A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS VISUAIS COMO METODOLOGIA DE INCLUSÃO NA QUIMICA ORGÂNICA
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ensino de Química
Autores
Jose Costa Carneiro, F. (IFMA) ; Luan Marques Melo, A. (IFMA) ; Karoline Maiorana Santos, A. (IFMA) ; Souza Fonseca, A. (IFMA)
Resumo
A química para muitos alunos é uma disciplina de difícil compreensão e para alunos deficientes a disciplina de química se torna algo complicado especialmente se o professor não trabalhar com métodos inclusivos, este trabalho procurou meios de tornar uma aula de química orgânica inclusiva para que alunos de todas as formas possam compreender o assunto, além de promover a interatividade dos alunos. A deficiência deve ser encarada como uma barreira que pode ser quebrada, pois não é impossível a aprendizagem dos alunos como era antigamente, e podemos ver muitas metodologias em prol de uma educação inclusiva como deve ser feita por todas as disciplinas.
Palavras chaves
Química; Deficiência ; Educação Inculiva
Introdução
Segundo o censo realizado em 2010, pelo IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de brasileiros com deficiência auditiva é de 5,1% da população, ou seja, 9,7 milhões de pessoas possuem ou sofrem algum tipo de perda auditiva. No que se refere ao aluno surdo e à surdez, é necessário ter alguns conhecimentos sem os quais fica difícil promover o ensino e a aprendizagem. A surdez, segundo Perlin (1998), deve ser encarada como uma diferença a ser respeitada, e não como uma "anomalia" a ser eliminada, pois o surdo apresenta cultura e identidades próprias. O preconceito em relação a esses alunos e à sua cultura deve ser desfeito através de esclarecimentos e intervenções realizados pelo professor em sala de aula. Somente assim teremos uma inclusão satisfatória, entretanto o estudo da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS). Para Vygotski o desenvolvimento da criança deficiente a partir dos pressupostos gerais sobre o desenvolvimento das funções psicológicas, buscando melhor compreendê-lo e defini-lo, valendo-se da discussão das implicações dos aspectos sócio-culturais e emocionais. Portanto, mais que desvios em relação a determinados padrões, a criança deficiente apresenta, como qualquer outra criança, um tipo peculiar, qualitativamente distinto de desenvolvimento (Vygotski, 1997).Com base nisso a interação do portador da deficiência com a química deve ser dada de uma maneira nova e diferente, mas ao mesmo tempo utilizando algo já familiar a eles que seria a língua de sinais, Brito (1995) em seus estudos, destacou aspectos relevantes a constituição da LIBRAS. Ela expos três parâmetros primários que se combinam: a Configuração das Mãos (CM), o Ponto de Articulação (PA) e o Movimento (M). A CM é o modo que está posicionado os dedos, a maneira que a mão está.
Material e métodos
Essa pesquisa é de caráter exploratório e de levantamento bibliográfico. Para recolher as informações necessárias foram realizadas coletas de dados de estudos e relatos de experiências educacionais. A abordagem busca avaliar estes dados, em diferentes categorias como: a didática, preparação dos professores, métodos de ensino e as diferenças utilizadas pela existência de alunos surdos mesclados em sala de ouvinte. A elaboração de materiais para alunos com deficiência auditiva deve ser feita levando em conta no que se pode explorar no aluno. A falta de material de apoio didático-pedagógico em química voltado aos surdos foi um dos fatores apontados que dificultam o ensino-aprendizagem desse conteúdo, principalmente em relação aos conceitos abstratos e à simbologia. Os recursos visuais para alunos com deficiência auditiva deve ser explorada ao máximo, pois é por meio desta que eles se desenvolvem como é claramente observado na língua de sinais. Eles possuem uma capacidade de interpretação boa só utilizando os olhos, com isso é proposto uma aula de química totalmente visual, onde se vê as moléculas e que seja passado para eles o conteúdo por legenda, ou melhor, língua de sinais. Mas não existem sinais próprios para o ensino de química e é esta barreira que alguns estudos tentam quebrar, pois criando esses temos químicos para a língua de sinais deixaria a aula mais explicativa para os alunos. Para começo, foi pesquisado algum aplicativo para a construção das moléculas, e foi escolhido o avogrado, depois para a fabricação do vídeo foi utilizado editor de vídeo, para legendar o vídeo e adicionar o intérprete virtual e para traduzir os sinais foi utilizada a plataforma rybená que é um recurso de tecnologia assistida.
Resultado e discussão
Com base no material bibliográfico levantado a utilização da vídeo aula foi
uma maneira muito boa de conseguir a interação dos alunos e principalmente
dos alunos deficientes auditivos, pois além do vídeo ser legendado e possuir
um interprete virtual na tela.
Assim como o português a Libras também é uma língua rica, e conseguimos
construir enunciados diversificados, utilizando as configurações de mãos,
incorporadas com os movimentos e os pontos de articulações. Portanto, a
língua brasileira de sinais, possui sintaxe e por meio de sinais que na
língua portuguesa chamamos de signos, podemos produzir, compreender e enviar
diversificadas mensagens. (ALMEIDA, 2013, p. 8).
O vídeo possui áudio para tornar a aula inclusiva. O vídeo foi apresentado
como proposta de aula inclusiva para uma turma de licenciatura em química e
para uma professora de inclusão para gerar debate e discussão do problema, o
que se pode tirar desse debate foi que o pedido dos estudantes por uma
educação inclusiva é gritante, além de ser mais um desafio para o professor
em sala de aula, e a implementação dessas metodologias é um ponto chave para
garantir a aprendizagem dos alunos.
Conclusões
Em uma perspectiva de buscar uma integração em sala de aula, o presente artigo buscou através do pesquisar e revisão de artigos sobre o meio, analisando todos os processos de ensino-aprendizagem que foram propostos em busca da organização de ma metodologia que englobasse em si, partes destas metodologias e que assim facilitariam o ensino-aprendizagem. Em conseqüência disso, a metodologia sugerida apresenta aspecto fundamental onde consegue com eficiência auxiliar de diversas formas o ensino através do aspecto visual.
Agradecimentos
Referências
ALMEIDA, M.; ALMEIDA, M. Tópicos lingüísticos: sintaxe nas Libras. Revista Philologus, nº 55, p. 626-684, jan./abr., 2013.
IBGE, Censo Demográfico 2010. <http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=rj&tema=censodemog2010_defic> Acesso em: 25/02/2017.
PERLIN, G.T.T. Identidades surdas. SKLIAR, C.(org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.
Rybená inclusão digital em libras e voz. Disponível em:
http://portal.rybena.com.br/site-rybena/home acesso em: 25/03/2017
VYGOTSKI, Lev Semiónovic. Obras Escogidas V: Fundamentos de Defectología. Madrid: Gráficas Rogar, 1997.
MEC/SEESP - Secretaria de Educação Especial (1995). Subsídios para
Organização e Funcionamento de Serviços de Educação Especial: Área deDeficiência Auditiva. Brasília, DF: Autor.