A importância da experimentação no Ensino de Química no processo Ensino Aprendizagem no Ensino Médio na Escola C.E. Bandeirante na cidade de Zé Doca-MA
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ensino de Química
Autores
da Silva Costa, M. (IFMA) ; Carvalho França, M. (IFMA)
Resumo
Neste artigo é abordado sobre a importância da experimentação no processo ensino aprendizagem no ensino de química. A experimentação é uma estratégia pedagógica dinâmica, que tem a função de gerar problematizações, discussões, questionamentos e buscas de respostas e explicações para os fenômenos observados, possibilitando a evolução do aspecto fenomenológico observado para o teórico. Neste contexto fica explicito o quanto a experimentação é importante para o desenvolvimento critico dos alunos e para o desenvolvimento da sua capacidade de relacionar teoria e pratica e mais ainda com alguns fenômenos observados no seu dia a dia.
Palavras chaves
Experimentação; Química; Aprendizagem
Introdução
O ensino de Química tradicional ainda é criticado, segundo Cleidson Guimarães (2009) essas críticas “referem-se à ação passiva do aprendiz que frequentemente é tratado como mero ouvinte das informações que o professor expõe. Tais informações, quase sempre, não se relacionam aos conhecimentos prévios que os estudantes construíram ao longo de sua vida. E quando não há relação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele está aprendendo, a aprendizagem não é significativa”. As informações transmitidas em sala respondem aos questionamentos e/ou conflitos de gerações anteriores ao aprendiz. Entretanto, esses conflitos e questionamentos nunca lhes foram acessíveis. Isso só enfatiza uma visão a problemática da ciência. Consequentemente, as aulas expositivas respondem a questionamentos aos quais os alunos nunca tiveram acesso. (GUIMARÃES, 2009, p. 198) Não havendo uma articulação entre os dois tipos de atividades, isto é, a teoria e a prática, os conteúdos não serão muito relevantes à formação do indivíduo ou contribuirão muito pouco ao desenvolvimento cognitivo deste. Porém, ao que parece, o ensino de Química não tem oferecido condições para que o aluno a compreenda enquanto conceitos e nem quanto a sua aplicação no dia-a-dia (BUENO, et al, 2007). No que diz respeito ao ensino de ciências e de química, (GUIMARÃES, 2009) afirma que a “experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação. Nessa perspectiva, o conteúdo a ser trabalhado caracteriza-se como resposta aos questionamentos feitos pelos educandos durante a interação com o contexto criado”.
Material e métodos
Participou desta pesquisa alunos do 2º ano do Ensino Médio da escola C.E. Bandeirante localizada no município de Zé Doca-Maranhão. Utilizou-se pesquisa bibliográfica que norteou as diferentes posturas sobre a temática em questão e de campo através da aplicação de um questionário com perguntas abertas e fechadas. Sendo assim, os dados receberam uma abordagem qualitativa-descritiva, conforme propõe Ogliari (2007) pesquisar é analisar informações da realidade que se está estudando, por meio de um conjunto de ações e objetivos, é uma comunicação entre os dados coletados e analisados com uma teoria de base.
Resultado e discussão
De acordo com Silva (2016 p. 34) “a experimentação pode oferecer uma
contribuição muito importante no processo ensino-aprendizagem. Assim, a
existência de diversas formas de abordagem da experimentação como ferramenta
no ensino esta deve ser escolha dos próprios professores com base nos
objetivos propostos para atividade experimental”.
Foi perguntado qual a importância das aulas de química para a formação de
cada um, 64,7% responderam que é importante, 26,5% responderam que tem pouca
importância e 8,8% responderam que não tem nenhuma importância.
Os alunos foram indagados se, caso tivesse laboratório para aulas
experimentais o seu interesse seria maior pelas aulas de Química, 91,2% dos
alunos responderam que sim e apenas 8,8% respondeu que não.
Em relação aos experimentos feitos na sala de aula pelo professor,
questionou-se se aumentaria a compreensão dos conteúdos trabalhados, 91,2%
dos alunos responderam que sim e 8,8% responderam que não. Contudo, pediu-se
que os mesmos justificassem suas respostas. Para tanto, a maioria respondeu,
que a relação dos conteúdos entre teoria prática aumenta o interesse, a
curiosidade e a compreensão. Outros responderam que “ (vendo como ocorre e
como é feito a compreensão aumenta, ‘entendo mais vendo’).
Conclusões
As experimentações vivenciadas em sala de aula são de extrema importância para aguçar a curiosidade e melhorar a compreensão dos alunos em relação os conteúdos trabalhados, pois muitas das vezes as aulas convencionais tornam-se desinteressante e enfadonhas, principalmente quando não se relacionam com os conhecimentos construídos no meio social em que os sujeitos estão inseridos.
Agradecimentos
Referências
BUENO, L.; DANTAS, D. J.; MOREIA, K. C.; TEIXEIRA, M. F. S.; Wiezzel, A. C. S. O ensino de química por meio de atividades experimentais: A realidade do ensino nas escolas. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista,2007.
GUIMARÃES. C.C. (1999). Experimentação no ensino de química: caminhos e descaminhos rumo à aprendizagem significativa. Química Nova na Escola.
OGLIARI, L.N.Pesquisar é analisar dados: uma constante (re) construção da realidade . In GALIAZZA, M. C.et. Al (Orgs): Construção Curricular em rede na Educação em Ciências; uma Proposta de Pesquisa na Sala de Aula.ljuí: Ed. Unijuí,2007.