O JAMBU E SEU POTENCIAL ANALGÉSICO E ANTISSÉPTICO: A ANÁLISE DE CINCO PRODUÇÕES CIENTIFICAS QUE LEGITIMAM O PODER FITOTERÁPICO DA ALCMELLA OLERACEA

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Produtos Naturais

Autores

Lobato, M.F.L. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Teixeira, L.L.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Freitas, L.P.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Terra, I.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ)

Resumo

A pesquisa tem como propósito analisar o potencial analgésico e antisséptico acmella oleracea, bem como algumas outras atividades farmacológicas. Para tal, foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos e dissertações que afirmam através de experimentos a grande capacidade fitoterápica desta planta. A partir das análises feitas, foram obtidos resultados significativos quais comprovam o potencial dos extratos de jambu. Com isso, a planta submetida a mais pesquisas pode contribuir intensamente no tratamento de doenças.

Palavras chaves

Acmella oleracea; levantamento bibliográfic; tratamento de doenças

Introdução

O uso de plantas medicinais sempre foi uma ótima opção para o tratamento de moléstias. ”A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 80% da população mundial já fez uso de plantas medicinais.” (CARNEIRO et al., 2014, RENÓ et al., 2010). O Brasil tem um rico histórico no uso de plantas medicinais em tratamentos dos problemas de saúde da população. Atualmente o jambu tem despertado o interesse de pesquisadores, empresas nacionais e multinacionais devido às propriedades promissoras do seu extrato que tem um ótimo potencial anestésico e antisséptico. A espécie típica de grande ocorrência na Amazônia, é uma planta da família Asteraceae, herbácea, geralmente rasteira com folhas pequenas e flores amarelas é popularmente conhecido como agrião- do-Pará, agrião-do-norte. Contém em sua composição físico-química cálcio, fósforo, ferro, água, proteínas, lipídios, carboidratos, fibra, cinza, vitamina B1, B2, niacina, vitamina C e outros elementos químicos. E como “ princípio ativo, o espilantol, é uma N- alquilamida (N- isobutil-amida espilantol) obtido a partir das inflorescências e folhas da planta” (BOONEN et al., 2010). Desta forma, a pesquisa tem como objetivo analisar o potencial fitoterápico da planta, tendo em vista que seu princípio ativo é uma substância bioativa bastante versátil, e também divulgar as produções científicas que estão sendo desenvolvida nesta área. O estudo justiça-se, pelo pouco conhecimento que a sociedade e a comunidade cientifica tem em relação às pesquisas que são produzidas nesse âmbito.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada em duas etapas: a primeira etapa consistiu da busca, identificação, obtenção e reunião das dissertações de mestrado e artigos, referentes a acmella oleracea e seu potencial fitoterápico. A segunda etapa consistiu na leitura dos trabalhos, na análise e na classificação dos mesmos levando em consideração critérios como: procedimento metodológico, universo da pesquisa e amplas discussões sobre resultados obtidos. Os trabalhos analisados foram respectivamente: “Atividades farmacológicas e toxicológicas das flores de Acmella oleracea”(SILVA, 2013), “Effectiveness of Acmella oleracea for topical anesthesia on buccal mucosa.Rev Odonto Cienc”(ANDRADE et al, 2013), “High Therapeutic Potential of Spilanthes Acmella: A Review.”(PRACHAYASITTIKUL e RUCHIRAWAT, 2013), “Fungistatic and bacteriostatic activities of alkamides from Heliopsis longipes roots: affinin and reduces amides.”(2004) e “Phytochemical and antimicrobial studies on the leaves of Spilanthes Acmella”(ARORA et al, 2011),

