O ESTUDO DE TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS EM UMA TURMA DO PROJETO MUNDIAR, SALVATERRA-PA

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Nascimento, L.T. (UEPA) ; Malato, B.V. (UEPA) ; Costa, A.P.A. (UEPA) ; Silva, L.P. (UEPA)

Resumo

Neste trabalho apresentamos os resultados obtidos a partir de uma Sequência de Ensino aplicado em uma turma do Projeto Mundiar da escola estadual de ensino médio Salomão Matos, no município de Salvaterra-PA. A Sequência de Ensino foi desen¬volvida por meio da abordagem do tema transformações químicas. A sequência foi dividida em 4 momentos; o 1º consistiu na aplicação do um questionário inicial. O 2º procedeu a aula expositiva dialogada com introdução ao estudo do átomo e a construção do modelo atômico, o 3º uma aula experimental e o 4º momento um questionário final. Mediante as análises foi possível inferir que as aulas contemplaram uma característica e indicadores que evidenciaram a maior familiarização com as teorias e termos químicos importantes para a melhor compreensão desta ciência.

Palavras chaves

Sequência de Ensino; Transformações químicas; Projeto Mundiar

Introdução

O ensino, bem como a sociedade, carece de profissionais que procurem inovações metodológicas no ensino, e dando prioridade ao desenvolvimento intelectual a partir de um processo de formação crítica dos alunos (MIRANDA; MARCONDES; SUART, 2015). Muitos autores defendem a experimentação no ensino de química, por se tratar de um recurso pedagógico importante no auxílio da construção de conceitos. (FERREIRA; OLIVEIRA, 2010). Para Carvalho (2013), problemas e os conhecimentos prévios devem dar subsídios para a construção dos conceitos a partir da formação de hipóteses, que posteriormente possam ser testadas com o intuito da resolução do problema em questão e assim, a solução deve levar a explicação do contexto mostrado aos alunos. Em função disso, se faz necessário a sistematização de um pensamento lógico, tornando mais ativa a participação do aluno e assim ocasionando sua alfabetização cientifica, além de que, o saber adquirido, nos possibilita o controle e a prevenção das transformações que ocorrem na natureza (CHASSOT, 2003). Por isso a contextualização é de suma importância nas abordagens em aula. É evidente a relevância desta no ato de ensinar, sempre mostrando ao aluno a importância de estudarmos ciências, neste caso com foco em química, para melhor compreendermos o mundo, ou melhor, o universo e suas transformações da forma palpável possível. Diante disto, nesse trabalho procuramos proporcionar um ensino com a perspectiva da alfabetização científica alicerçada no raciocínio lógico desenvolvido, a partir dos questionamentos realizados nas aulas introdutórias a reações químicas e mediante aos acontecimentos observados em uma aula experimental. A atividade envolveu os alunos da turma do Projeto Mundiar da escola de ensino médio Salomão Matos do Município de Salvaterra-PA.

Material e métodos

O projeto Mundiar é um programa de aceleração da aprendizagem no Pará que atende estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Iniciado em 2014, o Mundiar é uma parceria com o Governo do Estado do Pará, por meio da secretaria de Educação e conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A aplicação da sequência de ensino, foi idealizada com a turma do projeto Mundiar na Escola Estadual Salomão Matos, contendo 23 alunos. Trabalhou-se a sequência de ensino em 4 momentos, foi aplicado um questionário inicial (1º momento), onde se buscou sondar os conhecimentos prévios dos alunos acerca do estudo da matéria. Posteriormente foi realizada uma aula expositiva dialogada interativa (2º momento), com os alunos, introduzindo os assuntos relacionado ao estudo da matéria, ao termino destes momentos foram distribuídos aos alunos massa de modelar, dividindo a turma em grupos, realizaram a construção de modelo atômico de Rutherford-Bohr com materiais alternativos. O terceiro momento ocorreu no campus da universidade, a aula foi ministrada no laboratório de ciências naturais, a turma ainda dividida em grupos. Cada bancada do laboratório continha os materiais para as experimentações, sendo esses: 1 esponja de palha de aço, palitos de madeira, uma placa de petri, uma pinça e uma caixa de fosforo. Para a realização dos experimentos, cada equipe pesou a massa inicial da esponja de aço e dos palitos na balança analítica, com o auxílio da pinça, e fazia-se a queima de ambos materiais, em seguida pesava-se a massa final e comparava-se a diferença no peso inicial e final. Após realizou-se a aula de transformações químicas acerca dos fenômenos que aconteceram. Para finalizar, aplicou-se o questionário final (4º momento) em função de uma sondagem da sequência ensino.

