REUTILIZAÇÃO DO ÓLEO DE COZINHA NA PRODUÇÃO DE SABÃO PARA O USO DAS SERVIDORAS DO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ - CAMPUS PAULISTANA
ISBN 978-85-85905-23-1
Área
Química Orgânica
Autores
da Silva Arcanjo, J. (IFPI-PAULISTNA) ; Samara da Silva, L. (IFPI-PAULISTNA) ; de Lima Silva, L. (IFPI-PAULISTNA) ; Nazário da Silva, P. (IFPI-PAULISTNA) ; Fátima de Sousa, M. (IFPI-PAULISTNA) ; Brito da Costa, E. (IFPI-PAULISTNA)
Resumo
Os óleos residuais são agentes de poluição quando descartados de forma inadequada no meio ambiente, podendo ainda acarretar transtornos para a comunidade. Diante disso, o presente trabalho têm como objetivo testar metodologias de produção de sabão e selecionar a que apresentar melhores resultados de consistência, odor e capacidade de limpeza para capacitação das cozinheiras do IFPI-campus Paulistana. Foram utilizados 215 mL de óleo residual filtrado, 5 mL de etanol e 75 mL de solução de hidróxido de sódio, em concentrações variáveis (30%, 33%, 35%, 40% e 45%). Os melhores resultados foram obtidos utilizando hidróxido de sódio a 33%. Essa foi a metodologia adotada para capacitação das cozinheiras, que aprovaram o produto final.
Palavras chaves
óleo vegetal; sabão; servidores
Introdução
Os óleos vegetais residuais são grandes agentes responsáveis pela poluição ambiental quando descartados de forma inadequada. Os danos ao ambiente tornam-se alvo de preocupação para a sociedade e a reciclagem de resíduos deve ganhar destaque. Inúmeras propostas de reciclagem têm ocorrido de forma bem-sucedida no Brasil (OLIVEIRA; ROSA, 2013.2). Diante disso, o presente trabalho visa reutilizar os óleos descartados pela cantina do Instituto Federal do Piauí - campus Paulistana para produção de sabão sólido, para utilização no próprio campus, de forma a contribuir com a preservação do meio ambiente.
Material e métodos
Incialmente foram testadas várias metodologias de produção do sabão com a finalidade de selecionar a mais viável economicamente, de acordo com as características do óleo produzido na cozinha do IFPI campus Paulistana. Nos testes foram utilizadas amostras de óleo residual filtrado no volume de 215 mL, juntamente com 75 mL de solução de hidróxido de sódio, em diferentes concentrações (30%, 33%, 35%, 40% e 45%). 5 mL de etanol foram adicionados a cada amostra e as misturas obtidas foram deixadas em repouso por 7 dias, resultando em um sabão sólido de coloração amarelo pálido. As amostras foram classificadas em função de sua consistência e capacidade de limpeza. Na fase seguinte, o sabão produzido com melhor classificação foi submetido à aprovação pelas cozinheiras do campus IFPI-Paulistana.
Resultado e discussão
Nos testes realizados com hidróxido de sódio nas concentrações 30%, 35%, 40% e
45% não foram obtidos resultados satisfatórios. As amostras de sabão
produzidas por tais metodologias apresentaram consistências inadequadas.
Aqueles em que se usou concentrações inferiores a 33% apresentaram aspecto
mole e oleoso, enquanto aqueles em que se utilizou concentração superior a 33%
mostraram-se extremamente duros. O sabão produzido com a concentração de 33%
apresentou consistência mais próxima da que é encontrada nos produtos
comerciais, sólido, porém macio. Esta foi também a amostra com melhor odor, já
que as demais apresentaram forte odor desagradável. A cor das amostras variou
pouco, com tons próximos do amarelo pálido e caramelo. A amostra produzida
com hidróxido de sódio 33% foi a única a apresentar capacidade de limpeza,
removendo gordura com eficiência. As cozinheiras do IFPI – Campus Paulistana
aprovaram o sabão produzido e o utilizaram para lavagem de utensílios da
cantina.
Sabão de hidróxido de sódio
Experimentação sabão produzido
Conclusões
Após testar várias concentrações de hidróxido de sódio para a produção de sabão, obteve-se uma amostra com consistência adequada, odor agradável e capacidade de limpeza eficiente utilizando-se 75 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio 33%, 215 mL de óleo residual filtrado e 5 mL de etanol. Os maiores impactos do projeto consistiram na promoção da reciclagem do óleo de cozinha através da capacitação das cozinheiras da instituição, diminuindo à o descarte desse resíduo na natureza.
Agradecimentos
Referências
OLIVEIRA L. B.; ROSA L. P. Potencial de lixo brasileiro: energia, meio ambiente, benefícios sociais, econômicos e política energética, n. 31, p. 1481-1491, 2003.