MOLECULANDO: JOGO DE TRILHA SOBRE ESTRUTURAS MOLECULARES

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

FEPROQUIM - Feira de Projetos de Química

Autores

de Moura Luiz, A.C. (IFMT-BLV) ; do Prado Vitoriano de Deus, M. (IFMT-BLV) ; Garcia Mendes da Silva, N. (IFMT-BLV) ; de Souza Nascimento, P.L. (IFMT-BLV) ; do Nascimento Ferreira Cunha, J. (IFMT-BLV)

Resumo

Resumo O jogo didático é considerado uma metodologia inovadora para ensinar os estudantes, e se este apresentar caráter inclusivo possibilitará o aprendizado de todos. É dificultoso para um aluno ser limitado a somente ouvir, ler, ou exercitar o conteúdo somente na teoria. Neste sentido o objetivo deste trabalho é apresentar um jogo didático inclusivo na área de Química orgânica que facilite o aprendizado a todos os estudantes, proporcionando uma reflexão dos conceitos ensinados. Tal trabalho também tem o intuito de estimular o raciocínio lógico, capacitando o aluno a pensar e elaborar estratégias para a montagem de moléculas, desenvolvendo a agilidade mental e melhorando a visualização das estruturas, já que muitos alunos enfrentam dificuldades no aprendizado deste tema.

Palavras chaves

química organica; jogo didático; inclusão

Introdução

Introdução Segundo Andrade e Sanches, (2006); Szundy (2005), a brincadeira no panorama sóciohistórico é um tipo de atividade social humana que supõe contextos sociais e culturais. O lúdico como instrumento educativo já se fazia presente no universo criativo do homem desde os primórdios da humanidade. Cada indivíduo é dotado de um conjunto de competências, porém nem todos aprendem da mesma forma, e com o auxílio da atividade lúdica a interação professor aluno flui com maior facilidade. A atividade lúdica é tudo e qualquer movimento que tem como objetivo produz prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante. Se há regras, essa atividade lúdica pode ser considerada um jogo (SOARES, 2008). Atualmente muitos professores buscam alternativas que dinamizem o processo de ensino-aprendizagem na sala de aula, de forma que a metodologia não seja entediante, proporcionando a melhor absorção do que é ensinado. A utilização de jogos didáticos pode ser motivadora para o aprendizado mecânico, pois essa etapa gera rejeição por parte dos alunos, devido à transmissão sistemática e não contextualizada de conceitos, o que em alguns casos impede um melhor rendimento do mesmo. Como ocorre em várias disciplinas a memorização de informações, assim também é na Química. A viabilização dos jogos didáticos inclusivos também é motivador na aprendizagem de pessoas com deficiência, visando a expansão dos limites dessas em um nível em que o método de ensino já não se difere dos demais, e que é possível incluí-lo em atividades dinâmicas de Química, não precisando restringi-lo no desempenho de atividades e aprimoramento de suas habilidades como de outros colegas. Segundo Oliveira (2004), estudos e pesquisam mostram que o ensino de química é em geral tradicional, centralizando-se apenas na memorização e repetição de nomes e fórmulas, sendo na sua totalidade desvinculado do dia-a-dia da realidade em que os alunos se encontram, fazendo com que os próprios alunos questionem o real motivo pelo qual estão estudando tal assunto. Esse fato causa grande impasse e acaba desmotivando os alunos que encaram a matéria como decoreba. Pensando nisso, o presente trabalho busca contornar essas questões e, principalmente gerar a aprendizagem e afetividade pela matéria através da confecção de um jogo didático de trilha denominado Moleculando.

Material e métodos

Materiais e Métodos O presente trabalho foi realizado no instituto Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá Bela Vista no primeiro semestre de 2018 com a turma do 3º semestre do curso médio integrado em Química. Para confecção do jogo didático inclusivo de trilha denominado Moleculando, utilizou-se: uma caixa de madeira, 52 cartas que serão divididas em cartas de azar e sorte sendo, essas cartas estarão em braile e em libras também, quatro bolas de isopor de tamanhos diferentes; cartolina preta para colar as fichas; folhas de EVA nas cores: preto, verde, roxo, vermelho, e amarelo, sendo estas as trilhas do jogo, 2 dados; 6 pinos nas cores amarelo, azul, vermelho, verde, branco e preto; 1 ampulheta; Palitos de dente; tabela de descrição das bolinhas e seus respectivos elementos representados em braile; bolinhas representado 8 elementos, contendo textura e tamanhos distintos possibilitando que os cegos possam diferenciá-las. As bolas foram pintadas em sete cores distintas de acordo com a IUPAC: preto (carbono), verde (cloro), branco (hidrogênio), vermelho (oxigênio), azul (nitrogênio), roxo (bromo), amarelo (enxofre) e lilás (flúor). As questões envolvidas no jogo estão relacionadas com o conteúdo referente as Funções Orgânicas. Regras do jogo O jogo de trilha se desenvolve de acordo com o lançamento do dado e a ordem impressa nas cartas, dependendo do tipo desta, o jogador avançará ou não as casas do jogo. Este será realizado com no máximo 6 (seis) alunos que retiram uma carta por vez do baralho escolhida aleatoriamente, e terão um tempo cronometrado sendo 40 segundos contados oralmente para deficientes visuais, e para surdos irá ser utilizado a ampulheta, para cumprir a tarefa expressa na carta. No início cada jogador ou equipe deve lançar um dado, aquele que obtiver o maior número começa; lança-se apenas 1 dado, e se parar em uma casa colorida constrói-se a respectiva molécula em um tempo cronometrado de acordo com a necessidade do jogador; após o término da tarefa, faz a correção com o gabarito, se estiver certa permaneça na casa, caso estiver errada volta para onde estava, faz a correção e o próximo jogador continua o jogo. Caso pare na casa da sorte ou azar, faz o que for pedido. Quem chegar primeiro é o vencedor.

