O papel da experimentação no ensino de Química: um estudo de caso na modalidade Educação de Jovens e Adultos EJA no Colégio Estadual J.A. Lúcia Bayma, Codó – MA
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Ensino de Química
Autores
Nepomuceno dos Santos, P. (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologi) ; Corrêa Araujo, C. (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGI)
Resumo
A presente pesquisa de caso foi realizada no colégio estadual C.E.J.A. Lúcia Bayma em uma turma de 2º ano do Ensino Médio, modalidade EJA. Tal trabalho tem como objetivo identificar as possíveis influências das atividades experimentais no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Química. Neste sentido, realizou-se um experimento envolvendo o tema “soluções”. Após a prática, foi aplicado questionários aos alunos a fim de verificar possíveis influências no aprendizado em Química. Assim, foi possível constatar por meio dos dados que há maior interesse dos alunos nas aulas experimentais do que nas aulas teóricas, pois, segundo os alunos conseguiram assimilar mais informações com maior facilidade.
Palavras chaves
EJA; Aulas experimentais; Ensino em Química.
Introdução
Na atualidade o ensinar química deve-se demanda uma maneira criativa, pois do contrário é possível torna-se as aulas de química uma receita pronta e menos interessantes para os educando. Especialmente os educandos da modalidade de jovens e adultos que tem um histórico de vida escolar marcado ser por fatos excludentes como: por ter que abandonar a escolar para ajudar na renda família, jovens por se tornaram mães, o não acesso à escola em localidades periféricas pobres, reprovação escola que desencadeou a desistência do aluno e outros. A educação é um direito constitucional de todos os cidadãos, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), aqueles que não tiveram acesso ou continuidade aos estudos no ensino regular ensino fundamental e ensino médio, na idade própria, terão esse direito assegurado. A (EJA) é uma modalidade da Educação Básica que objetiva ofertar chance de estudos aos cidadãos que não gozaram da acessibilidade ou continuação desse ensino regular, bem como, capacitamos para mercado de trabalho e o total prática da cidadania. A (EJA) se estabelece como tema de política educacional desde a Constituição de 1934. No entanto, apenas na década de 1950 deu-se primeiras passos com intuito e responsabilização de ofertar as regalias uma escolarização a população que até o dado momento foi excluída do sistema escolar (DI PIERRO, 2001). Adiante isso, o professor está desafiado em refletir na prática docente, e como trabalhar em turmas com realidades tão diferentes, com alunos de idades distintas que em algum momento tiveram a trajetória estudantil interrompida? Assim, diante desse dilema, a flexibilidade do educador e muita importância. Contudo, o saber é essencial a buscar em conhecer a realidade social que alunos fazem parte, para depois traça maneiras de ensino e aprendizagem significativo, que objetive um processo de ensino dinamizado de acordo com o crescimento coletivo da turma em questão. Por este ângulo, o presente trabalho teve como objetivo verificar influência de atividades práticas numa turma de Ensino Médio, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), do C.E.J.A Lúcia Bayma, Codó – MA.
Material e métodos
O presente pesquisa enfoque – descritiva, na qual seu objetivo é descrever as características de grupo especifico, um acontecimento ou experimento para uma pesquisa realizado. . Esse estudo de caso foi realizado com turma do 2º ano da EJA no C.E.J.A. Lúcia Bayma, localizada no munícipio de Codó-MA Nesta etapa inicial, consistiu em levantamento bibliográfico como: dissertações, teses e artigos científicos que versem sobre o tema. Na segunda etapa, realizou-se uma aula teórica sobre o tema. Assim, posteriormente nós pesquisadores solicitamos aos colaboradores que trouxessem materiais alternativos de baixo custo para realizar as práticas experimentais. Assim, de posse dos materiais realizou-se as práticas. Por fim, foram aplicados questionários. Desta maneira, os dados foram sistematizados.
Resultado e discussão
Diante os dados obtidos, a questão sobre a aceitação da disciplina de
química, 42% dos entrevistados declararam gostar da disciplina, aluno afirma
que as experiências práticas facilitam a aprendizagem dos conteúdos
abordados em aula. Enquanto, 35% afirmam que às vezes gostam de química
afirmando que só entendem quando tem praticas experimentais. Em decorrência
dessa dicotomia entre teoria e prática, desenvolve-se uma significativa
rejeição por parte dos alunos, ao considerarem a Química uma matéria de
difícil aprendizagem (FREIRE; SCHOR, 1996).Ao questionarmos sobre o
conceito de solução, verificou- se que os alunos 79% dos entrevistados
responderam a alternativa correta. Assim ressalta-se a importância da
prática diante à assimilação do conteúdo, pois, 1ª questão obteve-se que a
aceitação da disciplina de Química não foi satisfatória então, apesar da não
aceitação pela disciplina, obteve-se grande número, deduziu-se que a aula
prática tornou-se atraente tornando a aprendizagem mais dinâmica e
construtiva. Como assevera Oliveira et al. (2010), não tendo aula prática o
conteúdo fica desconexo, permitindo aos alunos a falsa ideia que o conteúdo
ficara aquém. Ao propormos: expresse sua opinião sobre o estudo das soluções
por meio da alternância de aula teórica e aula pratica experimental em sua
relação com o Ensino e aprendizagem de Química adquiriu-se, 79% dos
entrevistados afirmaram que acham interessante, pois, a metodologia
utilizada contribui no aprendizado deles, principalmente na circunstância
da realidade dos alunos na modalidade da EJA. Neste sequencia Bizzo
(2000), alega que o conhecimento científico demora chegar na vida
estudantil, fato bem diferente do conhecimento empírico que é falado
cotidiano consequentemente o conhecimento cientifico se sobressai.
Conclusões
De acordo com os resultados obtidos foi percebido as atividades experimentais pode torna-se uma ferramenta útil para o professor no processor de ensino e aprendizagem já que a aula pratica experimental possibilita fazer-se uma relação com a aula teórica. Foi comprovado também que, as atividades experimentais causa maior o interesse dos alunos na disciplina de química. Contudo, é de fundamental importância que o professor faça uso de metodologias diferentes para facilitar o processo de ensino e aprendizagem, de modo, percebendo a realidade seus alunos, fazendo continuamente uma autor avalição da sua prática como educador para conduzir os educandos ao pensamento crítico cientifico.
Agradecimentos
Agradeço a Deus pelas bênçãos e a minha orientadora pelo privilégio de trabalhar com sua pessoa.
Referências
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000.
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional nº. 9394/96. MEC. Brasília. 1996.Cardoso, S. P e Colinvaux, D. (2000) Explorando a Motivação para Estudar Química. Química Nova, 23, n.3, 401-404.
DI PIERRO, M. C.; JÓIA, O.; RIBEIRO, V. M. Visões da educação de jovens e adultos no Brasil. Cadernos Cedes. Ano XXI, n. 55. Campinas. 2001.
FREIRE, P; SCHOR, I. Medo e Ousadia: o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
OLIVEIRA, D. R. et al. Experimentação em Química: visão de alunos do Ensino Médio. Universidade Federal de Uberlândia: Uberlândia, 2010.
RIBEIRO, J. B. As estratégias de aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos. 2014. 63f. Dissertação (Mestrado em Educação), UNIVÁS, Portso Alegre, 2014.
SEDUC. Educação de jovens e adultos - EJA Ensino Fundamental e Ensino Médio.