Estudo da extração e quantificação da enzima proteolítica em Ananas Comosus L. Merril

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Iniciação Científica

Autores

Souza, C.N. (UEMASUL) ; Orlanda, J.F.F. (UEMASUL)

Resumo

O abacaxi é de grande importância social e econômica sendo cultivado em diversos países tropicais e subtropicais, como fornecedor de diversos nutrientes e enzima proteolítica. Com isso, o objetivo deste trabalho foi realizar a extração e quantificação de bromelina em frutos maduros de abacaxi (Ananas Comosus L. Merril). Os resultados mostraram que o fruto de abacaxi apresentou atividade enzimática de bromelina de 28,65 Unidades mL1-a pH 7,0 e temperatura de 4 °C. O fruto maduro de abacaxi pode ser considerado boa fonte de enzima bromelina, sendo que a natureza específica deve ser avaliada em estudos futuros.

Palavras chaves

Ananas Comosus L. Merril; Bormelina; Atividade enzimática

Introdução

Atualmente existe uma crescente demanda pelo uso de enzimas com aplicação industrial, terapêutica e biotecnológica. Dentre as enzimas, temos a bromelina, conjunto de enzimas proteolíticas encontradas nos vegetais da família Bromeliaceae, pertencente ao grupo de sufidril proteases e capaz de romper ligações peptídicas das proteínas e peptídeos. A bromelina comercial é um produto de alto valor agregado, devido aos altos custos de purificação e obtenção (BALA et al., 2012). O Brasil está entre os primeiros produtores mundiais de abacaxi, sendo que os resíduos agrícolas e agroindustriais não têm destino, podendo ser utilizado como fonte de obtenção de bromelina. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo a extração e quantificação da enzima bromelina em frutos maduros de abacaxi.

Material e métodos

As amostras de abacaxi (Ananas comosus) foram coletadas em sítios localizados no Cerrado Maranhense em diferentes fases de maturação e transportadas em caixas térmicas para o Laboratório de Biotecnologia Ambiental (LABITEC). A extração da enzima proteolítica bromelina das frutas foram obtidas a partir de uma massa de 25 g da amostra de fruta foi picado em pequenas fatias e homogeneizado em um liquidificador com 100 mL de tampão fosfato 0,1 mol L-1 (pH 5,0). Em seguida, esse material foi filtrado, centrifugado (18000 rpm) a 4 °C durante 5 minutos e o sobrenadante (fonte enzimática) foi armazenada em refrigerador a 4 °C para posterior análise. A atividade da enzima proteolítica bromelina foi determinada usando-se o método da digestão da caseína (KUNITZ, 1947 com modificações). O efeito do pH e temperatura na atividade da enzima proteolítica bromelina no extrato bruto foi determinado de acordo com Khan e Robinson (1994) com modificações, A enzima proteolítica bromelina do extrato bruto foi precipitada utilizando acetona resfriada a 4 °C, na proporção de 2:1 (acetona:extrato) em banho de gelo por aproximadamente 3 minutos, e em seguida centrifugada a 11.00 Xg por 15 minutos a 5 °C. O precipitado contendo as enzimas, foram submetidas à secagem em placas de vidros ao ar livre em ambiente refrigerado, pulverizado e estocado a 5 °C. A concentração de proteína total foi determinada pelo método de Lowry modificado por Hartree (1972), pelo método do biureto empregando albumina de soro bovino como padrão de proteína.

Resultado e discussão

Os resultados mostraram que o fruto de abacaxi apresentou atividade enzimática de bromelina de 28,65 Unidades mL1-a pH 7,0 e temperatura de 4 °C. O estudo do tratamento térmico dos extratos brutos realizado nas temperaturas de 57, 67 e 77 °C durante o período de 5, 10, 15 e 20 minutos, permitiu verificar que o tratamento térmico utilizado não foi capaz de inativar atividade enzimática, observando-se máxima inativação de 59,93% da atividade de bromelina, após 20 minutos de tratamento a 77 °C. O fruto maduro de abacaxi pode ser considerada boa fonte de enzima bromelina, sendo que a natureza específica deve ser avaliada em estudos futuros.

Conclusões

O fruto maduro de abacaxi pode ser considerada boa fonte de enzima bromelina, sendo que a natureza específica deve ser avaliada em estudos futuros.

Agradecimentos

UEMASUL e Laboratório de Biotecnologia Ambiental (LABITEC)

Referências

BALA, M.; ISMAIL, N. A.; MEL, M.; JAMED, M.S.; MOHD, H.; AZURA AMID, S. Bromelain Production: Current trends and perspective. Archives dês Sciences. Geneva. v. 65, n. 11, p. 369-399, 2012
KUNITZ, M. Crystalline trypsin inhibitor. II. General properties. Journal of general Physiology, v.30, p. 295-310, 1947.

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