CLASSIFICAÇÃO DAS BASES: APLICATIVO ANDROID NO ENSINO DE QUÍMICA
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ensino de Química
Autores
Sodré Boas, S.G. (IFPA- CAMPUS BELÉM) ; dos Santos Gomes Matos, J.L. (IFPA- CAMPUS BELÉM) ; Vinagre Correa, S.M. (IFPA- CAMPUS BELÉM) ; dos Santos Alves, B.E. (UFRA) ; Ferreira de Moraes, B. (IFPA- CAMPUS BELÉM)
Resumo
A necessidade de novas metodologias no ensino da química se faz necessário para dinamizar o processo ensino-aprendizagem nas escolas, para isso é necessário disponibilizar novas ferramentas para que se alcancem estes novos métodos. Este trabalho tem como meta demonstrar a utilização do aplicativo Classificação de Bases como instrumento para novas metodologias que auxiliem no ensino da função inorgânica Bases, na nova era digital que os alunos do Ensino Fundamental e Médio vivem. O aplicativo foi utilizado por seis alunos da 3ª série da Escola Santa Madre através de um questionário com questões referentes ao assunto e logo depois avaliado, obtendo um elevado índice de acerto e aceitação por parte dos alunos, o que apontou interesse e facilidade pelo assunto, ao final da metodologia.
Palavras chaves
funções inorgânicas; aplicativo; ensino de química
Introdução
Com o desenvolvimento tecnológico e o maior acesso da população e dos estudantes às tecnologias digitais (TD) como smartphones e tablets, as interações entre os sujeitos, o acesso e o compartilhamento de informações se intensificaram por meio do ambiente digital (NICHELE; CANTO, 2016). Então, surge a necessidade do desenvolvimento de tecnologias nesses meios para atrair o aluno. Há aplicativos como o Classificação de Ácidos (MATOS, 2016), que classifica ácidos inorgânicos apenas digitando sua fórmula molecular e o Força do ácido (MATOS, 2016), que realiza o cálculo de força dos oxiácidos. São exemplos de alguns dos vários aplicativos disponíveis na loja do Google que abordam o mesmo tema: funções inorgânicas. O aplicativo Classificação de Bases foi construído e planejado no ano de 2017, através do software do Google, o Android Studio que possibilita aos seus usuários criar aplicativos através das Bases disponibilizadas, desenvolvido para o sistema operacional Android, que é o sistema operacional mais utilizado em portáteis (HAMANN, 2014). O objetivo do trabalho é mostrar que o aplicativo pode auxiliar no aprendizado do aluno, facilitando o acesso a informações e otimizando o tempo que o aluno levaria para reunir todas as Bases presentes no aplicativo, ou seja, teria o acesso de forma mais rápida a informações e de forma mais dinâmica.
Material e métodos
O aplicativo Classificação de Bases possui uma interface simples (Figura 1), tem como vantagem ocupar pouco espaço na memória do dispositivo e não necessitar de internet para seu uso. O aplicativo foi disponibilizado na loja de aplicativos Play Store no dia 8 de agosto de 2017, possui 27 instalações segundo o Google Play Console em aparelhos móveis. Funciona como um banco de dados e dá ao seu usuário a classificação da base inorgânica de acordo com número de hidroxilas, grau de dissociação e sua solubilidade, bastando digitar o nome da base, como mostrado no exemplo 1, ou fórmula molecular. O aplicativo possui em seu banco de dados doze bases inorgânicas: NaOH, Ca(OH)2, KOH, KOH, Ba(OH)2, Al(OH)3, Mg(OH)2, Fe(OH)2, Fe(OH)3, NH4OH, Sn(OH)2 e Sn(OH)4. Foram escolhidas por serem as mais trabalhadas no ensino médio, as demais bases serão acrescentadas na próxima atualização do aplicativo na Play Store. O aplicativo foi avaliado por seis alunos da 3ª série do ensino médio através de um questionário na Escola Santa Madre, cada aluno fez o download através da Play Store para classificaram sete bases inorgânicas com o auxílio do aplicativo. Em seguida o avaliaram com uma nota de zero a dez, além de outras quatro perguntas: O Aplicativo reforçou o conteúdo visto em sala de aula? Você considera o aplicativo uma forma de aprendizado mais atrativa? Facilitou o aprendizado da função inorgânica Base? Quais seriam as sugestões ou críticas ao aplicativo? __________________________________________ Google Play Console: interface de gerenciamento de aplicativos na loja Play Store.
Resultado e discussão
Os resultados apresentados apontam que o aplicativo é uma nova ferramenta de
ensino bem aceita pelos alunos, visto que sua média de avaliação foi 8.1,
além disso, os alunos se mostraram bastante interesse ao utilizarem o
smartphone para realizar a atividade sobre as bases. Todos responderam que o
aplicativo é uma forma mais atrativa de ensino, além de facilitar o
aprendizado do assunto, mas um aluno mostrou dificuldade em manusear o
aplicativo e sugeriu que o mesmo tivesse um tutorial ensinando a como
utiliza-lo. A sugestão sobre a melhora do design se torna inviável de
ocorrer visto que o aplicativo é feito com bases pré-definidas
disponibilizadas no Android Studio. Em relação a possuir mais conteúdos de
química, já há novos projetos para a criação de mais aplicativos que abordam
outros assuntos da disciplina. O aplicativo demonstra boa aceitação como
nova ferramenta de ensino para os alunos.
Fonte: dos autores. 2017.
Fonte: dos autores. 2017.
Conclusões
A avaliação permite analisar que o aplicativo pode ser aperfeiçoado para que alcance um número maior de usuários e, assim, torne-se mais completo. Espera- se que novos aplicativos e tecnologias sejam desenvolvidas na área de química, visto que há boa aceitação por parte dos alunos, além de grande interesse dos mesmos por tal metodologia, o que é um primeiro passo para tornar o aprendizado algo prazeroso ao discente.
Agradecimentos
Ao IFPA- Campus Belém e à Escola Santa Madre.
Referências
HAMANN, R. IOS, Android e Windows Phone: números dos gigantes comparados. TECMUNDO. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/60596-ios-android-windows-phone-numeros-gigantes-comparados-infografico.htm>. Acesso em: 21 jul. 2017.
MATOS, J.L dos S. (2016) Classificação de ácidos: utilizando aplicativos android para o ensino da química. Anais da 39ª RASBQ. Disponível em:< http://www.sbq.org.br/39ra/cdrom/lista_area_EDU.htm>. Acesso em: 21 jul.2017.
MATOS, J.L dos S. (2016) Força do ácido: calculadora de força de ácidos como ferramenta do aprendizado da química. Trabalhos: Ensino de química. Disponível em:< http://www.abq.org.br/cbq/2016/trabalhos/6/index.html>. Acesso em: 21 jul. 2017.
NICHELE, A.G; CANTO, L.Z, (2016). Ensino de química com Smartphones e Tablets. Revista Novas tecnologias na Educação. V. 14 n. 1, p 2, julho, 2016.