REVELAÇÃO DE DIGITAIS ATRAVÉS DO IODO PARA ALUNOS TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Modesto, C.J.S. (UNIFAP) ; Carvalho, H.L. (UNIFAP) ; Oliveira, H.M. (ABQ/AP) ; Santos, K.L.B. (UNIFAP)

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo mostrar uma das técnicas utilizada para a revelação de digitais por meio da sublimação do iodo para alunos do terceiro ano do ensino médio. Para o experimento, usaram-se duas turmas, uma como grupo controle e a outra como grupo experimental. Além disso, para a experimentação utilizou-se materiais de fácil acesso tendo em vista que diversas técnicas de revelação de digitais são feitas com materiais de difícil acesso. Por fim, esta pesquisa mostrou que se pode fazer tal revelação de modo simples, mas com grande utilidade é uma das formas de facilitar a aprendizagem do aluno quando se utiliza aula prática no ensino de Química Orgânica.

Palavras chaves

REVELAÇÃO DE DIGITAIS; IODO; QUÍMICA ORGÂNICA

Introdução

A química forense é uma das ciências usadas por policiais na solução de investigações. Uma das diversas formas de solucionar um crime com baixo orçamento é pela revelação de digitais, que são deixadas em tudo o que tocamos, pois temos em nossa pele gandulas excretoras de suor que regulam a temperatura de nosso corpo e esse suor possibilitam que as digitais fiquem onde se toca, resultando na principal tarefa dessa ciência que é comprovar se um indivíduo estava na cena de um crime ou não (GAENSSLEN et al, 1985). O iodo, um dos elementos da tabela periódica, é um sólido negro e lustroso com leve brilho metálico, sendo encontrado na natureza sob forma de vários compostos concentrados em pequenas proporções na água salgada do mar, em forma de iodeto de sódio (NaI), volátil em temperatura ambiente, e com um gás de cheiro irritante e cor violeta que é característico do próprio elemento (KAZIENKO, 2003). Desta forma, a sublimação do iodo foi comprovada pela experimentação que auxilia no processo de revelação de digitais deixadas em objetos, pois o seu vapor se dissolve na gordura deixada por nossas mãos.

Material e métodos

Inicialmente foram selecionadas duas turmas (A e B) com universo amostral de 39 alunos, sendo denominados turma controle (turma A – 19 alunos) e da turma experimental (turma B – 20 alunos), foram discutidas as propriedades do iodo, um pouco da química forense e das impressões digitais, conteúdos embasados em Química Orgânica. No segundo momento passou-se um questionário para ambas as turmas. Ademais, foi apresentado para a turma B o experimento, no qual se usou: uma folha de papel A4 (com a impressão digital de um aluno), iodo sólido, um béquer, pinça, vela, e uma caixa de fósforos, como mostra a Figura 1. Por fim, após o experimento, foi feito outro questionário para a turma B, questionando sobre quais os métodos de revelação a turma conhecia e qual o motivo das digitais ficarem em tudo que se toca.

Resultado e discussão

Quando se toca com os dedos em alguma superfície, deixa-se resíduos de gordura, suor, aminoácidos e proteínas. São esses resíduos que permitem obter, neste caso concreto, as impressões digitais. O iodo é sublimado (passando diretamente do estado sólido para o estado gasoso) e os seus vapores vão dissolver-se na gordura deixada pelo dedo. O resultado obtido mostra que a gordura da pele, ao dissolver o iodo adquire uma cor acastanhada, permitindo ver a impressão digital com algum detalhe, conforme observado na Figura 2, sendo a mais utilizada entre os peritos. A técnica do pó nasceu juntamente com a observação das impressões e sua utilização remota ao século dezenove e continua até hoje. É usada quando as Impressões Papilares Latentes se localizam em superfícies que possibilitam o decalque da impressão, ou seja, superfícies lisas, não rugosas e não adsorventes (SODHI; KAUR, 1999).

Conclusões

Portanto, o questionário realizado com as turmas A e B no segundo momento mostrou que os alunos tiveram dificuldade em compreender o conteúdo. Porém, no terceiro momento com a experimentação para a turma B observou que a aula prática facilitou o entendimento do conteúdo abordado, mostrando assim a eficácia da experimentação (prática) ser ministrada junto com a teoria, onde o experimento revelação do IODO foi aceita e elogiada pelos discentes estudados.

Agradecimentos

Referências

GAENSSLEN, R. E., et al. Instrumentation and Analytical Methodology in Forenslc Science. Journal Of Chemical Education. Vol. 62, n° 12, December 1985.

KAZIENKO, J. F. Assinatura Digital de Documentos Eletrônicos Através da Impressão Digital. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, UFSC, 2003.

SODHI, G. S., KAUR, J. Chemical Methods for Developing Latent Fingerprints. Journal Of Chemical Education. Vol. 76, n° 4, April 1999.