Utilização dos nanomateriais δ-FeOOH e Cis δ-FeOOH para remoção de chumbo de águas contaminadas.
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Química Analítica
Autores
Andrade, T.G. (UFVJM) ; Santos, M.S. (UFVJM) ; Aquino, T.E.O. (UFVJM) ; Silva, L.Z. (UFVJM) ; Silva, V.C. (UFVJM) ; Batista, B.L. (UFABC) ; Maia, L.F.O. (UFVJM) ; Rodrigues, J.L. (UFVJM)
Resumo
A toxicidade e o potencial acúmulo de chumbo em diversos ambientes incentivaram o desenvolvimento de tecnologias para a sua remoção de águas contaminadas. Este trabalho teve como objetivo sintetizar nanopartículas de δ-FeOOH, que foram funcionalizadas com o aminoácido L-cisteína (Cis δ-FeOOH) como adsorvente para eliminar o metal chumbo de água contaminada. A capacidade de adsorção do δ-FeOOH e do Cis δ-FeOOH para Pb (II) foi 190,1658 mg g-1 e 96, 9266 mg g-1 respectivamente. Aproximadamente 99% do Pb (II) foi adsorvido pelo δ-FeOOH ao passo que 81% foi adsorvido pelo Cis δ-FeOOH nos primeiros 30 min, sugerindo rápida adsorção do metal. Os dados apresentados sugerem que os nanomateriais sintetizados possuem elevado potencial para remediação de ambientes contaminados por chumbo.
Palavras chaves
Adsorção; Nanomaterial; Chumbo
Introdução
O aumento da população, urbanização, crescimento industrial, atividades agrícolas e de mineração tem gerado o uso desenfreado e inconsciente dos recursos hídricos, provocando, gradativamente, consequências alarmantes para a saúde pública (MHLONGO, MATIVENGA, MARNEWICK, 2018). Dentre os resíduos causadores da poluição da água, os metais tóxicos tem gerado preocupação a nível mundial devido a toxicidade, acúmulo na cadeia alimentar e efeitos negativos sobre a saúde humana, fauna e flora (LIN et al., 2016; GUERRA et al., 2017; ZHANG et al., 2016). Metais como zinco (Zn), cobre (Cu), cromo (Cr), ferro (Fe), lítio (Li) e manganês (Mn) são considerados importantes para a vida, enquanto cádmio (Cd), arsênio (As), mercúrio (Hg) e chumbo (Pb) não desempenham nenhuma função fisiológica, além de serem altamente tóxicos para todos os organismos, mesmo quando encontrados em baixas concentrações (GOLDHABER, 2003). Entre os metais citados, o Pb desperta atenção devido às suas características de persistência, toxicidade e biocamulação (ARCE, 2015). Este metal tóxico e seus compostos podem se acumular no corpo, gerando riscos graves para a saúde humana, como deficiência mental, anemia, anorexia, vômitos, danos no cérebro e no sistema nervoso (ATSDR, 2007). De acordo com o Ministério da Saúde (MS) e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (US EPA), o limite permitido para o chumbo na água potável é de 10μg L-1 e 15μg L-1 respectivamente. O tratamento de água convencional utilizando etapas de sedimentação, floculação , precipitação e osmose reversa seguida de filtração com filtros a base de areia (ou filtro granuloso) apesar de serem utilizados a muito tempo não são eficazes na remoção de contaminantes químicos, além de serem suscetíveis a falhas (MWAKABONA et al., 2017; NGAH et al., 2002; RENAULt et al., 2009; HILLIGERS et al.,2013). Dessa forma, a busca por tecnologias que possuem a capacidade de removê-los e tornar a água própria para consumo humano e animal tem aumentado ao longo do tempo (ZHAO et al., 2011). Técnicas como troca iônica, filtração por membranas , precipitação química , tecnologias