Qwaser: animê como ferramenta em aulas de Química
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ensino de Química
Autores
Santos, R.P. (IFRN) ; Paiva, J.G. (IFRN) ; Oliveira, M.R. (UFERSA)
Resumo
Este trabalho tem por finalidade mostrar como os animês podem ajudar na colaboração de uma aula de química tornando mais dinâmico e atraente para os alunos, usando o desenho como mídia educacional para aulas onde os conteúdos apresentados são complexos para um primeiro contato,sendo produções que apresentam conteúdos químicos, como apoio em sala de aula para melhor compreensão de conteúdos pelos alunos e aumentar a frequência nas aulas de química, pois devido à má impressão sobre a matéria existe evasão nas turmas de uma escola estadual. a expectativa sobre apresentação de uma aula usando desenhos foi bastante positiva onde os próprios alunos colocaram que essa proposta chamou atenção.
Palavras chaves
Ensino de Química; Animês; Midias
Introdução
As turmas abordadas são da Escola Estadual Monsenhor Honório em Pendências RN. Nesta apresentavam grande evasão de alunos nas aulas onde grande maioria apresentava carência em sua formação. Foi proposta uma situação onde fragmentos dos animês sejam usados para melhor interação dos alunos com a disciplina. Seikon no Qwaser que é uma série de mangá escrita por Hiroyuki Yoshino e com a arte de Kenetsu Satō, tem como caracteristicas em seus personagens à manipulação de elementos da tabela periodica. Comênio (1996) afirma que “age, portanto, idiotamente aquele que pretende ensinar aos alunos, não quanto eles podem entender, mas quanto ele próprio deseja, pois as forças querem ser ajudadas e não oprimidas, e o formador da juventude, da mesma maneira que o médico é apenas o ministro da natureza, e não o seu senhor” (COMÊNIO, 1996, p. 242).Observando a desmotivação dos alunos em aulas de química no ensino médio foi proposta uma situação onde fragmentos dos animês sejam usados para melhor interação dos alunos com a disciplina.Abordando uma nova discussão sobre os famosos animes Japoneses que estão apropinquar-se cada vez mais temáticas cientificas que junto do misticismo esta sendo um atrativo para o publico jovem.
Material e métodos
observando as aulas de Química identificou-se falta de interesse dos alunos quando assunto reações químicas foi abordado, todas as turmas eram evidentes a grande evasão por parte dos alunos onde os próprios optavam por não entrarem em sala alegando a leitura dos conteúdos muito extensa e pouco atrativa e por isso a falta de interesse.Sala tinha 35 alunos entre 15 à 18 anos. Desta maneira o professor responsável viu um novo meio usando fragmentos de animês.Neste animê Qwaser são apresentados como humanos que controlam um único elemento da tabela periódica. Isso em uma luta por sobrevivência implica principalmente em que situação o portador de elemento se encontra dando lhes vantagem ou desvantagem de acordo com as características do elemento proposto.Claro que para uma abordagem em sala o desenho foi fragmentado para seu único foco sera variação química dos Qwaser. Nesta situação foi usado o episodio 5 da primeira temporada, neste episodio o qwaser do cloro é mandado para eliminar o qwaser de ferro (personagem principal), usando de seu elemento e mostrando a sua interação com os outros elementos.O desenvolver da luta mostra pontos chaves, o qwaser usa o gás toxico produzido do seu elemento Cl. Qwaser se desloca ate um lago próximo e coloca suas mãos onde seu contato com a água cria ácido clorídrico que reage fortemente com o ferro derrotando qualquer meio de ataque que tente, esse trecho foi usado no inicio da aula e após as devidas explicações do assunto foi visto novamente para retirar as duvidas. Atividade proposta em sala usou do animê para envolver os alunos com a Química. Geralmente na sala variava bastante o número de alunos frequentes mas não passava de 50%.
Resultado e discussão
Neste estudo em sala foram usados notebook, projetor, DVD e pen drive
materiais disponibilizados pela própria escola. Situar os animês no âmbito
das discussões educacionais contemporâneas sobre mídia e cultura compreende
uma busca por significar as animações como produções relevantes à cultura
infantil e juvenil, como componentes na “criação dos mundos culturais e
sociais” destes indivíduos.Aos poucos o uso foi atraindo outros alunos que
antes se recusavam a entrar em sala, e de uma forma indireta atraves do
animê estavam participando da aula, depois da aula foi feito uma pesquisa de
pinião onde no Gráfico em anexo foi exposto os resultados. Notasse uma
melhoria da aprendizagem, pois houve uma maior compreensão do assunto
abordado em sala onde antes não existia, obteve atenção dos alunos em grande
parte da aula proporcionando maior interação dos alunos com o contexto
proposto. A abordagem de temáticas diversas, como a ficção científica, o
existencialismo, a aventura, o romance, o humor e a fantasia, bem como a
combinação de outros elementos caracterizadores deste tipo de produção,
tornaram os animês em produtos que influenciaram outros mercados além do
televisivo no Brasil.Os resultados foram satisfatórios em ambas as turmas
onde as turmas de adolescentes e jovens interagiram com os animes obtendo
uma dominação completa da interação dos alunos com a ciência, e com estes
resultados demonstrando uma boa aceitação dos animes, foi preparado uma aula
utilizando tais métodos para melhor compreensão da matéria e esta teve total
atenção de ambas às turmas ao conteúdo que foi reforçado pelos
animes.Durante a pesquisa o número de alunos foi aumentando em sala, onde
menos de 50% frequentavam subiu para 90%, além da participação dinâmica nas
aulas de Química.
Gráfico obtido após o uso em sala de aula
Conclusões
O principal objetivo foi atingido que era diminuir a taxa de evasão dos alunos nas aulas de química, além de envolve-los com à disciplina, desta maneira os próprios alunos se auto questionaram sobre o fato de um simples desenho ser detentor de tanto conhecimento e que muitas vezes uma um olhar não compreende suas aplicabilidades.Os resultados apresentados mostraram que não só a utilização do animê em sala de aula, mas todo o processo que envolve a discussão do seu gênero textual, da sua forma e da criação a partir de ferramentas de informação.
Agradecimentos
Agradecemos o apoio financeiro disponibilizado pela coordenação de pesquisa e extensão do IFRN que possibilitou nossa estadia e aos professores e a coordenadora do cu
Referências
COMÊNIO, J.A. Didática Magna. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1996. Tradução de Joaquim Ferreira Gomes.