Utilização da analogia como estratégia didática e pedagógica no ensino de química

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, K.J.A. (IFPI - PAULISTANA) ; Silva, A.R. (IFPI - PAULISTANA)

Resumo

O presente estudo busca evidenciar a importância do uso de analogias como uma estratégia didática e pedagógica no processo de ensino-aprendizagem, revelando as principais contribuições que esta ferramenta proporciona para a prática docente do professor de química. Esta pesquisa foi desenvolvida à partir de revisões bibliográficas e mediante ao bom emprego de um questionário, o qual foi aplicado aos docentes do departamento de química, que atuam em um dos campis do Instituto Federal do Piauí (IFPI), situado no município de Paulistana. Os resultados aqui obtidos, demonstraram que a linguagem analógica apresenta um grande potencial didático quando aliada ao processo de ensino e aprendizagem do conhecimento químico.

Palavras chaves

Analogias; Ensino-aprendizagem ; Ensino de química

Introdução

O ensino de química sempre foi considerado complicado e tradicionalista. Sendo, em sua maior parte, trabalhado de forma descontextualizada, priorizando apenas memorização e reprodução do conhecimento. Fato tal, que, inviabiliza, a compreensão dos estudantes em relação aos conceitos químicos, uma vez que não há estabelecimento de relações entre o conhecimento químico e o mundo que os cercam. Desta forma, com a finalidade de extinguir esse pensamento, e tornar o ensino de química mais dinâmico e compreensível, novas metodologias e estratégias de ensino vêm sendo desenvolvidas e aprimoradas ao longo dos anos. Alguns pesquisadores como Freitas (2011) e Brighentiet al (2015) apontam em seus estudos, o uso das analogias como um recurso didático de grande importância para o processo de construção do conhecimento, uma vez que, a utilização deste recurso auxilia na construção daquilo que a teoria de Ausubel denomina de aprendizagem significativa. Além disso, estes pesquisadores ainda afirmam que a linguagem analógica possui potencial para desenvolver as capacidades cognitivas, e consequentemente, tornar o conhecimento científico mais acessível. Em virtude disto o presente estudo busca evidenciar que a linguagem analógica pode ser utilizada como uma estratégia didática e pedagógica no ensino de química, e, demonstrar as principais contribuições que o uso desta, proporciona ao processo de ensino e aprendizagem do conhecimento científico. Tornando-se, então, relevante, mediante à necessidade evidente, que os mediadores do ensino de química apresentam, em conhecer e experimentar diferentes recursos didáticos e novas metodologias de ensino, que venham a viabilizar o processo de ensino e aprendizagem do conhecimento químico.

Material e métodos

Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva. Sua realização foi dividida em três etapas. Na primeira etapa, tendo como pressupostos estudos a respeito do uso das analogias no ensino, foi desenvolvida a problemática deste estudo, a qual suscitou na seguinte questão: o uso de analogias como uma estratégia didática e pedagógica traz alguma contribuição ao processo de ensino-aprendizagem de química? Na segunda etapa, tendo em vista a concepção da problemática, foi realizado um levantamento das obras de autores como, Freitas (2011), Duarte (2005), Carmo (2006) e outros, que direcionaram alguns de seus estudos para a investigação do tema desta pesquisa. Realizando, logo em seguida, uma revisão bibliográfica, buscando ressaltar pontos intrínsecos a respeito do tema investigado. Por fim, no terceiro e último momento, foi elaborado e aplicado, um pequeno questionário aos docentes do departamento de química, que atuam em um dos campis do Instituto Federal do Piauí (IFPI), situado no município de Paulistana, onde buscou-se saber se estes docentes faziam o uso desta ferramenta em suas aulas, e comprovar na prática se o uso das analogias proporciona, ou não, algum benefício quando aliada ao ensino de química.

Resultado e discussão

Ao analisar os estudos dos principais autores que tratam deste tema, é possível fazer algumas afirmações a respeito dos objetivos da pesquisa No que diz respeito, a utilização da analogia como uma estratégia didática e pedagógica no ensino de química, foi elucidado ao decorrer do estudo, que o uso das analogias se fazem importantes ao ensino, porque são capazes desenvolver as potencialidades cognitivas dos alunos, na medida em que favorecem a compreensão de conceitos científicos, que antes eram considerados complexo, já que, as analogias, se valem dos conhecimentos prévios dos estudantes para desenvolver novos conceitos de ensino. Além disso, outra importante contribuição apresentada pelas analogias, é que, elas são capazes de transportar o conhecimento científico para um nível mais compreensível, facilitando no processo de abstração desse conhecimento, o tornando mais acessível e significativo. Confrontando os dados coletados no contexto desta pesquisa (Figura 1 e Figura 2), foi possível confirmar que o uso da linguagem analógica, de fato, apresenta todos os benefícios citados na literatura, podendo sem dúvida, ser aliada como um recurso de ensino e aprendizagem nas aulas de química, uma vez que, as analogias ao estabelecerem relações entre o conhecido e o desconhecido, fornecem subsídios para os alunos compreenderem melhor os conteúdos de química.

Figura 1 - Gráficos com dados coletados durante a pesquisa.

Questões respondidas pelos docentes de química do IFPI - Campus Paulistana.

Figura 2 - Gráficos com dados coletados durante a pesquisa.

Questão respondida pelos docentes de química do IFPI - Campus Paulistana.

Conclusões

O presente estudo se revela muito importante para os docentes de química e para sua prática de ensino, bem como para os licenciando de qualquer área, que, se encontram em processo de formação, na medida em que atinge o objetivo principal deste estudo, evidenciar a linguagem analógica como uma ferramenta didática de grande importância para o ensino, a qual apresenta grande potencial quando agrupada aos métodos de ensino comumente desenvolvidos.

Agradecimentos

“Por mais simples que seja, um riso autêntico inscreve um agradecimento aos nossos olhos. ” - Marcel Franco

Referências

AUSUBEL, D. P. Psicologia educacional. 2 ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
BRIGHENTI, J; BIAVATTI. V. T; SOUZA, T. R. Metodologias de ensino-aprendizagem: uma abordagem sob a percepção dos alunos. Florianópolis: revista GUAL, v. 8, n. 3, p. 281-304, 2015.
CARMO, E. A. As analogias como instrumentos úteis para o ensino de conteúdo químico no nível médio. Belém: UFPA.
DUARTE, M. C. Analogias na educação em ciências contributos e desafios. Revista Investigações em Ensino de Ciências, 2005.
FREITAS, L. P. S. R. O uso de analogias no ensino de química: uma análise das concepções de licenciandos do curso de química da UFRPE. Recife: UFRPE, 2011.

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