Resultado e discussão

Resultados e Discussão O jogo didático com as regras foi elaborado e apresentado na turma do 3º semestre do ensino médio integrado em Química, necessita fazer algumas adequações, porém percebeu-se que os alunos avaliaram positivamente o jogo. Percebe-se que sua aplicação auxiliará no processo de ensino e aprendizagem, possibilitando ao aluno trabalhar as várias habilidades, como raciocínio lógico, agilidade, a forma de lidar e seguir regras. Questionário: 1) Em relação a química orgânica, você achou que o jogo auxiliou na aprendizagem do conteúdo? 2) O jogo é divertido e dinâmico? 3) Com o jogo foi possível a melhor visualização das moléculas? As respostas selecionadas foram de 4 alunos aleatórios,os representamos com as letras A, B, C, e D. Respostas: aluno A: 1)achei divertido, muito bom para o aprendizado. 2)sim, pelo fato de poder montar. 3)sim, quando vemos as nomenclaturas. Aluno B: 1)sim, está muito bom. 2)é sim, a dinâmica é diferente. 3)achei que sim, ajuda na visualização. Aluno C: 1) sim, claramente. 2)foi bem divertido. 3)ajudou sim a visualizar. Aluno D: 1)sim, facilitou muito poder montar as moléculas. 2)sim achei. 3)pra mim sim. Empregando o jogo de forma correta será possível um alto aproveitamento de maneira divertida e dinâmica, além de incluir e manter a interação e proximidade do aluno portador de deficiênciano jogo, motivando o interesse deste por outros assuntos da Química. A aplicação do jogo também possibilita uma melhor relação do aluno-professor, onde ambos interagem para um bom desempenho do ensino dinâmico e compreensivo, além de promover a reflexão sobre adiversidade e respeito, que são temas importantes para a construção de uma sociedade mais acessível e cidadãos que valorizam a aprendizagem de todos sem nenhuma diferenciação.

Conclusões

Conclusões Pode-se concluir que o jogo didático Moleculando elaborado auxiliará satisfatoriamente no processo educativo, como instrumento facilitador de integração e sociabilidade, do despertar lúdico, sendo uma ótima estratégia para o ensino de Química. Os jogos didáticos em geral facilitam o processo de ensino-aprendizagem de forma prazerosa que desenvolve o intelecto, e aprimora o trabalho e cooperação em grupo dos participantes.

Agradecimentos

Agradecimentos Agradeço a professora Josane Cunha e Clarissa Moesch, pelo seu tempo e dedicação, a todos que incentivaram esse projeto e a oportunidade que nos deram.

Referências

CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo.
Eneq 028 – 2004.
SANTOS, A. F. dos; FIDELIS. H. T.; FIELD'S, K. A. P. et al. Trilha química, uma inovação
no processo ensino – aprendizagem. ULBRA. Itumbiara – GO, 2008.
FERREIRA, Eduardo Adelino, et al, Aplicação de Jogos Lúdicos para o Ensino de Química:
Auxílio nas Aulas sobre Tabela Periódica.ENECT, 2012.
WATANNABE, Márcio (PG), Maria C. P. Recena (PQ) mwjapa@gmail.com Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul Av. Senador Felinto Muller, 1555 - Cidade Universitária - CEP
79070-900 Caixa Postal 549 Campo Grande – MS.
SOARES, M.H.F.B.; OLIVEIRA, A. S.; Júri Químico: Uma Atividade Lúdica para Discutir
Conceitos Químicos. Química Nova na Escola, nº 21, p. 18-24, maio/2005.6.
Patrick Barbosa Moratori, Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Matemática
Núcleo de Computação Eletrônica Informática na Educação, dezembro, 2003.
SILVA, Claudineide. A importância de ludicidade no Processo de Inclusão dos Alunos com
Necessidades Especiais no Ambiente Escolar. https://www.normaseregras.com/normasabnt/referencias/.
Acesso em: 15 de Agosto de 22018
MARQUES, Claudia. A Metodologia do Lúdico na Melhoria da Aprendizagem e Educação Inclusiva.
http://revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/RevistaEixo/article/view/56. Acesso em: 15 de Agosto de 2018.

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