de tratamento eletroquímico e adsorção foram desenvolvidas com o intuito de suprir a ineficiência do tratamento de água já existente (FU e WANG, 2011). Entre os métodos citados, os processos de adsorção se destacam devido à sua eficácia, baixo custo e simplicidade (BARAKAT, 2011). Nesse sentido, a busca por adsorventes econômicos e de alto desempenho contribuem para a aplicação bem-sucedida da técnica (WANG et al.,2018). Os minerais de óxido de ferro são relativamente baratos e encontrados em excesso na natureza, tornando-os uma alternativa atraente para o tratamento de água (AREDES, KLEIN e PAWLIK, 2012). As nanopartículas à base desses minerais funcionam como agentes redutores fortes. Seu mecanismo de ação envolve reações de oxidação-redução (redox), de modo que, em contato com o meio, elas são oxidadas rapidamente e doam seus elétrons a poluentes, reduzindo-os (GALDAMES et al., 2017). Os polimorfos de ferro (III) como goetita (α-FeOOH), lepidocrocita (γ-FeOOH) e akaganeita (β-FeOOH) têm sido descritos como bons adsorventes para metais tóxicos (SINGH et al., 2015). Além desses, destaca-se o δ-FeOOH por ser facilmente preparado em laboratório por um método simples, com pequeno tamanho de partícula, alta área superficial, distribuição estreita de tamanho de poro e seu poder de recuperação devido a suas propriedades ferrimagnéticas (PINTO et al., 2012) e a magnetita (Fe3O4) por possuir propriedades químicas e físicas distintas além de ser fortemente magnética (AREDES, KLEIN e PAWLIK, 2012 ; SIMONSEN, STRAND e OYE, 2018). As nanopartículas magnéticas podem sofrer modificações em suas superfícies com o intuito de melhorar a seletividade, estabilidade e reutilização de materiais (KHAJEH, LAURENT e DASTAFKAN, 2013; AKIN et al., 2012; ZHANG et al., 2006). A funcionalização dessas nanopartículas com átomos de enxofre , nitrogênio e oxigênio propicia forte afinidade e uma excelente seletividade com íons de metais de transição divalente (THAKUR et al., 2013). Entre uma variedade de substâncias que possuem enxofre na estrutura, a L-cisteína é um aminoácido biocompatível, solúvel em água, contendo três grupos funcionais (-SH, -NH2, -COOH) que interage fortemente com metais nobres proporcionando melhores resultados adsortivos (FAN et al., 2016; KUNHLE, 2009; FILIMON et al., 2012; LEPARC et al., 2006; GONELLA et al., 2005). Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo sintetizar nanoparticulas de δ-FeOOH que foram funcionalizadas por um método simples utilizando o aminoácido L-cisteína (Cis δ-FeOOH) para tratamento de águas contaminadas pelo metal tóxico Pb (II).
Material e métodos
O adsorvente δ-FeOOH foi preparado como descrito na literatura (PEREIRA et al.,2011; CHAGAS et al., 2013). Posteriormente, a superfície do δ-FeOOH foi modificada com inclusão de moléculas de L-Cisteína por metodologia adaptada de Bagbi et al. (2017). O padrão de difração de raios X em pó (XRD) foi determinado num intervalo 2θ de 20° a 80° com um difratômetro Rigaku Geigerflex equipado com um monocromador de grafite difratada e radiação CuKα (λ = 1.540560 Å) para análise dos materiais adsorventes. A cinética de adsorção do metal Pb (II) foi estudada utilizando 10 mg dos adsorventes δ-FeOOH, Cis δ-FeOOH misturados com 20 mL de solução de Pb (II) na concentração de 20 ppm e mantidos em contato durante o intervalo de 