Resultado e discussão

As pesquisas um, dois e três respectivamente tratam sobre o potencial anestésico da planta. Pois, o trabalho 1 demonstrou a atividade antinociceptiva de extratos de acmella oleraceae através do teste de latência, qual verificou que ratos que ingeriram extratos da planta conseguiram resistir a mais tempo com sua cauda em um loca aonde se emitia um estímulo térmico doloroso, o número 2 enfatizou o uso de uma pomada a base de A. oleracea que foi efetiva e segura em reduzir a dor provocada pela inserção da agulha de anestesia em mucosa oral e o 3 relatou que o extrato aquoso frio das flores de A. oleracea também exibe atividade antinociceptiva contra a dor persistente e atividade antihiperalgésica. Pela mesma analogia, as alquilamidas presentes no extrato da planta A. oleracea que produz uma ação anestésica tópica presumivelmente através do bloqueio de canais de Na+. Desta forma, em diferentes situações constatou que na presença do principio ativo extraído da planta houve a diminuição ou eliminação por tempo da sensibilidade. Outrossim, as pesquisas quatro e cinco evidenciam sobre o potencial antisséptico. Visto que, o número 4 demonstrou que o extrato obtido das folhas de A. oleracea exibem atividade antimicrobiana melhor que o padrão utilizado, a doxiciclina e o 5 apresentou a atividade antifúngica e bacteriostática exercida pelo espilantol. Assim, evidenciando sua atividade em microrganismo que são responsáveis por enfermidades.

Conclusões

Conclui-se que, o principio ativo extraído da planta acmella oleraceae tem mais de uma atividade farmacológica podendo ser aproveitado para desenvolver um medicamento que possa ter atividade anestésica e anticéptica, por meio de uma planta de fácil acesso, cultivo e de baixo custo. Desse modo, contribuindo com a saúde da população e incentivando utilização de produtos naturais no tratamento de doenças.

Agradecimentos

Referências

ANDRADE, L,:C.; ROTTA, I.;W.; CHAVES, S.;R.; UCHIDA, D.; T.; GAZIM, Z.;C.; FERREIRA, F.; B.: Effectiveness of Acmella oleracea for topical anesthesia on buccal mucosa.Rev Odonto Cienc. 2013; 28(3).
ARORA, S.; VIJAY S.; KUMAR.: Phytochemical and antimicrobial studies on the leaves of Spilanthes Acmella. J Chem Pharm Res. 2011; 3:145-150.
BOONEN, J.; BAERT, B.; BURVENICH, C.; BLONDEEL, P.; SAEGER, S.; SPIEGELEER, B.: LC-MS profiling of N-alkylamides in Spilanthes acmella extract and the transmucosal behaviour of its main bio-active spilanthol. 2010. J Pharm Biomed Anal, 53(3): 243-9.
CARNEIRO, F.; M.; SILVA, M.; J.; P.; BORGES, L.; L.; Albernaz ALBERNAZ, L.;C.; COSTA.; J.; D.; P.: Tendências dos Estudos com Plantas Medicinais no Brasil. Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais –UEG/Câmpus de Iporá. 2014 jul-dez; 3(2):44-75.

Molina MOLINA, T.; J.; SALAZAR, C.; J.; ARMENTA, S.; C.;, Ramírez RAMÍREZ, S.; E.: Fungistatic and bacteriostatic activities of alkamides from Heliopsis longipes roots: affinin and reducesamides. J. Agric. Food Chem. 2004; 52:4700-4704.
PRACHAYSITTIKUL, V.; RUCHIRAWAT, S.: High Therapeutic Potential of Spilanthes Acmella: A Review. EXCLI Journal. 2013; 12:291-312.
RENÓ F.; G.; F.; LEMOS V.; R.; SILVA, A.; G.; CAMPOY, R.; M.; SILVA, C.; A.; P.; PACHECO, S.; C.: Avaliação da atividade antitumoral de extrato Spilanthes acmella. XIV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e X Encontro Latino Americano de Pós-Graduação; 2010; São José dos Campos, Brasil.
SILVA, O.; P.: Atividade Farmacológica e toxicológica das flores de Acmella oleracea. 2013.Dissertação ( Mestrado em Recursos Naturais da Amazônia) – instituto de Ciências Ambientais, Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil

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