ENSINO DE QUIMICA E LITERATURA INFANTO-JUVENIL COMO INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO CIENTIFICA

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Iniciação Científica

Autores

Lima Machado, R. (UFMA- CAMPUS DE CODÓ) ; Marques, C.V.V.C.O. (UFMA-CAMPUS DE CODÓ) ; Conceição, L.E. (UFMA-CAMPUS DE CODÓ)

Resumo

O presente trabalho é um recorte de trabalho de iniciação cientifica e teve por objetivo desenvolver estratégia didático-pedagógica com uso de literatura infanto-juvenil para promoção de alfabetização cientifica em aulas de química do 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública da cidade de Codó – Maranhão. A metodologia da pesquisa seguiu os aspectos de pesquisa qualitativa, utilizando uma sequência didática planejada sob as concepções de ZABALA (1998), e abordando esquema de implementação de leitura descritos por Dolz et al. (2004) e outros autores. Como principais resultados detectados destacam-se a interatividade dos discentes durante o processo de leitura e a construção de sentidos entre texto-leitor no ensino de e na proposição de discussões em cima de conteúdo científicos.

Palavras chaves

Ensino de Ciência; Literatura Infarto Juveni; Ensino de Química

Introdução

Nas últimas décadas, muitos autores vêm defendendo a necessidade de um ensino de Ciências baseado em pluralismo metodológico, que considere a diversidade de recursos pedagógico-tecnológicos disponíveis e a amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na escola (BARBOSA, (2016); ANTOS, W. L.; SCHNETZLER, R. P.). Nesse sentido que estudos recentes vêm apresentando proposições para um Ensino de Química de modo diferenciado e contextual por meio de diferentes propostas pedagógicas (SANTOS, W. L. P,). Uma iniciativa bastante relevante no ensino de ciências é uso literatura infanto-juvenil atrelada a situações de aprendizagem na sala de aula, uma vez que esta estratégia pode possibilitar aproximações com cotidiano do aluno (CARDOSO, S.P.; COLINVAUX, D Solé, 1999). Contudo, para trabalhar com esse tipo de estratégia é necessário entender o sistema que envolve o contexto escolar, onde não deve ser escolhido de qualquer forma, sendo necessário levar em conta o contexto de ensino e os sujeitos que serão trabalhados (POZO e CRESPO, 2009). Diante desse contexto, entende-se que desenvolver estratégias que busquem trabalhar com a literatura infanto- juvenil associada ao ensino de química se apresenta como um caminho promissor de envolvimento dos alunos tanto na leitura como em aquisição de conhecimentos científicos. Por tanto, o estudo foi focado nos seguintes problemas: i. Seria possível correlacionar leitura infantil com ciências no sentido de desenvolver competências leitoras e sistematização de conceitos Químicos dos alunos; ii. Que procedimentos pedagógicos podem ser pensados para trabalhar com a literatura e a Química no ambiente escolar.

Material e métodos

O campo de pesquisa da investigação situou-se em uma escola de Ensino Fundamental (2ª Etapa) que compõem a organização das escolas da zona urbana do município de Codó-Maranhão. A pesquisa foi organizada em torno de uma sequência didática, pontuada nos seguintes momentos: a) Seleção de gênero literário (Serões de Dona Benta de José Bento Renato Monteiro Lobato), por meio do plano de trabalho PIBIC 2016-2017 e analise textual do mesmo; b) Elaboração construção de procedimentos didático-pedagógicos (seções Literárias); c) Coleta e Análise dos Dados - por meio de protocolos de leitura. Ressalta-se que toda SD foi sistematizada especificamente para trabalhar uma unidade do gênero literário no ensino de Ciências/Química. A análise da implementação da SD será apresentada em duas seções, a saber: 1 - Descrição reflexiva das observações durante a implementação da SD, apresentado nas figuras A- Apresentação de um infográfico interativo da vida e obra de Monteiro Lobato e apresentação de elemento paratextuais da obra; B- Primeira etapa da leitura sonora com a turma; C -socialização das informações por meio de pequenos espaços de leitura dentro da sala de aula; D- Envolvimento dos alunos com os personagens do gênero literário; 2- A análises de conteúdo dos protocolos de leitura preenchidos pelos alunos participantes, dos vinte e oito discentes participantes que responderam aos questionamentos do protocolo, observou-se com base nas unidades de significado que os alunos já possuíam noções de conceitos básicos do universo da química.