0- 1440 min em um Shake agitador da Thermo Scientific MaxQ™ 6000. O pH da solução de Pb (II) foi controlado para 7 ± 0,5. Após cada período de tempo, a solução foi separada da amostra por centrifugação a 5500 rpm em uma centrifuga refrigerada Cientec CT 6000R por 3 min. Alíquotas da concentração residual do Pb (II) foram analisadas por espectrômetro de massas com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS) modelo NexION 300D da PerkinElmer (USA). Os dados cinéticos foram ajustados aos modelos pseudo-primeira ordem (LAGERGREN, 1898) e pseudo-segunda ordem (HO e MCKAY, 1999). Para obter as isotermas de adsorção foram utilizadas 10 mg dos adsorventes δ-FeOOH, Cis δ-FeOOH em amostras de 20 ml da solução de Pb (II) em concentrações de 0 - 200 ppm sob agitação constante em um Shake agitador da Thermo Scientific MaxQ™ 6000 com velocidade de agitação de 200 rpm, durante 24 hs. Após esse período, a solução foi separada da amostra por centrifugação a 5500 rpm em uma centrifuga refrigerada Cientec CT 6000R por 3 min. Alíquotas da concentração residual do metal foram analisadas por ICP- MS. O comportamento de adsorção dos nanomateriais δ-FeOOH, Cis δ–FeOOH com o Pb (II) foram ajustados aos modelos de Langmuir, Langmuir-Freundlich e Redlich Peterson. O efeito do pH das soluções na adsorção do Pb (II) foi realizado misturando 10 mg dos adsorventes δ-FeOOH, Cis δ-FeOOH com 20 mL da solução de 20 ppm do metal sob agitação constante em um Shaker agitador da Thermo Scientific MaxQ™ 6000 com velocidade de agitação de 200 rpm, durante 24 hs. O pH da solução foi ajustado para 5, 7 e 9 utilizando soluções de HNO3 ou NaOH a 0,1 M. Em seguida, a solução foi separada da amostra por centrifugação a 5500 rpm em uma centrifuga refrigerada Cientec CT 6000R por 3 min. Alíquotas da concentração residual do metal foram analisadas por ICP-MS. As concentrações iniciais do Pb (II) utilizados em todos os testes de adsorção foram analisadas por ICP-MS.
Resultado e discussão
Caracterização dos nanomateriais
A análise qualitativa indicou que o δ-FeOOH foi sintetizado com sucesso. Os
picos de difração de raios X em 35°, 26°, 40°, 54,42°, 63,16°,74,62° e 78,1°
que são atribuídos respectivamente aos planos cristalinos característicos do
δ-FeOOH (100), (002), (102), (110), (200) e (201), são consistentes com o
arquivo JCPDS-PDF 13–87. Uma larga proeminência no intervalo raio 2θ de 20-
30° está presente em todos os padrões de difração de raio-X do δ-FeOOH
apresentados e pode ser devido a oxi-hidróxidos amorfos (PEREIRA et al.
2011, PINTO et al. 2012, ROCHA et al. 2013). A análise realizada com o Cis-
δ-FeOOH indicou que a síntese do material foi bem sucedida apresentando os
picos de difração de raios X em 18,84°, 21°, 21,94°, 26,84°, 28,42°, 30,5°,
33,04°, 34,34°, 38,28°, 39,14°, 44,6°, 51,5°, 59,02°, 59,78°, 66,06° e
66,24° que correspondem aos planos de reflexões (002), (111), (200), (112),
(003), (210), (103), (300), (113), (220), (221), (400), (401), (105), (410),
(322), (330), (413), (414) e (600) sendo consistentes com o arquivo JCPDS-
PDF 5–259, enquanto os plano de reflexões (100), (002), (102) e (110) são
compatíveis com o arquivo JCPDS 13-87. O tamanho médio de cristalito
aparente para estas nanopartículas de δ-FeOOH e Cis δ-FeOOH determinada com
a equação de Scherrer foi de 17,64 e 16,0 nm, respectivamente.
