RELATO DE EXPERIÊNCIA: O ENSINO DE TERMOQUÍMICA APLICADO ATRAVÉS DA EXPERIMENTAÇÃO EM UMA FEIRA DE CIÊNCIAS.

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Gonçalves, G.K.A. (UNIFAP) ; Lacerda Ferreira, B. (UNIFAP) ; Conceição Silva, T.C. (UNIFAP) ; Pantoja Paiva, E.R. (IFAP) ; Silva Cardoso, E.R. (UNIFAP) ; de Santana Carvalho, A. (UNIFAP) ; Santos, K.L.B. (UNIFAP)

Resumo

O objetivo desse trabalho é relatar experiências sobre a importância de inserir experimentos científicos no aprendizado dos alunos da educação básica, e apresentar resultados obtidos através do Experimento “Química da Ostentação” apresentado na Feira de Ciências Expoquímica, que tem como finalidade levar o conhecimento de Química para escolas públicas do estado do Amapá, através de experimentações, tendo como público alvo alunos do ensino médio, para que tenham maior entendimento sobre o conhecimento da Termoquímica. O papel da experimentação no desenvolvimento do conhecimento científico, tem importante relevância no processo de ensino- aprendizagem, destacando as principais vantagens de inserir essa metodologia no ensino de química.

Palavras chaves

TERMOQUIMICA; EXPERIMENTAÇÕES; ENSINO -APRENDIZAGEM

Introdução

As feiras de ciências são atividades de investigações na qual busca o crescimento pessoal, ampliação do conhecimento, exercício de criatividades e inovações do aluno no meio cientifico. Essas atividades são asseguradas através do Programa Nacional de Apoio as Feiras de Ciências da Educação Básica, elaborado pelo MEC no ano de 2006. De acordo com Moraes (1986), a Feira de Ciências é um empreendimento técnico-científico-cultural que se destina a estabelecer o inter- relacionamento entre a escola e a comunidade. Oportuniza aos alunos demonstrarem, por meio de projetos planejados e executados por eles, a sua criatividade, o seu raciocínio lógico, a sua capacidade de pesquisa e seus conhecimentos científicos. Tendo em vista as dificuldades de educadores que lecionam na área de química no ensino médio, professores e acadêmicos do curso de licenciatura em Química da Universidade Federal do Amapá, promoveram uma feira de ciências, denominado Expoquímica: Feiras de Química pelo Amapá. As atividades experimentais favorecem o aluno para que tenham domínio da teoria, pois conseguem ver ao vivo como tudo acontece, facilitando o entendimento da Química. O experimento “química da ostentação” auxilia principalmente os alunos do 2º ano do ensino médio, dando introdução ao assunto de termoquímica, demonstrando que há formas de emitir calor sobre o papel sem que ele se queime, fundamentando-se à termoquímica no qual é o ramo da química voltado para o estudo de calor, no qual abrange reações Exotérmicas e Endotérmicas, nas quais ocorrem absorção e liberação de calor. A prática foi executada com materiais de fácil acesso como álcool etílico, água e papel, facilitando assim a execução do experimento.

Material e métodos

A Expoquímica foi executada por alunos do curso de Licenciatura em Química da UNIFAP, contando com 30 alunos e um professor coordenador. Inicialmente foi feito um planejamento com todos os envolvidos, para discutir o processo organizacional para a realização do evento. O evento foi realizado na quadra esportiva das Escolas, em diferentes municípios do estado do Amapá: Mazagão, Amapá, Santana e Porto Grande. O número de participantes de cada evento em média 400, no total de 1600 pessoas, sendo eles discentes do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, docentes e comunidade. Segundo Oliveira e Soares, 2013 o fato dos alunos se divertirem ao manusear conceitos químicos, acaba por fazer surgir uma interação entre os alunos e os professores. O ludismo quebra barreiras aproximando o aprendiz e mestre, há divertimento em ensinar e aprender. O projeto abrange áreas como: Físico – Química, Inorgânica, Cinética Química. Dentre eles o objetivo deste trabalho, o Experimento “Química da Ostentação” que explana a área de Termoquímica e seus processos Endotérmicos e Exotérmicos. Reação exotérmica é quando há liberação de calor, e reação endotérmica é quando há absorção de calor (SANTOS e SOUZA, 2013). Inicialmente apresentou-se alguns conceitos fundamentais e posteriormente executou-se o experimento. Materiais: Álcool etílico (C2H5OH) 70%; Água; 2 béqueres 50 mL; Pinça anatômica; tiras de papel (em formato de Dinheiro). No experimento, adiciona se 50 mL de Água e 50 mL de Álcool em um béquer, mergulha-se a tira de papel na solução e com auxílio de uma pinça, ateia-se fogo. Ao final do experimento, foram feitas perguntas como: 1) Explique porque o papel não queimou: 2) Dê o conceito sobre reações Endotérmicas e Exotérmicas.

