Desenvolvimento de prática experimental alternativa de cromatografia clássica em coluna utilizando materiais de fácil acesso e de baixo custo para exposição em sala de aula.

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Santos, T.F. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Neves, C.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Silva, C.Y.Y. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Silva, M.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)

Resumo

Este trabalho apresentou uma metodologia alternativa para a execução de uma prática expositiva de cromatografia clássica e sua aplicação na separação de corantes, utilizando materiais de fácil acesso e não convencionais para o procedimento e obteve um resultado adequado e nitidamente satisfatório ao que foi proposto.

Palavras chaves

Cromatografia; Prática expositiva; Materiais alternativos

Introdução

A cromatografia líquida clássica (CLC) foi a precursora das técnicas mais avançadas de análises e fracionamentos cromatográficos, amplamente difundidas atualmente. O fundamento da técnica trata- se de um processo físico-químico de separação que se dá por meio da migração diferencial das moléculas promovida por uma fase móvel ao longo de uma fase estacionária. Este trabalho propõe uma prática expositiva simples de CLC que utiliza materiais alternativos de fácil acesso e baixo custo para substituir os solventes onerosos de venda controlada, comumente utilizados nesta prática, o que a torna de pouca praticidade para exposição em sala de aula.

Material e métodos

Para esta prática foi utilizado o seguinte material:corante alimentício vermelho (vermelho bordeux), tinta azul de caneta esferográfica, 400 g de areia para utilização em construção civil, 400 mL de Vinagre comercial incolor, 400 mL de água sanitária, 400 mL de diluente de tintas de aplicação em parede, 200 mL de solução de álcool etílico comercial, 100 mL de removedor de esmalte de unha a base de acetona, 800 mL de água mineral filtrada, tubo cilíndrico transparente das dimensões de 20 cm de comprimento e de 9,4 cm de circunferência (embalagem de canetas), forno à chama caseiro, chumaço de algodão, suporte e 12 frascos de vidro. Os 400g areia foi pré-tratado com um banho de diluente de tinta para remoção de material lipofílico, excesso foi esgotado, o material sólido correspondente à areia foi exposto ao sol em espaço aberto para secagem, prosseguiu-se com um novo banho com uma solução ácida de vinagre e água na proporção de 80% de vinagre, após, a solução foi exaurida e a areia foi submetida a banho de solução básica de água sanitária e água na proporção de 30% de água sanitária, em seguida a solução foi novamente exaurida e enxaguada somente com água. A ativação da fase estacionária se deu por aquecimento em forno à chama em uma temperatura de 180° C por 45 minutos. O tubo cilíndrico foi perfurado em sua extremidade inferior, para permitir, assim, o fluxo da fase móvel e foi fixado no suporte. Um pequeno chumaço de algodão foi posicionado no orifício inferior do tubo, agora dito coluna. A fase estacionária foi adicionada à coluna em temperatura ambiente, misturada com solução etanólica, gotejamento foi coletado com um frasco de vidro. O inóculo se deu com duas gotas da tinta de caneta e a mesma proporção de corante, solubilizado em 2 mL de etanol.

Resultado e discussão

A inoculação da solução de corantes que apresentou coloração roxa e que foi eluída em sistemas de soluções: hidroetanólica e acetônica, se deu na fase líquida. O primeiro sistema correspondente à solução de álcool etílico e água promoveu a eluição acentuda da coloração vermelha ao longo da fase estacionária, e esta por sua vez, reteu a coloração azulada que permaneceu na coluna após a passagem do primeiro sistema. A solução de coloração vermelha foi coletada em 3 frascos de vidro, o que possibilitou a percepção da variação de intensidade de cor em função da concentração. Adicionando o segundo sistema referente à solução a base de acetona, a coloração azul removida da fase estacionária e esta foi coletada em frasco de vidro. Deste modo a coluna apresentou resultados satisfatórios no tocante à separação de sistemas de corantes.

Conclusões

A prática experimental desenvolvida apresentou aceitável desempenho quanto a ilustração da aplicação do fundamento da técnica de cromatografia líquida e um baixo custo de reprodução, apresentando assim, uma eficácia satisfatória sem oferecer grandes riscos de exposição aos solventes orgânicos utilizados, que nesta prática, são bem menos agressivos que os convencionalmente utilizados.

Agradecimentos

Agradeço aos meus pais por sempre me apoiarem e ao meu professor e amigo Carlos Neves pela motivação.

Referências

COLLINS, C.H.; BRAGA, G.L. e BO-
NATO, P.S. Introdução a métodos croma-
tográficos. 5ª ed. Campinas: Editora da
Unicamp, 1993.

DEGANI, A.L.G;CASS,Q.B; VIEIRA,P.C.Cromatografia: um breve ensaio. Química Nova na Escola, Maio de 1998.

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