Estudo das Isotermas de Adsorção
Para determinar a capacidade de adsorção das nanopartículas de δ-FeOOH e Cis
δ-FeOOH, o equilíbrio da adsorção de Pb (II) em função da concentração de Pb
(II) em solução é apresentado na Figura 1, que mostra, inicialmente, um
aumento acentuado na isoterma, indicando que os sítios livres de δ-FeOOH
(Figura 1 (a)) e Cis δ-FeOOH (Figura 1 (b)) estão disponíveis para adsorção
das espécies do metal. No entanto, à medida que a sua concentração aumenta,
ocorre saturação da superfície de δ-FeOOH e Cis δ-FeOOH atingido a ocupação
de todos os sítios ativos do adsorvente. Os dados experimentais foram
ajustados de acordo com os modelos não-lineares de Langmuir, Langmuir-
Freundlich e Redlich-Peterson. Os parâmetros ajustados obtidos para o δ-
FeOOH foram: Langmuir: Qm=173,6400 mg g-1, Kl= 0,0212 L mg-1, R²=0,9919,
RL=0,9895, Langmuir-Freundlich: Qm=190,1658 mg g-1, Klf= 0,0275 L mg-1, n=
0,8798, R²=0,9907, e Redlich-Peterson: K1=4,5799 L g-1, K2=0,0504 L mg-1, α
=0,8839, K2Ceα=4,6728 e R²=0,9913. Enquanto os parâmetros obtidos para o
Cis δ-FeOOH foram: Langmuir: Qm= 27,3723 mg g-1, Kl= 0,0501 L mg-1,
R²=0,9346, RL= 0,9755, Langmuir-Freundlich: Qm= 96,9266 mg g-1, Klf= 0,0443
L mg-1, n= 0,4262, R²=0,9557, e Redlich-Peterson: K1= 3,9394 L g-1, K2=
0,8776 L mg-1, α= 0,6417, K2Ceα= 27,4624, R²=0,9546. Diante dos dados
experimentais apresentados percebemos que o de δ-FeOOH foi bem ajustado com
os modelos de Langmuir (R²=0,9919), Langmuir-Freundlich (R²=0,9907) e
Redlich-Peterson (R²=0,9913), no entanto, esses modelos poderiam descrever
um pouco melhor o Cis δ-FeOOH Langmuir (R²=0,9346), Langmuir-Freundlich
(R²=0,9557) e Redlich-Peterson (R²=0,9546). Segundo Webber e Chakkravorti
(1974) o fator de separação RL é considerado favorável (0 <RL <1),
desfavorável (RL> 1), linear (RL = 1) ou irreversível (RL = 0). De acordo
com os parâmetros encontrados neste estudo, onde o valor de RL para Pb (II)
analisados para o δ-FeOOH e o Cis δ-FeOOH se encontram entre, 0 < RL < 1,
conclui-se que o modelo de Langmuir é considerado favorável para os dois
materiais adsorventes. Para a isoterma de Langmuir-Freundlich quando o valor
do parâmetro de heterogeneidade é 1, o modelo assume a Equação de Langmuir,
já para 0 < n > 1, é esperado um sistema heterogêneo (JEPPU; CLEMENT, 2012).
Os dados obtidos neste estudo indicam a existência de um sistema heterogêneo
para ambos os materiais. Para a isoterma de Redlich-Peterson se o valor de α
igual a 1, a isoterma de Redlich-Peterson é reduzida para a de Langmuir e,
quando o termo K2Ceα é muito maior que 1, o modelo aproxima-se da Equação de
Freundlich. Os dados deste experimento encontraram valores de α menores que
1 e valores de K2Ceα maiores que 1, indicando uma maior aproximação do
modelo de Freundlich.
Estudo da Cinética de Adsorção
A Figura 2 apresenta a cinética de adsorção para Pb (II) em nanopartículas
de δ-FeOOH e Cis δ-FeOOH. Os resultados obtidos indicaram que
aproximadamente 99% do Pb (II) adsorvido foi removido da água nos primeiros
30 minutos de adsorção para o δ-FeOOH (Figura 2 (a)), ao passo que 81% do Pb
(II) nas mesmas condições foi adsorvido pelo Cis δ-FeOOH (Figura 2 (b)).
Isto sugere que a adsorção do Pb (II) pelos nanomateriais δ-FeOOH e Cis δ-
FeOOH é extremamente rápida nas fases iniciais devido ao elevado número de
sítios de adsorção disponíveis na superfície dos nanocompósitos. Os dados
cinéticos de adsorção foram ajustados com um modelo de pseudo-primeira ordem
(LAGERGREN, 1898) e modelo pseudo segunda-ordem (HO e MCKAY, 1999): O modelo
cinético pseudo-primeira ordem não se ajusta à adsorção de Pb (II) pelos
nanomateriais δ-FeOOH e Cis δ-FeOOH. Já o modelo pseudo-segunda ordem
baseado na capacidade de adsorção da fase sólida mostra o processo de
adsorção do δ-FeOOH e do Cis δ-FeOOH em toda faixa de tempo. Os dados
cinéticos apresentam-se com grande linearidade (Figura 2 (b)), δ-FeOOH (R²=
1), qe cal (38,7596 mg g-1) com valores próximos de qe exp (39,5415 mg g-1)
e Cis δ-FeOOH (R²=0,9861) qe cal (28,1690 mg g-1), qe exp (32,1223 mg g-1).
