AVALIAÇÃO FÍSICO QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA UTILIZADA POR UMA AGROINDÚSTRIA LÁCTEA EM PARAÍSO DO TOCANTINS

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ambiental

Autores

Oliveira, M.S. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)

Resumo

O objetivo do trabalho foi investigar a qualidade da água utilizada por uma agroindústria láctea em Paraíso do Tocantins. As análises apresentaram valores dentro do preconizado pela Portaria N°2.914 /2011 do Ministério da Saúde que estabelece: pH entre 6 e 9,5; turbidez ≤ 5UT; cloreto ≤ 250 mg/L e dureza ≤ 500 mg/L, Ausência coliformes totais e termotolerantes. O pH variou de 6,90 ± 0, 40. Os resultados das análises da turbidez mostraram valores que variaram de 0,72 ± 0,31 mg/L, os cloretos apresentaram variação de 19,60 ± 0,54 mg/L e a dureza apresentou valores entre de 46, 45 ± 2,57 mg/L CaCO3. De acordo com os resultados a água utilizada na agroindústria esta de acordo com o preconizado na legislação.

Palavras chaves

Água; agroindústria; leite

Introdução

A água é utiliza na agroindústria em processo produtivo, lavagem de equipamentos e como matéria prima do produto final (SANTOS E CERQUEIRA, 2007). Contudo, a qualidade da água é um fator determinante no processamento de alimentos, devendo ser potável e periodicamente monitorada (AMARAL et al.2007). A Portaria N°2.914/2011 do Ministério da Saúde define água para o consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde. Nesse sentido, a utilização da água para obtenção do leite for de baixa qualidade, além de aumentar a contagem bacteriana total do leite, poderá veicular patógenos de importância em saúde pública (CERQUEIRA et. al.2006). A água tem grande importância na cadeia produtiva do leite e, assim sendo, deve ser de qualidade já na sua origem ou por meio de algum tratamento para utilização na pecuária leiteira (POLEGATO E AMARAL 2005). É importante a realização de um controle e monitoramento periódico da qualidade da água utilizada para abastecimento e consumo humano pois ela é capaz de veicular grande quantidade de contaminantes físico-químicos e/ou biológicos (TORRES et al., 2000). A higienização periodicamente dos reservatórios de água devem ser realizadas para que impurezas e contaminações venham comprometer a potabilidade da água armazenada nos reservatórios (CALAZANS et al., 2004; SOUSA et, al., 2006). A falta de controle microbiológico durante a produção, armazenamento e distribuição colocando em dúvida a qualidade sanitária dos alimentos produzidos. O objetivo do trabalho foi investigar a qualidade da água utilizada por uma agroindústria láctea em Paraíso do Tocantins.

Material e métodos

Durante o período de janeiro a julho de 2018 foram realizadas 06 visitas mensais em um pequeno laticínio da cidade de Paraíso do Tocantins-TO, todos com inspeção municipal (SIM). Coletou-se amostra de água da torneira interna utilizada para a higienização da unidade ou para utilização na formulação do produto da agroindústria. Procedeu a coleta com higienização das torneiras utilizando álcool 70% e abrindo as torneiras por 2 a 3 minutos para limpeza da tubulação e após esse tempo foram coletadas 300 mL de água em frascos estéreis de polietileno, sendo o transporte efetuado em caixas térmicas com gelo e não excedendo o intervalo de 24 horas entre a coleta e a análise e a temperatura igual ou inferior a 8°C. As amostras foram enviadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal do Tocantins IFTO Campus Paraíso do Tocantins onde foram realizadas as análises de coliformes totais e termotolerantes, pH e turbidez, cloreto e dureza.

Resultado e discussão

A Portaria N°2.914 /2011 do Ministério da Saúde que estabelece: pH entre 6 e 9,5; turbidez ≤ 5UT; cloreto ≤ 250 mg.L-1 e dureza ≤ 500 mg.L-1. O pH variou de 6,90 ± 0, 40. Nas indústrias de alimentos é recomendado que o pH da água utilizada seja na faixa de 8,3, pois não é considerado um pH neutro, evitando processos de corrosões em superfícies para processamento de alimentos e equipamentos (ANDRADE e MACEDO, 2008). Os resultados das análises da turbidez mostraram valores que variaram de 0,72 ± 0,31 mg.L-1. A turbidez além de causar uma má aparência visual, pode acarretar em um elevado índice de componentes dissolvidos, desde matéria orgânica, até microrganismos patogênicos, podendo causar a contaminação de produtos (PÁDUA, 2001). Os cloretos apresentaram variação de 19,60 ± 0,54 mg.L-1 De acordo com Andrade e Macedo (2008), os cloretos podem estar presentes na forma de sais de cálcio, ferro e magnésio. E se, em concentrações altas, esses íons podem causar corrosão em tubulações e caldeiras, equipamentos de aço inoxidável, formar incrustações em pisos, paredes e equipamentos. A dureza apresentou valores entre de 46, 45 ± 2,57 mg.L-1 CaCO3 o que caracterizou a água como mole (SANTOS e FELICIANOS, 2008). Quanto aos indicadores de contaminação microbiológica (coliformes totais e fecais), nenhuma das amostras apresentou presença desses coliformes, atendendo o que estabelece a portaria referida anteriormente. De acordo com os dados obtidos pelas análises físico-químicas e microbiológicas da água verifica-se que as amostras apresentaram valores para os parâmetros físico-químicos e microbiológicos em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011.

Conclusões

De acordo com os resultados a água utilizada na agroindústria láctea esta de acordo com o preconizado na legislação. Percebesse a importância do controle da qualidade da água de laticínios de pequeno porte, pois são vulneráveis por não terem implantados programas de controle específicos para tratamento de água.

Agradecimentos

Referências

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POLEGATO, E. P. S.; AMARAL, L. A. A qualidade da água na cadeia produtiva do leite: Nível de conhecimento do produtor rural. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v. 19, n. 129, p.15- 24, 2005.

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SOUSA, C.P. Segurança alimentar e doenças veiculadas por alimentos: utilização do grupo coliforme como um dos indicadores de qualidade de alimento. Rev. Atenção Primária à Saúde 2006;9(1)83-8

TORRES, D. A. G. V et al. Giardíase em creches mantidas pela prefeitura do município de São Paulo, 1982/1983. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, v.33, p. 137- 141, 2000

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