DESENVOLVIMENTO DE UM FOTO PROTETOR COM PRINCIPIOS ATIVOS VEGETAIS

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Produtos Naturais

Autores

Fiúza, A.M. (IFMT) ; Ximenes, G. (IFMT) ; Brunet, K. (IFMT) ; Padilha, R. (IFMT) ; Santos, J. (IFMT)

Resumo

Este trabalho visa um projeto desenvolvido no instituto federal de Mato Grosso bela vista (IFMT) com quatro alunos e um orientador, tem como objetivo a produção de um foto protetor com óleo de castanha-do-brasil e essência de lavanda.

Palavras chaves

Foto protetor; Castanha-do-Brasil; Óleos vegetais

Introdução

A luz do sol é composta por um espectro continuo de radiação eletromagnética, de vários comprimentos de onda. Essas ondas podem ser em concordância desse comprimento. Na Terra, tais intervalos apresentam-se assim distribuídos: 56% de infravermelho, 39% de luz visível e 5% de radiação ultravioleta. Diversas moléculas na pele podem absorver a radiação UV e sofrer alterações químicas, O DNA e uma das principais moléculas que absorve a radiação UV e, portanto, pode sofrer mutações, a contínua exposição à radiação UV pode acarretar na disfunção maligna nas células, ocasionando o câncer. O sol é a principal causa de 90% de todos os cânceres de pele. As principais neoplasias decorrentes do efeito cumulativo da radiação ultravioleta na pele são carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma (CESTARI, 2006). Os Filtros solares químicos ou orgânicos, podem agir quimicamente, absorvendo porções específicas do espectro de ultravioleta(filtros) (AZUALY, 2008; CRUZ; ACOSTA-AVALOS; BARJA, 2005) são formados por moléculas orgânicas sendo compostos por grupos carboxílicos, tendo como filtro UVA mais utilizado o metoxidibenzilmetano. Já os Filtros solares físicos ou inorgânicos, funcionam como uma barreira. Agindo como uma camada opaca que reflete a radiação incidente, dissipando-as, como, por exemplo, o dióxido de titânio e oxido de zinco (AZULAY, 2008; CRUZ; ACOSTA-AVALOS; BARJA, 2005). O presente projeto tem como objetivo, produzir um foto protetor utilizando como princípio ativo, materiais de origem vegetal, aproveitando da proteção natural da biodiversidade brasileira. As fontes escolhidas foram a Bertholletia excelsa (Castanha do Brasil),óleo de Helianthus annuus (girassol), óleo de cravo e abacate, lecitina de soja, cenoura e essência de lavanda

Material e métodos

Foi feita a trituração da castanha do Brasil em um liquidificador para melhor extração de seu óleo, o mesmo fora extraído através da destilação simples, sendo que aos vinte minutos após a aparelhagem estar montada e em processo, a temperatura de 60 °C já começara evidenciar pequenas gotas de óleo de castanha. Ao mesmo tempo em que a castanha foi preparada o mesmo acontecia com a cenoura, entretanto em um processo diferente. A cenoura foi descascada e colocada em outro liquidificador para ser desfragmentada, fazendo-a uma pasta com a mesma e em seguida foi adicionada lecitina de soja. A mistura das duas formou uma consistência homogênea e viscosa de odor agradável. A mesma foi colocada na geladeira até o fim do processo de extração. Depois do processo de extração estar pronto, misturou a pasta de cenoura com lecitina de soja e óxido de zinco em seguida adicionou-se óleo de cravo, óleo de abacate e essência de lavanda. Ao final do processo misturou-se óleo de girassol e óleo de castanha na pasta. Para a confirmação da eficácia do foto protetor, foi realizado dois testes em triplicatas. Usamos a cianotipia e o teste da luz negra, como meio de evidenciar a proteção. Comparamos o foto protetor sintético e o desenvolvido no projeto.

Resultado e discussão

Após a preparação da pasta utilizou-se 20 g com 100 mL de lecitina de soja, em seguida adicionou 50 g de óxido de zinco. Ao total foi adicionado 350 g de óxido de zinco e 140 g de pasta de cenoura com lecitina de soja. Depois da pasta estar pronta adicionou-se 22 mL de óleo de cravo, 44 mL de óleo de abacate, 20 mL de essência de lavanda, em seguida adicionou-se 10 mL de óleo de girassol e 8 mL de óleo de castanha. Na confirmação do foto protetor por cianotipia, observou que o foto protetor comprado não apresentou revelação do molde usado e no desenvolvido também não houve a revelação do molde. No teste da luz negra os dois foram eficazes, não tendo a aparição de tinta neon, dando um teste positivo para os dois parâmetros, comprovando assim a eficácia do foto protetor desenvolvido. O foto protetor sintético apresentou uma melhor proteção, porém é mais agressivo a pele, pois há um número bem maior de substâncias químicas.O desenvolvido no projeto também é eficaz, não tanto quanto o sintético, contudo traz um aproveitamento da foto proteção natural dos princípios ativos utilizados, sendo menos prejudicial a pele e trazendo uma nutrição natural.

Conclusões

Com o projeto em questão, foi possível a execução de um fotoprotetor de maneira mais prática e eficiente, visando como alvo a importância do uso do protetor solar ao se expor ao sol. Um fator importante observado neste projeto foi o trabalho da contextualização e interdisciplinaridade dos integrantes do grupo. Após a realização do fotoprotetor, o mesmo foi testado, obtendo-se assim resultados satisfatórios.

Agradecimentos

Agradecemos ao professor Mr. Jandinei Martins dos Santos pela orientação e disponibilidade e ao IFMT Campus Cuiabá - Bela Vista.

Referências

AZULAY, Rubem David. Dermatologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kooogan S.a., 2008. 904 p.
BALOGH. S. Tatiana; BABY. R. Andre; KANEKO. M. Telma; PEDRIALI. A. Carla; VELASCO. R. V. Maria. Proteção à radiação ultravioleta: recursos disponíveis na atualidade em fotoproteção. Universidade de São Paulo (USP). 2010 São Paulo –SP.
CANCER DE PELE. Disponível em: <http://www.sbdmg.org.br/dicas-de-saude/cancer-da-pele/> Acesso em: 15 Julho, 2017.
CESTARI. F. Tânia;CORREA. Pinto. Gustavo; Pessato. Simone. Fototerapia – Aplicações Clínicas. Rev. Educação Médica Continuada, p 7. 2008, Porto Alegre –RS.

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