Resultado e discussão

No primeiro momento, foi planejado junto com os participantes do evento todo o contexto de como funcionaria a feira. Com isso muitas ideias fluíram, dentre elas, levar a Expoquímica aos lugares mais distantes do estado. As escolas abraçaram o evento com apreço, pois havia necessidade de levar o contexto prático da ciência ao reconhecimento dos lecionandos. O momento de execução do evento ocorreu em ambiente escolar, amplo e aberto, acolhendo com comodidade à toda comunidade escolar. Em relação ao experimento “Química da ostentação”, o objetivo foi mostrar que há meios nos quais pode-se atear fogo na matéria sem que a mesma se queime, explicando aos alunos o processo termoquímico ocorrido, cujo às moléculas de água presentes na solução, absorvem parte do calor liberado pela combustão do álcool, impedindo que haja calor suficiente para obstrução da matéria. Após a demonstração foi lançado questionamentos aos alunos, despertando seu lado critico investigativo. Ao comparar o prático com teórico notou-se que alunos do 1º ano da Escola Estadual Dom Pedro I no Município de Mazagão tiveram algumas dificuldades ao responderem perguntas teóricas. Os alunos do 2º e 3º ano da Escola Estadual Rodoval Borges do Município de Santana-Ap tiveram maior facilidade na compreensão da experimentação. A Maioria dos estudantes souberam responder corretamente as perguntas lançadas pelos expositores ao fim da apresentação da prática. Segundo relatos de alunos as feiras de ciências estimulam a simpatia pelas ciências. “Essa é uma forma muito legal de aprender química, pois traz para a minha realidade o que aprendo dentro de sala de aula, é bem mais fácil de aprender” (ALUNA, MUNICÍPIO DE SANTANA-AP).

Figura 1

Execução da experimentação na Escola Estadual Rodoval Borges FONTE: AUTOR

Conclusões

A execução desse evento foi importante para todos os envolvidos, proporcionou uma aproximação ao conhecimento científico, e despertando o interesse no aprendizado de Química, influenciando de forma positiva os alunos e professores para o crescimento tecnológico e científico. A metodologia utilizada, facilitou o entendimento dos alunos quanto ao assunto de termoquímica, e proporcionou experiências didáticas e práticas aos acadêmicos de Licenciatura da UNIFAP, trabalhando de forma dinâmica e com materiais de baixo custo, já que a maioria das escolas públicas não possuem laboratórios de química.

Agradecimentos

Agradecemos aos professores Me. Kelton Bélem e Me.Cláudio Pinheiro pela oportunidade de ingressar no projeto e ao Departamento de Extensão da UNIFAP via edital

Referências

MORAES, Roque. Debatendo o ensino de Ciências e as Feiras de Ciências. boletim Técnico do PROcIRS. Porto Alegre, V. 2, n. 5, 1986. p.18-20.
OLIVEIRA, Alessandro Silva de; SOARES, Márlon Herbert Flora Barbosa, Júri Químico: Uma atividade Lúdica para Ensinar Conceitos de Química, Química nova na Escola. Nº 20, p. 18-21, 2006.
SOUZA, A.G. Os Desafios da Escola Pública paranaense na perspectiva do professor PDE, Paraná, V. 11, 2013, pg.2.
SANTOS, W. L. P.; SOUZA, G. Química Cidadã (Ensino Médio) Vol 2, 2ª ed., pg. 219, São Paulo, Editora AJS, 2013.

Patrocinadores

CapesUFMA PSIU Lui Água Mineral FAPEMA CFQ CRQ 11 ASTRO 34 CAMISETA FEITA DE PET

Apoio

IFMA

Realização

ABQ