Conhecendo a Química

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Sousa, A.S. (IFPI) ; Junior, N.N.S.L. (IFPI) ; Júnior, A.R.A. (SEDUC-PI) ; Junior, P.C.O. (IFPI) ; Pereira, J.O. (IFPI) ; Rocha, R.L.P. (IFPI)

Resumo

O trabalho consiste no desenvolvimento de atividades no ensino de química para alunos do ensino médio através da introdução do programa Institucional de bolsas de iniciação à docência PIBID.Estes alunos encontravam-se desinteressados por conta do pouco contado com a disciplina de química devido à falta de professor. As atividades foram realizadas em forma de oficina denominada Conhecendo a química, os temas abordados foram tabela periódica,atividades lúdicas,uso das tecnologias e experimentos simples.Os resultados alcançados foram avaliados de forma qualitativa e quantitativa através de um questionário com perguntas objetivas e subjetivas,como forma de checar o interesse pela disciplina a partir daquele primeiro contato bem como a eficácia da colaboração do programa.

Palavras chaves

PIBID; Disciplina; atividades e alunos

Introdução

A falta de professores nas escolas brasileiras é uma realidade que foi vivenciada pelos alunos do 1° ano do ensino médio integrado do Colégio Estadual Zacarias de Góis–Liceu Piauiense que no ano letivo de 2015 não possuía professor da disciplina de química no primeiro semestre daquele ano. Visto a dificuldade dos alunos em compreender o estudo da química o professor recém-chegado naquele semestre e os bolsistas do PIBID, realizaram uma oficina para dar suporte aos alunos naquele primeiro contato apresentando a química de uma forma dinâmica e relacionada ao cotidiano, estimulando os alunos a estudarem a disciplina bem como apresentar o programa PIBID aos discentes. A aprendizagem de química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, para que estes possam julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola, com pessoas, etc. A partir daí o aluno tomará sua decisão e dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (BRASIL, 1999). O PIBID vem se consolidando como uma importante ação de apoio na educação do país com a formação inicial de professores e pode ser identificado como “uma nova proposta de incentivo e valorização do magistério e possibilitando aos acadêmicos dos cursos de licenciatura a atuação em experiências metodológicas inovadoras ao longo de sua graduação” (BRAIBANTE e WOLLMANN,2012). Em relação ao ensino de química, ao se falar em cotidiano, há um tipo de consenso, O termo é amplamente conhecido e, aos olhos da maioria, é uma abordagem fácil de ser posta em prática (WARTHA, SILVA e BEJARANO, 2013).

Material e métodos

Foi montada uma sala com oficinas que abordava: A apresentação do programa PIBID, com as definições da Fundação Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - sua forma de execução e apresentação de trabalhos já realizados no subprojeto de química do IFPI – Campus Teresina Central; na forma de pôster. Exibição da tabela periódica contextualizada, com imagens dos elementos químicos constituintes de objetos comuns do dia dia, na forma de pôster; Praticas simples com a relações de materiais de um laboratório de ciência com objetos de uma cozinha doméstica, realização de reações químicas comum ao cotidiano; Participação dos alunos em Jogos de conteúdos de química, com formação de moléculas de produtos de limpeza; Exposição da relação do ensino de química para geração de energia, renovável e não renovável; Execução de experimentos simples da importância do gás oxigênio para combustão, reações que resultam em despendimento de gás e densidades das substâncias. Aplicação de questionário com questões objetivas e subjetivas.

Resultado e discussão

Os resultados da pesquisa foram colhidos através de um questionário com 5 perguntas objetivas e subjetivas, onde responderam os 54 alunos participantes do projeto. Baseado na apresentação feita sobre o PIBID 97% dos alunos aprovaram o trabalho neste primeiro contato com o programa e 3% acharam que as atividades regulares da escola já são suficientes ao seu aprendizado (Gráfico 1). De acordo com SILVA et al.(2012),o PIBID atualmente além de introduzir graduandos das licenciaturas nas escolas públicas, também é um parceiro na aprendizagem significativa. Quando questionados sobre o interesse pela química após a aplicação do projeto, 63% responderam que o projeto aumentou o interesse, 32% permaneceu igual e 3% igual aumentando a rejeição (Gráfico 2). Jiménez Lizo, Sanches Guadix e Manuel(2002), apontam que a contextualização pode tornar a ciência mais próxima do aluno, quando usada de forma coerente. Em relação a visão que tiveram sobre as dificuldades de aprendizado na disciplina após a aplicação do projeto, 73% afirmaram que o projeto demostrou caminhos para facilitar a aprendizagem, 18% permaneceu com suas dificuldades iguais e 9% disseram que a dificuldade aumentou (Gráfico 3). Segundo Torriceli (2007), é na procura de formas dinâmicas, práticas e interdisciplinares que os estudos na área do ensino de química vêm crescendo. No que diz respeito a relação da Química com o cotidiano 44% dos alunos responderam que sim, conseguiram relacionar, e justificaram suas respostas, 41% responderam sim sem justificativa, 9% não conseguiram relacionar e não justificaram e 6% responderam não e justificaram (Gráfico 4). Para os alunos as atividades que mais chamaram a atenção foram as práticas. De acordo com GIORDAN (1999) experimentos podem ter caráter indutivo e dedutivo.

Gráficos 1 e 2

Gráficos percentuais relacionados aos questionamentos 1 e 2

Gráficos 3 e 4

Gráficos percentuais relacionados aos questionamentos 3 e 4.

Conclusões

Pelos resultados observados com projeto aplicados pelos alunos do PIBID-IFPI vinculados ao Colégio Estadual Zacarias de Góis – Liceu Piauiense, conseguiu- se tornar a química, disciplina essa muitas vezes vista como difícil, mais atraente e compreensível aos alunos aproximando a matéria da realidade cotidiana. Foi possível notar-se também a aprovação por parte dos alunos ao PIBID onde os discentes alegaram que o programa só tem a contribuir com o seu aprendizado.

Agradecimentos

Referências

BRAIBANTE, M. E. F.;WOLLMANN E. M. A Influência do PIBID na Formação dos Acadêmicos de Química Licenciatura da UFSM. Química Nova na Escola, Vol. 34, N° 4, p. 167-172, NOVEMBRO 2012.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Ensino Médio; Ministério da Educação,1999.
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola, n. 10, p. 43-49, 1999.
JIMENEZ-LISO, M.R.; SANCCHES-GUADIX, M.A. e MANUEL, E .T.D. Química cotidiana para la alfabetización cientifica: realidade o utopia? Educación Química, 13, n. 4, 2002.
SILVA, C. da S.; MARUYAMA, J. A.; OLIVEIRA, L. A. de O.; OLIVEIRA, O. M. M. de F.O Saber Experiencial na Formação Inicial de Professores a Partir das Atividades de Iniciação à Docência no Subprojeto de Química do PIBID da Unesp de Araraquara. Química Nova na Escola. Vol. 34, N° 4, p. 189-200, 2012.
TORRICELLI, Enéas. Dificuldades de aprendizagem no Ensino de Química. (Tese de livre docência), Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Educação,2007.
WARTHA, Edson José; SILVA, EL da; BEJARANO, Nelson Rui Ribas. Cotidiano e contextualização no ensino de Química. Química nova na escola, v. 35, n. 2, p. 84-91, 2013.


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