Clube da Química: uma abordagem Ciência-Tecnologia-Sociedade no uso de trechos de filme como recurso metodológico para o Ensino de Química.
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ensino de Química
Autores
Silva, S.V. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ- IFPI (CAMPUS PICOS)) ; Silva, F.C.A. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ- IFPI (CAMPUS PICOS)) ; Cardoso, J.R.A. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ- IFPI (CAMPUS PICOS))
Resumo
O presente trabalho tem o objetivo de analisar se o uso de trechos de filmes como recurso didático na abordagem CTS, sobre o conteúdo de “Radioatividade” proporciona aprendizagem para os discentes. A pesquisa foi efetuada no Instituto Federal do Piauí-Campus Picos, localizado no município de Picos- PI, a partir do subprojeto PIBID e o projeto de extensão Clube da Química. Logo de inicio, foi contextualizado o conteúdo de Radioatividade inserido trechos de filmes com “Césio 137- O pesadelo de Goiânia” e “K19”, por fim, foi realizado um questionário para verifica a obtenção de aprendizagem pelos discentes. Assim, os resultados demostraram que a abordagem CTS com o uso de trechos de filme adquiriu aspectos positivos para a construção do conhecimento científico para aprendizagem dos discentes.
Palavras chaves
Trechos de filmes; Abordagem CTS; Conhecimento científico
Introdução
O Clube da Química é um projeto que envolve atividades capazes de edificar a conhecimento cientifico dos discentes, através de recursos lúdicos que possibilita a construção aprendizagem. Desse modo, a ideia do clube é promove a formação crítica dos alunos, ou seja, contribuído para formar cidadão participativo e colaborativo diante das questões que abranjam os contextos sociais. Segundo OLIVEIRA et al (2016) “a necessidade de abordar os conteúdos específicos da disciplina atrelados a um contexto de aplicação, enfatizando a função social de cada assunto e com isso, aproximar esses temas da realidade dos estudantes”. Desse modo, o enfoco Ciência-Tecnologia- Sociedade-CTS possibilita uma abordagem contextualizada do conteúdo de química, colaborado na formação crítica do cidadão. A abordagem do conteúdo com recursos audiovisual proporciona a construção da aprendizagem para os alunos, pelo fato de envolve à temática de forma motivadora e que o questione sobre o contexto. Porém, no Ensino Médio, é retratado que a maior parte dos docentes se acomoda no ensino tradicional, apropriando uma aprendizagem desestimulante para os discentes e intitulando uma visão distorcida da Química. De acordo com (LEAL, 2009), pela restrição de tempo do hábito escolar, o uso de partes de filmes, tem uma potencialidade positivo, pois se vincula na compreensão dos aspectos científicos e promove na construção do conhecimento. Contudo, os trechos de filmes possibilitam uma propagação do conhecimento científico em um pequeno intervalo de tempo, logo, a articulação e o planejamento são fundamentais para a prática do docente. O presente trabalho tem como objetivo de analisar se o uso de trechos de filmes como recurso didático sobre o conteúdo de “Radioatividade” promove aprendizagem para os discentes.
Material e métodos
A pesquisa foi realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- Campus Picos, localizado no município de Picos-PI, com o apoio do subprojeto PIBID e pelo projeto de extensão Clube da Química, com os estudantes do 1º e 2° ano do Ensino Médio (total de 15 alunos), durante o primeiro semestre do ano letivo de 2017. A natureza da pesquisa foi de análise qualitativa e investigativa, com a finalidade de analisarmos aprendizagem dos discentes. No primeiro momento, foram ministradas aulas em uma perspectiva contextualizada, onde inicialmente problematizando conteúdo de Radioatividade com leitura texto, em prol de organizar o conhecimento e em seguida aplicamos o conhecimento para aprofundarmos no conteúdo. É nesse critério que rebuscamos a abordagem CTS, envolvendo os discentes em situações-problemas, levando-os a discussão sobre o tema. Assim, forma utilizados trechos de filme como “Césio 137- O pesadelo de Goiânia” e “K19” ao decorre da aula, com o intuito de enriquecer ainda mais os conhecimentos diante o conteúdo. No segundo momento, após de aborda a temática, constituiu um questionário audiovisual para analisa se uso dos trechos de filmes contribuíram para a aprendizagem dos discentes.
Resultado e discussão
Durante a aula pode-se diagnosticar que os discentes eram providos de
conhecimentos prévios do conteúdo apresentado. Logo, a tomada de decisão dos
mesmos sobre os trechos de filmes gerou um momento de debate, vinculando as
situações problemáticas cinematográficas em contra posto com o senso crítico
dos alunos, assim estimulando e edificando para a formação do conhecimento
científico.
Ao analisarmos "Se o uso de trechos de filmes como recurso metodológico
proporcionou a formação da aprendizagem?". Podemos perceber que a inserção
de trechos de filmes durante a aula proporcionou 13,3% rejeição dos
estudantes por esse tipo de metodologia. O aluno A descreveu “sou acostumada
aulas expositivas, esse método não contribuiu muito para minha aprendizagem
[...]”.
Por outro lado, o recurso metodológico proporcionou 86,7% para aprendizagem
dos discentes. O aluno B descreveu “foi bastante construtivo na minha
aprendizagem, pois consegui assimilar o conteúdo com o contexto retratado no
filme e assim me motivou a questionar sobre o impacto da Química na vida da
sociedade”. Dessa forma, o docente deve se centrar em investigar como está
sendo à aprendizagem dos alunos, logo, incrementado metodologias capazes de
estimular e motiva-los, assim contribuindo para formação dos conhecimentos
científicos.
Nessa perspectiva, os trechos de filmes quando abordado em enfoco CTS,
facilita o processo de aprendizagem para os discentes, por atuar como
potencial educativo para o dialogo do tema gerador. Portanto, “experienciar
os recursos midiáticos como ferramentas pedagógicas pode viabilizar ao
discente a oportunidade de investigar e refletir aprendizados pertinentes às
variadas temáticas que o cerca”. (SILVA, 2010).
Conclusões
É visto que, a abordagem CTS com o uso de trechos de filme adquiriram aspectos positivos para a construção do conhecimento científico e na forma da aprendizagem para os discentes. Assim, foram-se alcançadas as perspectivas que o Clube da Química almeja, pois esse projeto está em processo de se expandir está para escolas públicas onde a inserção do subprojeto PIBID.
Agradecimentos
Ao programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID, ao IFPI e à CAPES.
Referências
OLIVEIRA, S.; GUIMARÃES, O. M.; LORENZETTI, L. O Ensino de Química e a Qualidade do Ar Interior: Análise de uma Proposta de Abordagem Temática com Enfoque CTS. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências-RBPEC. v 16. n 3. pp. 521–553. dezembro 2016. Disponível em: https://seer.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/2723/2790. Acesso em: 14 de junho 2017
SILVA, R. V.; OLIVEIRA, E. M. As possibilidades do uso do vídeo como recursos de aprendizagem em salas de aulas do 5º ano. In: ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, 5., 2010, Alagoas. Anais eletrônicos... Alagoas: UFAL, 2010. Disponível em: http://www.pucrs.br/famat/viali/tic_literatura/artigos/videos/Pereira_Oliveira.pdf. Acesso em: 15 de junho de 2017.
LEAL, M. C. Didática da Química: fundamentos e práticas para o Ensino Médio. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.