COMPARAÇÃO ENTRE AS ANÁLISES FITOQUÍMICAS EM EXTRATO AQUOSO DAS FOLHAS E FLORES DE Unxia kubitizkii
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Iniciação Científica
Autores
Silva, A.A. (IFRJ) ; Alencar, G.K.S. (IFRJ) ; Ruas, L.V. (IFRJ) ; Mendonça, L. (IFRJ) ; Leal de Castro, D. (IFRJ)
Resumo
A preferência da população por produtos naturais no lugar de fármacos sintéticos no tratamento de moléstias vem aumentando gradativamente, isso se deve principalmente por eles acarretarem menos efeitos adversos que os fármacos usuais. Com isso, a fitoterapia, descrita como o uso de plantas para o tratamento de doenças, torna-se uma prática cada vez mais comum. Após a preparação de um extrato de flores de Unxia kubitizkii e outro extrato para as flores de Unxia kubitizkii, foi possível identificar e comparar as classes de metabólitos secundários presentes nos extratos, a partir de testes baseados em características visuais, como precipitação e coloração.
Palavras chaves
Unxia kubitzkii; Prospecção fitoquímica; extrato aquoso
Introdução
O uso de plantas medicinais pela população é uma prática antiga da humanidade, e mesmo com a evolução na pesquisa e desenvolvimento de fármacos sintéticos, os produtos naturais continuam sendo muito utilizados (VEIGA, et al., 2005). Os efeitos adversos causados por medicamentos usuais. O aumento da comprovação científica de propriedades farmacológicas de plantas e menores efeitos adversos causados pela mesma são motivos que causam a expansão da fitoterapia(CAÑIGUERAL et al., 2003). A Unxia kubitizkii, conhecida popularmente como botão-de-ouro, é nativa do Brasil e encontrada principalmente em regiões de clima quente. É descrita como uma florífera perene, herbácea prostrada e ramificada, que mede cerca de 30 a 50 cm de altura. Suas flores são do tipo capítulos, pequenas e solitárias, com um centro de coloração amarelo-ouro (KITAJIMA, 2009). A pesquisa fitoquímica de um extrato permite o conhecimento de compostos químicos vegetais e avalia sua presença, identificando grupos de metabólitos secundários (SIMÕES, 2007). Esta análise preliminar de um extrato vegetal, pode ser feita a partir de testes rápidos e de baixos custos por meio de rações baseadas em características visuais como, alteração de cor e aparecimento de precipitados e espumas (MATOS, 1997).
Material e métodos
Para a obtenção do extrato das folhas de Unxia kubitizkii, foram utilizados 200g de folhas secas e 200 mL de água destilada. Para os extratos das flores, foram utilizados 2g de folhas e 100 mL de água destilada. Para realização das análises fitoquímicas, foi utilizada a metodologia originária de Costa (2001), adaptada por Matos (2009).
Resultado e discussão
A partir dos resultados obtidos, após a realização dos testes nos dois
extratos,
foi possível identificar e comparar as classes de metabólitos secundários
presentes em cada um deles.
As catequinas, substâncias incolores derivadas de flavonoides que possuem
muitas hidroxilações em sua estrutura e possuem propriedade antioxidantes
(CUNHA, 2009), obtiveram resultado positivo somente no extrato das folhas de
Unxia kubitizkii.
Foi verificado também que os taninos pirogálicos, estavam ausentes nos dois
extratos.
Todas as outras substâncias para os quais foram feitas as análises,
obtiveram
resultado positivo tanto no extrato das folhas como nos das flores.
É importante ressaltar, que foi utilizado como solvente água destilada, e
por
isso, só foi possível extrair substâncias polares.
Flores e folhas de Unxia kubtizkii
Comparação entre os resultados dos testes qualitativos feitos no extrato aquoso das folhas e flores de Unxia kubitzkii
Conclusões
A Verificação de uma grande variedade de classes de metabólitos (heterosídeos cianogênicos, heterodídeos antociânicos, taninos, saponinas, etc.) nos extratos das folhas e Flores faz com que a Unxia kubitizkii apresente um amplo perfil químico. Como na pesquisa foram feitos somente análises baseadas em características visuais, para se atribuir um caráter medicinal a Unxia kubitizkii, é necessário a realização de um estudo mais completo e complexo, envolvendo tanto testes qualitativos como quantitativos.
Agradecimentos
Agradeço ao IFRJ pelo incentivo à pesquisa.
Referências
CAÑIGUERAL, S. DELLACASSA, E. BANDONI, A.L. Plantas Medicinales y Fitoterapia: ¿indicadores de dependencia o factores de desarrollo? Acta Farm Bonaerense V.22 n 3. 265-278. 2003. Disponível em: < http:// www.latamjpharm. Org/trabajos/22/3/LAJOP_22_3_6_1_S966JS548J.pdf.>. Acesso em 11 jan 2018, ás 17:37.
CUNHA, A.P. FARMACOGNOSIA E FITOQUIÍMICA. Lisboa, Portugal, 2ª Edição, ED. Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.
KITAJIMA, Elliot W.; RODRIGUES,V.; ASTUA, Juliana F.; An annotated list of ornamentals naturally found infected by Brevipalpus mite-transmitted viruses. Sci.Agric, Piracicaba, n 3, 2010. Disponível em:<http://www.revistas.usp.br/sa/article/viewFile/22541/24565>. Acesso em:10 dez. 2015, 10:54.
Matos FJ. Introdução à fitoquímica experimental. 2.ed. Fortaleza: Edições UFC; 1997.
Simões, C.M.O., Schekel, E.P., Gosman, G., Mello, J.C.P., Mentz, L.A., Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre/ Florianópolis , 6a edição, Ed. da UFRGS/ Ed. da UFSC, 2007.
Veiga Junior VF, Pinto AC, Maciel MAM. Plantas medicinais: cura segura? Quím. Nova 2005; 28 (3): 519-528. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/qn/v28n3/24145.pdf >. Acesso em 04 jan 2018 ás 19:35.