JOGO EDUCATIVO: JOGANDO COM A QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

da Silva Barroso, T.G. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Gomes Batista, G. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; França Oliveira, E. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Alencar Ferreira, I. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Sousa de Oliveira, F. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Santos Sales, K.L. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; da Silva Barosso, M.C. (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGI) ; Tavares Cavalcanti Liberato, M.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Resumo

Neste trabalho de criação de um produto didático, é abordado a classificação Química dos alimentos, em proteínas, carboidratos, vitaminas e lipídeos. Os hábitos alimentares são construídos desde a infância. Por conta disso, pessoas costumam ingerir alguns alimentos com tal naturalidade, que não atentam para saber ao certo de que são compostos, quais os benefícios, malefícios e quais os seus efeitos com relação à saúde. Tendo como objetivo tornar as aulas das disciplinas de Bioquímica e Química dos alimentos mais atraentes e prazerosas, foi utilizada uma ferramenta lúdica, um jogo de assimilação, para possibilitar ao estudante do ensino superior o conhecimento nesse assunto. Este jogo contribui para uma melhor aprendizagem de conteúdos relacionados a essas classificações dos alimentos.

Palavras chaves

Jogo; Alimentos; Química

Introdução

A palavra “jogo” em português deriva de um termo do latim “jocus” que significa gracejo, brincadeira, divertimento. O jogo pode ser uma atividade física ou intelectual que integra um sistema de regras. Deste modo, os jogos podem ser utilizados para fins educacionais. Em relação à educação os jogos podem ser de grande auxilio para a aprendizagem em sala de aula. Segundo Ausubel (1968, p. 110, apud, MOREIRA, 2001, p. 24) “a compreensão genuína de um conceito ou proposição implica a posse de significados claros, precisos, diferenciados e transferíveis”. As atividades lúdicas apresentam o teor dessa aprendizagem significativa, e no ensino Médio e Superior, são práticas privilegiadas para a docência, para a aplicação de uma educação que desenvolva o aluno. “A aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante a estrutura de conhecimento do indivíduo” (MOREIRA, MANSINI,2001, p. 17). O ensino de Bioquímica no nível superior ainda é um desafio para muitos, tanto para o professor, como para o aluno. Percebe-se que ocorre insatisfação para os professores, quando estes não conseguem atingir seus objetivos educacionais, resultando, portanto, em desmotivação para todos os envolvidos. Neste trabalho, tomou-se como ponto de partida estas dificuldades na disciplina de Bioquímica, no curso de licenciatura em Química, na Universidade Estadual do Ceará. Assim, foi discutido com a professora da referida disciplina uma aplicação de jogo didático com o objetivo geral de estimular o estudo sobre a Bioquímica e a Química dos Alimentos, de uma forma mais interessante e motivadora. Sobretudo, baseado em uma alternativa que pudesse ancorar em conhecimentos pré-existentes dos alunos e transformar-se em novo conhecimento.

Material e métodos

O projeto desse trabalho foi à criação e aplicação de um jogo didático. A elaboração ocorreu em um intervalo de aproximadamente três meses, prazo estipulado pela professora responsável das disciplinas. O primeiro passo estabelecido foi o conjunto de assuntos, conceitos e conteúdos com os quais trabalharem. Com a utilização do jogo, e os dados que foram recolhidos durante as pesquisas, selecionou se assuntos relacionados com as disciplinas de Bioquímica e Química dos Alimentos. Outro critério usado foi a associação do conteúdo teórico com o cotidiano do aluno, buscando uma complementação com a abordagem já utilizada pelo professor. O assunto escolhido foi a classificação de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas, bem como sua importância, estruturas, utilização e aplicação. O jogo criado assemelha-se a um jogo da memória, pois a ideia foi assimilar as estruturas químicas com alguns alimentos e com as classificações já citadas, bem como o nome da proteína e sua definição, aplicação, efeito na saúde, por exemplo. O jogo é composto por 30 cartas formando 15 pares de cartas. Para o jogador formar pares, é necessário que ele associe a imagem com a definição apresentada na carta. O jogador que alcançar o maior número de associações, ganha a partida. É possível jogar de duas até quatro pessoas. Para a avaliação do jogo, utilizou-se um questionário observando-se os aspectos de participação, compreensão, tempo de duração e aprendizado.

