OLIMPÍADAS DE QUÍMICA E SUA CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DO ALUNO DO ENSINO TÉCNICO INTEGRADO EM QUÍMICA DO IFAM

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

de Oliveira, E.F. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS) ; Araújo, F.A.M. (IFAM) ; Santos, A.L.M. (IFAM) ; Sampaio, A.N.S. (IFAM) ; Silva, J.V. (IFAM) ; Silva, N.V. (IFAM)

Resumo

As competições científicas na área de Química têm despertado o interesse dos alunos do Curso Técnico Integrado em Química do IFAM (Campus Manaus Centro). Ao longo de 3 anos, o projeto intitulado “Formando Talentos para Olimpíadas em Química” atendeu cerca de 120 (cento e vinte) alunos interessados em participar dos exames das Olimpíadas Amazonense de Química – OAQ. No exercício de 2016, o IFAM recebeu duas medalhas de ouro na OAQ. Dentre as metodologias utilizadas citamos: aulas expositivas, resolução de questões de provas anteriores, temas geradores, experimentação, atividades lúdicas e uso da internet. Os resultados promissores permitiram que alunos do IFAM participassem da seletiva Norte-Nordeste em Química.

Palavras chaves

Olimpíadas de química; Ensino de química; Talentos para ciências

Introdução

A proposta apresentada para o ensino de Química nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - PCNEM se contrapõe à velha ênfase na memorização de informações, nomes, fórmulas e conhecimentos como fragmentos desligados da realidade dos alunos (PCN+, 2002). Nesse contexto é que surgem as Olimpíadas escolares que buscam despertar nos alunos do Ensino Médio das escolas públicas e privadas o interesse pelas vocações cientificas, bem como, identificar jovens talentosos que possam participar de competições nacionais e internacionais. No Amazonas, a Olímpiada Amazonense de Química – OAQ, que é organizada pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM, já está em sua XVIII edição, seleciona jovens talentos para a participação em competições cientificas a nível regional, nacional e internacional. A seletiva ocorre em duas etapas, sendo que os alunos classificados até a 25° colocação são automaticamente selecionados para participarem das Olimpíadas Norte Nordeste e posteriormente na Olimpíada Brasileira de Química. No IFAM desde o exercício de 2015 com a aprovação do Projeto Formando Talentos para Olimpíadas em Química pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq, cerca de 120 (cento e vinte) alunos participaram da seletiva da OAQ e 4 (quatro) alunos no exercício de 2017 estão participando da Olimpíada Norte Nordeste. Dessa forma, por meio de ações afirmativas a equipe multidisciplinar do projeto tem despertado o interesse dos alunos do ensino médio a estudar química com a finalidade de prepará-los para participar em competições científicas na área de Química, além de proporcionar aos discentes do curso de Licenciatura Plena em Química que atuam como bolsistas a desenvolver sua prática pedagógica.

Material e métodos

O curso preparatório para a participação em competições cientificas utilizou metodologias diversificadas, tais como: temas geradores, experimentação, leitura de artigos científicos, atividades lúdicas, uso da internet e jogos interativos. Os temas propostos estão de acordo com o Programa divulgado pela comissão da Olimpíada Amazonense de Química, Olimpíada Norte/Nordeste e Olimpíada Brasileira de Química. A avaliação do projeto foi realizada por meio de questionário estruturado, respondido por 40 (quarenta) participantes, no qual o aluno emitiu sua opinião quanto aos seguintes aspectos: a) o ensino de Química do IFAM é eficiente? b) você estuda Química sozinho? As atividades do Projeto ajudaram na compreensão dos conteúdos de Química do Curso e na OAQ/2017?

Resultado e discussão

Os alunos avaliaram positivamente o ensino de Química do curso Técnico Integrado em Química do IFAM, fato que tem contribuído para o desempenho dos jovens nas disputas cientificas. A avaliação está disposta no Gráfico 1. Quanto a contribuição das atividades do projeto 76% dos alunos informam que estas ajudaram muito na compreensão dos conteúdos do Curso de Química e na seletiva da OAQ, conforme apresentado no Gráfico 2.Os alunos do 3° ano preferem formar grupos de estudo ou estudar sozinhos, visto que nesta fase participam de Estágio Curricular obrigatório. No entanto, avaliam positivamente as atividades do projeto, tendo em vista que nos anos anteriores receberam as orientações e participaram efetivamente das atividades. De acordo com Freire (1996), o ensino mediado pela Metodologia de Projetos é baseado na problematização. O aluno deve ser envolvido no problema, ele tem que investigar registrar dados, formular hipóteses, tomar decisões, resolver o problema, tornando-se sujeito de seu próprio conhecimento. O professor deixa de ser o único responsável pela aprendizagem do aluno e torna-se o orientador do interesse de seus alunos. O projeto iniciado em 2015, apresenta resultados promissores, visto que no exercício de 2016, dois alunos receberam medalha de ouro na OAQ nas modalidades 1° e 2° série e outros dois alunos receberam menção honrosa. Outro aspecto que deve ser destacado é que após o término da vigência do projeto junto ao CNPq, o projeto deu continuidade com a implementação de bolsa de monitoria, favorecendo o desenvolvimento da prática pedagógica dos alunos de Licenciatura em Química.

Gráfico 1

Eficiência do Ensino de Química do IFAM.

Gráfico 2

Contribuição das atividades do projeto na compreensão dos conteúdos do Curso de Química e da OAQ.

Conclusões

As competições cientificas têm contribuído para despertar o interesse dos alunos do IFAM para o estudo da Química e possibilitado a identificação de jovens talentosos e despertado o interesse dos alunos pelas carreiras cientificas, bem como, contribuído de forma efetiva na formação de discentes do curso de Licenciatura em Química.

Agradecimentos

Ao CNPq e ao IFAM.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares, Brasília, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
REZENDE, F. As Olimpíadas de Ciência: Um Prática em Questão. Ciência e Educação, n 18, 2012.

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