CONCEPÇÕES DOS LICENCIANDOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUÍMICA.

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Rodrigues, F.I.A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Rodrigues, A.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Ribeiro, M.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Souza, L.C.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Leite, L.R. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ)

Resumo

O presente trabalho versa sobre as concepções de licenciandos sobre a importância da produção de materiais didáticos para o ensino de química. De caráter qualitativo e quantitativo, a pesquisa de campo foi realizada durante o semestre 2018.1 com alunos da disciplina Prática de Ensino VI, do curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral-CE. Foram aplicados questionários a 14 (quatorze) licenciandos e os resultados obtidos indicam que os acadêmicos analisados reconhecem as contribuições da utilização de materiais didáticos para um aprendizado mais significativo, além de compreenderem a importância do papel desempenhado pelo professor na produção e utilização desses recursos.

Palavras chaves

Materiais didáticos; Ensino de química; Concepções

Introdução

É sabido que os alunos da Educação Básica veem os conteúdos de química como de difícil compreensão, e que isso está relacionado ao fato desta disciplina ser apresentada aos mesmos de modo muito abstrato, repleta de fórmulas, conceitos e leis (RODRIGUES, RODRIGUES E SALES, 2017). Meios têm sido buscados na tentativa de mudar essa realidade. A produção e diversificação na utilização de materiais didáticos apresenta-se como uma possibilidade de mudança desse cenário. De acordo com Freitas (2007) material didático é todo e qualquer recurso utilizado no processo de ensino que estimule a aproximação do aluno com o conteúdo estudado. A análise dessa definição mostra que o uso de recursos didáticos se adéqua ao ensino de química porque pode contribuir para aproximar os alunos dos conteúdos, outrora abstratos, e facilitar a compreensão destes. De acordo com Trivelato e Oliveira (2006), dentre as vantagens da utilização desta ferramenta no ensino de química estão o fato de tornar o ensino mais significativo, ajudar na compreensão de conceitos e deixar os alunos mais interessados em aprender, além de estar distante da simples memorização de conteúdo, permitindo que o aluno veja e perceba elementos que não seria capaz somente através do livro. Mediante o exposto, a presente pesquisa busca identificar as concepções de licenciandos em Química da Universidade Estadual Vale do Acaraú sobre a utilização de materiais didáticos no ensino de química. Ter conhecimento disto mostra-se importante porque os licenciandos de hoje serão os professores de amanhã.

Material e métodos

O trabalho se trata de uma pesquisa de campo, de caráter qualitativo e quantitativo, desenvolvida com 14 licenciandos em química da Universidade Estatual Vale do Acaraú, matriculados ou que já concluíram a disciplina Prática de ensino VI – Tecnologias e Produção de Materiais Didáticos para o Ensino de Ciências e de Química. Foi utilizado para fins de coleta de dados, um questionário, que buscava abstrair dos graduandos suas concepções acerca da utilização de materiais didáticos e sua aplicação no ensino de química, bem como sua perspectiva quanto à utilização destes nas aulas. Após a coleta, os dados foram analisados, catalogados e organizados a fim de torná-los mais visíveis e de fácil entendimento.

Resultado e discussão

Dentre os resultados obtidos, de forma unânime, os graduandos entendem que material didático é todo e qualquer material que o professor utilize em sala, a fim de contribuir para os processos de ensino e aprendizagem. Compreensão que coaduna com o exposto na literatura, a exemplo de Freitas (2007). 71,5% (10) dos acadêmicos veem os recursos didáticos como mecanismos que auxiliam na promoção de conceitos, construção do conhecimento e linguagem científica. E sobre a importância dos recursos didáticos no ensino de química, 57,2% (08) disseram ser extremamente importante, destacando a construção do conhecimento científico, a influência na dinamização das aulas e a quebra com o tradicionalismo nas aulas de química. Conforme disposto no Quadro 01, a compreensão de um dos licenciandos (L1) é de que dentre as vantagens do uso de materiais didáticos está o auxílio no aprendizado de conceitos químicos e na construção conceitual dos alunos. Perspectiva que condiz com Cunha et al. (2015). A compreensão de L2, por sua vez, está de acordo com Costoldi e Polinarski (2009), para quem os recursos didáticos são de suma importância para o desenvolvimento cognitivo do aluno. A compreensão de L5 e L6, faz menção ao que diz Souza (2007) e Cunha et al. (2015), na qual deve ser considerado que nem todo recurso é adequado para todas situações de ensino e cabe ao professor saber como manuseá-lo afim de alcançar seus objetivos. Apenas 35,7% (05) dos licenciandos analisados já atuam ou atuaram como professores, e para estes, o recurso didático é viável, pois contribui para a compreensão de conteúdos. Dentre os recursos didáticos mais citados pelos acadêmicos, tanto para os que já utilizaram quanto para os que almejam utilizar foram: materiais alternativos; jogos; livros, modelos e vídeos.

RETRATA ALGUNS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUÍMICA NA CONCEPÇÃO DOS LICENCIANDOS.

Conclusões

A utilização de materiais didáticos nos processos de ensino e aprendizagem de química é muito importante, e os acadêmicos em licenciatura em química reconhecem este valor, pois adotam a visão de que os materiais didáticos contribuem para um aprendizado mais significativo, pois permitem a interpretação, visualização e compreensão de conceitos químicos, possibilitando maior participação do aluno, fazendo dele um agente ativo na construção de seu próprio conhecimento científico. Além disso, compreenderem a importância do papel desempenhado pelo professor na produção e utilização desses recursos.

Agradecimentos

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ.

Referências

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