Resultado e discussão

O jogo foi aplicado com Turmas das disciplinas de Bioquímica e Química dos Alimentos. Durante a aplicação os autores deste trabalho observaram a interação e empolgação dos alunos, percebendo-se que o tempo de duração do jogo foi em média de 15 a 20 minutos, um fator bastante positivo e importante, devido à grande dificuldade que os professores têm de aplicar metodologias diferentes por terem um cronograma de conteúdo a ser cumprido. Realizou-se um questionário com os alunos que participaram do jogo com intuito de avaliar a eficiência do jogo aplicado, e se o mesmo apresentou ser um promissor meio de conhecimento e aprendizado. A pergunta número 1 se referia à eficiência do jogo, que tinha em seu enunciado: “Qual a sua opinião sobre o jogo?”, as alternativas eram: “Dinâmico”, “Estimulante”, “Educativo”, “De fácil compreensão”, “Divertido”. A pergunta número 2 tinha em seu enunciado: “O jogo apresentou ser um meio significativo de aprendizado?”, as alternativas foram: “Não satisfatório”, “razoável”, “Satisfatório”. Dado esse questionário foram obtidos os seguintes resultados: dos alunos que foram entrevistados, 10% responderam na primeira pergunta que o jogo era estimulante, 50% educativo, 15% dinâmico e 25% que era de fácil compreensão. Na segunda pergunta 50% dos alunos responderam razoável, 45%: satisfatório e 5% não satisfatório. O questionário confirma a expressividade dos alunos observada durante a aplicação desse trabalho. O jogo possui uma linguagem simples, mas específica, o que mostrou ser um aspecto importante, pois motivou os alunos a uma saudável competição e motivação em jogar. A intenção do jogo foi estimular o estudo da Bioquímica e Química dos Alimentos de uma forma mais fácil, interessante e divertida obtendo-se positivos resultados.

Conclusões

Percebeu-se que o jogo é uma ferramenta eficaz para o processo de aprendizagem no ensino dos conteúdos de Bioquímica e Química dos Alimentos. Por ser um instrumento potencialmente significativo possibilitou uma aproximação dos conteúdos e fez com que houvesse uma predisposição para aprender permitindo uma avaliação do aprendizado do conteúdo ministrado em sala. A forma em que os alunos participaram do jogo foi fundamental no processo de aprendizagem. A duração do jogo foi bastante positiva nesse trabalho, visto que possibilita ser aplicado em sala de aula, sem afetar o cronograma do professor.

Agradecimentos

Ao Centro de Ciências e Tecnologias (CCT), a Universidade Estadual do Ceará (UECE), e a orientadora Maria da Conceição Tavares Cavalcanti Liberato.

Referências

CUNHA, A. P: LIBERATO, M. C. T. C.: VERAS, A. O. M. Aprenda Química Brincando/SEDUC. Fortaleza: SEDUC, 2006. 88p. vol.1. PeNSE – Pesquisa Nacional de Saúde Escolar-2015. Disponível em: <http://biblioteca. Ibge.gov.br/visualização/livros/liv97870.pdf>. Acesso em: 08 fev.2018.

SAMPAIO, Caroline de Góes. BARROSO, Maria Cleide da Silva (organizadores). Química e metodologias de ensino: uma experiência do PIBID IFCE Maracanaú./– Curitiba: CRV, 2016.

SIGNIFICADO DE JOGO, Disponível em: < https://www.significados.com.br/jogo/>, acesso em 31 de junho de 2018.

MOREIRA, M. Antônio, MASINI, E. F. Salfazo. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro, 2001.

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