EDUCAÇÃO ALIMENTAR: OS CORANTES ARTIFICIAIS ALIMENTÍCIOS COMO PROPOSTA PARA O ENSINO DE QUÍMICA.
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ensino de Química
Autores
Silva, ,.A.R. (IFMA) ; Santos, T.B. (IFMA) ; Sousa, F.A.S. (IFMA) ; Fonseca, N.N. (IFMA) ; Almeida, E.B. (IFMA)
Resumo
O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de demonstrar através da educação alimentar os corantes artificiais adicionados aos alimentos industrializados, associando-os aos fatores de risco e às funções da Química Orgânica, ministrada no Ensino Médio, em duas escolas de São Luís, uma da rede privada, Colégio - EXITUS e a outra da rede pública, Complexo Educacional Governador Edson Lobão – CEGEL. A obtenção dos dados e metodologia se deu através de questionário diagnóstico e apresentação de seminário. Os resultados obtidos ressaltaram a importância da contextualização em sala de aula relacionado ao cotidiano dos alunos. Foi observado que os discentes compreenderam acerca do tema aditivos, formalizando até, na maioria, um novo modo de avaliar seus hábitos alimentares.
Palavras chaves
Química; Corantes artificiais; Ensino Médio
Introdução
De acordo com o texto acerca dos PCNEM a Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance econômico, social e político, assim a sociedade interage com o conhecimento químico por diferentes meios (PCNEM, Parte III, 2000). Na área alimentar ela também está inserida direcionando e orientando para uma melhor compreensão de ingestão de alimentos aditivos. Os aditivos derivam de várias fontes e de acordo com a sua origem, pertencem a três classes: naturais (obtidos por processos extrativos), semi-sintéticos (obtidos de substâncias naturais, por fracionamento ou síntese), sintéticos (obtidos em laboratórios, por processos de síntese) (EVANGELISTA, 2008). Segundo o modo em que se apresentam nos produtos alimentícios, os aditivos podem ser: intencionais (maior classe, os mesmos são adicionados intencionalmente aos alimentos a fim de desempenhar funções específicas) (SHIBAMOTO, 2014), incidentais, atualmente denominada de contaminantes, ou seja, qualquer substância indesejável presente no alimento como resultado das operações efetuadas no cultivo de vegetais, na criação de animais, nos tratamentos zoosanitários ou fitosanitários, ou como resultado de contaminação ambiental ou de equipamentos utilizados na elaboração e/ou conservação do alimento” (AUN et al, 2011).
Material e métodos
A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas, o Complexo Educacional Governador Edson Lobão – CEGEL escola pública estadual e Colégio EXITUS escola da rede privada, ambas localizadas no centro de São Luís/MA. O trabalho foi realizado em três turmas (302, 304 e 307) do terceiro ano do Ensino Médio no turno matutino do Complexo Educacional Governador Edson Lobão, sendo composto por 59 mulheres e 29 homens com faixa etária de 16 a 21 anos. No Colégio Exitus participou a única turma de terceiro ano da escola, sendo 12 mulheres e 15 homens com faixa etária de 17 a 19 anos. Contudo, a pesquisa foi elaborada através de aplicação de Questionário Diagnóstico e Seminário.
Resultado e discussão
O Questionário Diagnóstico utilizado na pesquisa de campo foi composto
por oito questões, e o Seminário, se deu por meio de aula expositiva e
dialogada nas escolas particular e pública. No Questionário sobre a refeição
mais importante do dia, Figura 1a, o resultado foi o café da manhã. E quando
questionados sobre os alimentos mais prejudiciais à saúde, dentre as opções,
Figura 2a e 2b, o refrigerante foi um dos alimentos mais apontado pelas
turmas de ambas as escolas. Na apresentação do Seminário foi possível
observar que tanto os alunos da escola particular quanto da escola pública,
possuíam diversas dúvidas em relação aos aditivos. Na exposição dos corantes
artificiais expostos em sala, os alunos puderam observar a cor vibrante e
intensa de tais produtos, e à preferência da indústria pelos mesmos, uma vez
que justificam-se muito mais econômicos. Quanto a exposição, questionados
acerca da contextualização, 98% dos alunos da escola particular disseram
acreditar que os conteúdos da Química Orgânica relacionados ao cotidiano
podem melhorar sim a aprendizagem e 95% dos alunos da escola pública também
afirmaram o mesmo. Questionado logo após sobre a conscientização de novos
hábitos alimentares, em ambas as escolas foi possível observar a preocupação
dos alunos quanto a sua alimentação, pois 71% dos alunos da escola
particular disseram repensar seus hábitos, já 24% disseram não repensar e
apenas 5% deixaram de opinaram. Na escola pública, um número bem mais
significante de, 94% afirmaram repensar seus hábitos e 6% disseram não
repensar.
Para a escola particular, os resultados mostraram que 61% dos alunos consideram o café da manhã, 13% o almoço e 17% responderam o jantar.
Com relação à frequência do consumo. Na pública, 11% afirmaram consumir sempre pelo menos um dos alimentos apresentados, e na particular 18% afirmaram
Conclusões
No presente trabalho desenvolvido foi possível verificar que ambos os alunos das escolas participantes desta pesquisa puderam reconhecer os perigos atrelados ao excesso na ingestão de alimentos industrializados. Os alunos demonstraram entendimento pós-seminário acerca dos tipos de corantes artificiais mais presentes nos alimentos. Pode-se afirmar que o desenvolvimento deste trabalho mostrou imprescindível em relação ao tema Educação Alimentar, uma vez que a contextualização dos conteúdos de Química Orgânica associados à educação alimentar demonstra a importância da contextualização às escolas.
Agradecimentos
Ao Departamento Acadêmico de Química do IFMA-Campus Monte Castelo, e ao Professor orientador pelo apoio profissional para o desenvolvimento deste trabalho.
Referências
AUN, Marcelo V et al. Aditivos em alimentos. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. Vol. 34. N° 5, 2011. Disponível em . Acesso em 14/02/17.
EVANGELISTA, José, 1913-1999. Tecnologia de Alimentos/José Evangelista. – São Paulo: Editora Atheneu, 2008.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio. Parte I – Bases Legais. Brasília, 2000. Disponível em. Acesso em 09/10/15.
SHIBAMOTO, Takayuki. Introdução á toxicologia de alimentos / Takayuki Shibamoto, Leonardo F. Bjeldanes; [tradução Claudia Coanna]. – 2. Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014