

Material e métodos

A primeira ação foi a elaboração de 28 “pedras” com cátions e ânions, confeccionados em papel A4, e depois plastificados para um melhor manuseio. Os instrutores foram três discentes do 2º ano, sendo dois responsáveis para conferir as respostas, e o terceiro, atuou no cronômetro e anotado as pontuações. As principais regras da competição foram: 1º Só se inscrevia na competição, alunos do 1º ano do Ensino Médio das escolas públicas ou privadas; a disputa era por duplas, ganhando quem atingisse 200 pontos; 2º A definição dos adversários aconteceu por meio sorteio; 3º Iniciava o jogo quem tivesse a carroça Ca+2 ; 4º A carroça início valia por 1 cátion; as demais carroças podiam ser jogadas na vertical (vale por 2 cátions/ânions), na horizontal (vale por 1 cátion/ânion); 5º Após jogada a pedra, o adversário teve 60 segundos para jogar a sua pedra e dizia o nome da substância; no caso de acerto no intervalo de 00 a 30 segundos, ganhava 20 pontos, no caso de erro perde 20 pontos; caso a resposta correta fosse dada no intervalo de 31 a 60 segundos, a dupla ganhava apenas 10 pontos; passando dos 60 segundos, passava a vez e perde 10 pontos, se o adversário respondesse corretamente, ganhava 10 pontos, caso errasse, perdia 5 pontos; Não tendo pedra a jogar, passava a vez e perdia 10 pontos. As premiações foram assim distribuídas: para o 1º lugar: Medalha de “ouro” e duas caixas de chocolate, 2º Lugar: Medalha de “prata” e uma caixa de chocolate e 3º Lugar: Medalha de “bronze”. Ao término da competição, aplicamos um questionário para avaliar o jogo, bem como a metodologia para o ensino do conteúdo em questão.

Resultado e discussão

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ocorreu no mês de outubro, sendo que no plano de ensino da disciplina Química, o conteúdo Funções Inorgânicas é aplicado na terceira etapa em meados de agosto, desse modo os discentes do 1º ano, têm base desse conteúdo o que facilitou a competição. A competição foi aberta ao público que ao assistir aprendiam também. As primeiras duplas que disputaram foram as que cometeram mais erros, as demais ao ficarem familiarizados, com os cátions e ânions (Figura 1), e após acompanharem os duelos cometiam menos erros, o que acirrou mais as disputas ao longo da competição (Figura 2). O que presenciamos foram discentes confiantes, acertando na grande maioria, as nomenclaturas das substâncias inorgânicas, sabendo química de uma forma divertida, prazerosa e descontraída. Resultado que foi comprovado na coleta de dados realizada ao término da competição. Dentre os questionamentos, perguntamos se foi interessante estudar funções inorgânicas por meio dos jogos, haviam gostado de estudar funções inorgânica por meio do dominó químico, e se ficou mais prazeroso aprender funções inorgânica por meio do dominó químico. As respostas foram unânimes, 100% que sim, que foi proveitoso, agradável e divertido estudar funções inorgânicas, utilizado uma adaptação do jogo de dominó. Também questionamos – O que mais gostou no jogo? Vejamos algumas das respostas: “O método de ensino. Ajuda os alunos a aprenderem mais facilmente” “A aprendizagem divertida de um assunto chato” “ O método de ensino, ficou mais prático e fácil” “Do próprio jogo, pois é bem dinâmico e mais fácil aprender jogando e brincando”

Figura 1. As pedras do dominó químico

Fonte: Oliveira, L.A.T. 2017

Figura 2. Disposição das pedras na sala de aula.

Fonte: Oliveira, L.A.T. 2017

Conclusões

Os livros nos dão a base do conteúdo, mas usar apenas esses registros é uma tarefa cansativa. Alternativas como a exposta precisam ser tomadas, e assim, fugir da mesmice que só desanima e causa aversão às disciplinas. A competição foi um grande sucesso, a procura foi grande, os duelos bastantes atiçados e a aprendizagem fixadas de uma forma diferente unindo diversão e educação. Devido ao sucesso do ensaio é que compartilhamos essa experiência exitosa, pois foi uma atividade que permitiu uma maior assimilação do conteúdo, além de ter promovido um ensino mais dinâmico, criativo e motivacional.

Agradecimentos

A comissão organizadora da SNCT, do IFAM campus Maués pelo espaço, apoio e colaboração na atividade

Referências

IFAM, Campus Maués – Atividade da SNCT, 2017, disponível no site: <http://www2.ifam.edu.br/campus/maues/noticias/domino-quimico-jogando-com-as-funcoes-inorganicas> acesso em: 10 jul. 2018.
FELTRE, R. Química Geral 6.ed São Paulo: Editora Moderna, 2004.
OLIVEIRA, L.A.T.de et al. Desenvolvendo aplicativos para a formulação de funções inorgânicas. Anais do VI ENCONTRO INTERNACIONAL DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS NA AMAZÔNIA, Manaus, UEA Edição, p. 310-318, 2016.

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