Resultado e discussão

Cada aluno vivencia e participa da aula de forma diferente, dependendo do que o aluno ouve, relaciona com seu conhecimento prévio e compreende, influenciado pela capacidade de concentração naquele momento (PORTILHO; ALMEIDA, 2008). Os questionários inicial e final continham questões dos conteúdos de estrutura da matéria e transformações químicas. Na sondagem, de qual a ideia que havia sobre o átomo, 25% dos alunos esboçaram do jeito que imaginavam a estrutura atômica, e 75% responderam que não sabiam. No questionário final, demandava a estrutura atômica de forma didática, como apreendemos em sala de aula e todos desenharam de forma correta. A aula introdutória foi aborda de maneira contextualizada, para que houvesse um melhor entendimento. Organizados para que fosse lógico para o aprendizado de transformações químicas. O uso da modelagem possibilita produção de conhecimento (TORTOLA; ALMEIDA, 2013), desta forma foram construídos o modelo atômico de Rutherford-Bohr. As atividades experimentais devem possibilitar significados reais, provocando a elaboração, a fim de que seja utilizado para interpretação e para a construção de outras ideias (SILVA; et al., 2009). Assim, este trabalho veio com a proposta de proporcionar atividades, no laboratório de ciências naturais da UEPA – Campus XIX, para que cada procedimento fosse detalhado, acompanhado e observado com clareza. Para que um assunto como transformações químicas fosse compreendido, trabalhou-se conceitos deste conteúdo com dois experimentos realizados de início na aula. Dessa forma, a construção do conhecimento recorreria acerca das observações e questionamentos feitos com base nas experimentações. Durante a realização das atividades da sequência, percebeu-se que os alunos estavam bastante interessados e participativos.

Conclusões

As informações obtidas no decorrer do desenvolvimento desta atividade, representam indicativos de que a modelagem e a experimentação como estratégia de ensino podem proporcionar a aprendizagem significativa dos estudantes. É importante que o professor busque novas ferramentas de ensino, assim diversificando suas aulas e consequentemente torna-las mais interessantes e atraente. Nesta proposta de aulas práticas, ocasionou grande entusiasmo por parte dos educandos em desenvolver estas atividades, a execução dos experimentos os motivou, o que nos levou a constatar que com um planejamento adequado.

Agradecimentos

Referências

CARVALHO, A. M. P. de. Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. Cengage Learning. São Paulo, 2013.

CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, n. 22, p. 89-100, Abr. 2003.

FERREIRA, L. H.; HARTWIG D. R.; OLIVEIRA, R. C. de. Ensino experimental de química: Uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola, Vol. 32, N° 2, Mai. 2010.

MIRANDA, M. de S.; MARCONDES, M. E. R.; SUART, R. de C. Promovendo a alfabetização científica por meio de ensino investigativo no ensino médio de química: contribuições para a formação inicial docente. Ens. Pesqui. Educ. Ciênc. (Belo Horizonte), Belo Horizonte, v. 17, n. 3, p. 555-583, Dez. 2015 .

PORTILHO, E. M. L.; ALMEIDA, S. C. D. Avaliando a aprendizagem e o ensino com pesquisa no Ensino Médio. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 16, n. 60, p. 469-488, jul./set. 2008.

TORTOLA, E; ALMEIDA, L. M. W. Reflexões a respeito do uso da modelagem matemática em aulas nos anos iniciais do ensino fundamental. Rev. bras. Estud. pedagog. Brasília, v. 94, n. 237, p. 619-642, maio/ago. 2013.

SILVA, C. H. et al. A importância da utilização de atividades práticas como estratégia didática para o ensino de ciências. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2009.

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