Tais dados indicam que o fenômeno de adsorção é preferencialmente governado
pela adsorção química envolvendo forças de valência do compartilhamento e
troca de elétrons entre o adsorvente e o adsorbato com formação de
monocamada sobre a superfície dos materiais δ-FeOOH e Cis δ-FeOOH (HO e
MCKAY, 1999).
Estudo do pH
O valor do pH é o fator primordial para adsorção de metais no adsorvente.
Neste trabalho, percebe-se que a capacidade de adsorção pelas nanopartículas
de δ-FeOOH e Cis δ-FeOOH é maior em pH 9,0 do que em pH 5,0 para o Pb (II).
É observado um aumento de 26,2733 para 39,5681 mg g-1, na adsorção de Pb
(II) no δ-FeOOH e de 8,2486 para 35,4695 mg g-1, na adsorção do metal para o
Cis δ-FeOOH. A partir dos resultados ficou evidente que ao aumentar o pH de
5,0 para 9,0 a capacidade de adsorção aumentou acentuadamente Este resultado
pode ser explicado uma vez que o pH mais alto leva a mais desprotonação da
superfície adsorvente que, aumenta os sítios carregados negativos, o que
favorece a atração eletrostática entre a superfície do adsorvente e os íons
Pb (II) e, por conseguinte, aumenta a capacidade de adsorção. Enquanto, o pH
mais baixo leva a locais mais carregados positivamente, o que aumenta as
forças de repulsão entre a superfície adsorvente e os íons Pb (II) que
diminuem a capacidade de adsorção (NASSAR, 2010). No Cis δ-FeOOH pode
ocorrer devido à protonação dos grupos carboxila, amino e sulfidrila
presentes na cisteína. A taxa máxima de remoção para o δ-FeOOH e cis δ-FeOOH
foi de 99,85% e 89,51% respectivamente.
Isotermas de Adsorção de Langmuir, Langmuir- Freundlich e Redlich-Peterson para Pb (II) pelos nanomateriais (a) d-FeOOH e (b) Cis d-FeOOH.
(a) Cinética de adsorção do Pb (II) por d-FeOOH e Cis d-FeOOH (b) modelo de pseudo-segunda ordem para adsorção de Pb (II) por d-FeOOH e Cis d-FeOOH
Conclusões
Neste trabalho, nanopartículas de d-FeOOH e Cis d-FeOOH foram desenvolvidas com sucesso. Os resultados apresentaram capacidade de adsorção para o Pb (II) de 190,1658 mg g-1 e 96, 9266 mg g-1 respectivamente. Além disso, foi possível perceber que em pH 9 a eficiência de adsorção foi máxima para ambos os nanomateriais. Os resultados da cinética mostraram que a adsorção para o d- FeOOH (99%) e para o Cis d-FeOOH (81%) foi extremamente rápida nos primeiros 30 min. Em condições otimizadas, os comportamentos de adsorção ajustaram-se melhor ao modelo cinético de pseudo-segunda ordem. Diante dos dados experimentais apresentados percebemos que o d-FeOOH se adequou aos modelos de Langmuir (R²=0,9919), Langmuir-Freundlich (R²=0,9907) e Redlich-Peterson (R²=0,9913), no entanto, esses modelos poderiam descrever um pouco melhor o Cis d-FeOOH Langmuir (R²=0,9346), Langmuir-Freundlich (R²=0,9557) e Redlich- Peterson (R²=0,9546). Dessa forma, os resultados obtidos ao longo do trabalho sugerem que os nanomateriais sintetizados possuem grande potencial para serem utilizados como forma de remediação ambiental em ambientes aquosos contaminados por Pb (II).
Agradecimentos
À FAPEMIG, CAPES, CNPq e UFVJM.
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