A TEMÁTICA RESÍDUOS SÓLIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA NA CIDADE DE BELÉM-PA.
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Ambiental
Autores
Andrade, T.L. (UEPA) ; Neves, P.A.P.F.G. (UFPA) ; Silva, M.D.B. (UEPA) ; Viana, L.C. (UFRA) ; Sarah, A.T. (UEPA) ; Corrêa, C.N. (UEPA) ; Melo, J.T. (UEPA)
Resumo
Frente ao elevado consumo da sociedade pós-moderna e consequentemente a alta produção de resíduos sólidos, a discussão dessa temática e suas consequências para a saúde humane e meio ambiente são indispensáveis para a formação cidadã dos alunos. O presente trabalho teve como objetivo investigar a visão dos professores sobre a importância da temática resíduos sólidos para a formação dos alunos e identificar as metodologias de ensino utilizadas pelos mesmos. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede privada no município de Belém-PA, tendo 16 professores participantes. Constatou-se que os assuntos de cunho ambiental abordados em sala de aula não são desenvolvidos de maneira interdisciplinar e contínua, além de serem trabalhados predominantemente de maneira teórica.
Palavras chaves
Educação Ambiental; Ensino de Ciências; Resíduos sólidos
Introdução
Discutir temáticas temática ambientais nas escolas é de grande relevância para a formação cidadã dos alunos (FERREIRA; PEREIRA; BORGES, 2013). Além da importância de inserir a Educação Ambiental (EA) dentro das salas de aula, é importante também avaliar quais os meios que estão sendo utilizados para o desenvolvimento dessa temática no ambiente escolar. Segundo Teixeira; Torales (2014), no Brasil o desenvolvimento de políticas públicas para a introdução da EA nas escolas ocorreu a partir de 1990. Em 1996, foi criada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a qual definiu a educação infantil como a primeira etapa da Educação Básica. A questão ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais (BRASIL, 1997). Diante do exposto, este trabalho de caráter exploratório, teve como objetivo analisar como estão sendo desenvolvidas as ações de Educação Ambiental, especificamente a questão dos resíduos sólidos, no Ensino Fundamental I em uma escola da rede particular da cidade de Belém-PA.
Material e métodos
O trabalho foi desenvolvido em uma escola particular localizada na cidade de Belém-PA. Após contato com a direção da escola, foi aplicado um questionário a 16 professores do Ensino Fundamental I. O questionário era organizado em duas partes: dados gerais (gênero, faixa etária, nível de formação e tempo de atuação como docente) e questões sobre a importância da temática resíduos sólidos para a formação dos alunos.
Resultado e discussão
Em relação ao perfil dos participantes da pesquisa, verificou-se que 100,0%
dos participantes eram do gênero feminino, sendo que 25,0% tinham idade
entre 20 a 30 anos, 50,0% entre 30 a 40 anos e 25,0% 40 a 50 anos. Com
relação a formação acadêmica, constatou-se que 50,0% possuía somente a
graduação em pedagogia e 50,0% tinham especialização em educação, porém não
especificaram em qual área. Quanto ao tempo de atuação como docente,
verificou-se que 19,0% tinham entre 0-5 anos, 37,0% 6-10 anos, 19,0% 11-15
anos, 12,5% 16-20 anos e 12,5% mais de 20 anos. Quando questionados sobre as
contribuições da discussão do assunto resíduos sólidos em sala de aula,
verificou-se que 50,0% afirmaram contribuir para a conscientização
ambiental. 25,0% afirmaram ser um assunto é importante, porém não
evidenciaram as contribuições que a discussão da temática resíduos sólidos
pode trazer para os alunos e 25,0% não responderam este questionamento. Com
relação às metodologias utilizadas com maior frequência para discutir o
assunto resíduo sólido, constatou-se que 45,0% utilizam o livro didático,
30,0% debates em sala, 12,5% recursos audiovisuais (vídeo e slides) e 12,5%
pesquisa através da internet. Para Borges, Alencar (2014, p.120) “utilização
dessas metodologias pode favorecer a autonomia do educando, despertando a
curiosidade, estimulando tomadas de decisões individuais e coletivas,
advindos das atividades essenciais da prática social e em contextos do
estudante”.
Conclusões
A partir dos resultados obtidos, constatou-se que a EA abordada em sala de aula não é desenvolvida de maneira interdisciplinar e contínua, além de ser trabalhada predominantemente de forma teórica. As atividades voltadas para a EA são enfatizadas apenas em datas comemorativas (Dia da água, Dia da árvores e Dia do meio ambiente). Entende-se também que a escola precisa avançar em relação a discussão das temáticas ambientais, repensando acerca das metodologias de ensino utilizadas.
Agradecimentos
Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - Meio Ambiente. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BORGES, T.S; ALENCAR, G. Metodologias ativas na promoção da formação crítica do estudante: O uso das metodologias ativas como recurso didático na formação crítica do estudante do Ensino Superior. Cairu em Revista, n° 04, p. 1 19-143, 2014.
FERREIRA, J. E.; PEREIRA, S. G.; BORGES, D. C. S. A importância da educação ambiental no Ensino Fundamental. Revista Brasileira de Educação e Cultura, Número VII, p. 104-119, 2013.
TEIXEIRA, C; TORALES, M. A. A questão ambiental e a formação de professores para a educação básica: um olhar sobre as licenciaturas. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial, ed.UFPR, n. 3, p. 127-144, 2014.