Resultado e discussão

A análise dos dados foi a partir de 28 protocolos respondidos pelos participantes da pesquisa. Na primeira questão percebeu-se que os alunos tinham informações superficiais de química, com os conceitos mais recorrentes: Estado Físico da água, Transformações no estado físico da Matéria, Conceito de Funções Inorgânicas. Os registros indicaram que mais da metade da turma tem convicção de ter estudado os assuntos apresentados. Na segunda questão, buscou-se verificar quais os conceitos químicos que os alunos percebem no seu cotidiano, e se eles têm alguma capacidade de correlacioná-los com o texto literário utilizado na sequência didática. Os dados obtidos indicam que os alunos têm o conhecimento teórico superficial resultante do processo de memorização da aprendizagem. Alguns alunos detém um conhecimento advindo de experiências de sua vivência e algumas situações- problemas cotidianas, porém, não percebem ainda a presença da ciência tão claramente, como, por exemplo, na contextualização e significados: cozinhar arroz, mandioca, e matéria orgânica. Perceber-se que os discentes conseguiram relaciona os saberes prévios exteriores com aos saberes contido nos signos verbais presente no texto propriamente dito. Na terceira questão, buscou-se verificar significados por meio da interpretação e conceitos químicos apresentadas nas falas de cada personagem. Percebeu-se nos registros que o mais citado foi o personagem “Pedrinho”, quando declarava suas vivencias, instigando os alunos a se colocarem nas aventuras e vivências do menino. Na Quarta e última questão norteadora, buscou-se identificar quais os novos conceitos que os alunos obtiveram com a implementação da Sequência Didática. Verificou que os alunos conseguiam contextualizar conceitos químicos como Estados físicos da água.

Conclusões

Durante a SD literária percebeu-se manifestação positiva por parte dos alunos tanto na leitura como na discussão dos conceitos. Essas discussões favoreceram levantamentos de hipóteses espontâneas e soluções de quesitos nas situações apresentadas na história que intrigaram os alunos tendo como base os conceitos de química, logo entende-se que a estratégia contribuiu na compreensão ou maior compreensão de conteúdos trabalhados na disciplina de Química do ensino fundamental – 2ª etapa, logo a leitura pode servir como ferramenta de apoio ao ensino e aprendizagem nas aulas de ciências.

Agradecimentos

A Universidade Federal do Maranhão – Campus VII (Codó), ao Grupo de Pesquisa em Ensino de Ciência Naturais – GPECN, Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão e, representes da escola.

Referências

ANTOS, W. L.; SCHNETZLER, R. P. O que significa ensino de Química para formar o cidadão?
BRASIL. Legislação citada anexada pela coordenação de estudos legislativos – cedi lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BARBOSA, Wender de Sousa A Interdisciplinaridade No Ensino De Ciências: Uma Investigação Sobre a Percepção dos Professores (2016) Universidade Federal de Brasília FACULDADE UnB PLANALTINA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS.
CARDOSO, S.P.; COLINVAUX, D. Explorando a motivação para estudar química. Química Nova, v. 23, n. 3, p. 401-404, 2000.
SANTOS, W. L. P. Letramento em Química, Educação Planetária e Inclusão Social? Química Nova. 29 (3).
POZO e CRESPO. Aprendizagem e o Ensino de Ciências. Do Conhecimento Cotidiano ao Conhecimento Científico.pdf. 2009

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