Ambiente de aprendizagem centrado no aluno: um estudo sobre a avaliação da qualidade do ensino em Química e Hidrosfera

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

de Freitas, R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA- UNIPAMPA) ; Araújo, A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA- UNIPAMPA) ; Esteve, L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA- UNIPAMPA) ; Pazinato, M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA- UNIPAMPA) ; Cicuto, C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA- UNIPAMPA)

Resumo

O objetivo da presente pesquisa foi investigar a percepção dos graduandos de Licenciatura em Educação no Campo – ênfase em Ciências da Natureza sobre a qualidade do ensino do componente de Química e Hidrosfera. Nesse contexto, as aulas expositivas foram substituídas por períodos de estudo e grupos de discussão. Para coleta dos dados os acadêmicos responderam a um questionário com três itens: “QUE BOM!”, “QUE PENA!”, “QUE TAL?”. Os dados foram classificados em categorias, a partir dos fragmentos de respostas. Os resultados indicaram que a metodologia de ensino do componente foi bem avaliada pela maioria dos alunos (45%). Essas evidências contribuem para o desenvolvimento de métodos de ensino que estimulam a participação ativa na construção do conhecimento.

Palavras chaves

Aprendizagem Ativa; Método de Ensino; Ensino de Química

Introdução

A presente pesquisa foi desenvolvida no componente curricular de Química e Hidrosfera ministrado na Licenciatura em Educação no Campo – ênfase em Ciências da Natureza da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA – Campus Dom Pedrito). O curso está organizado seguindo o regime de alternância entre Tempo Universidade (TU) e Tempo Comunidade (TC), sendo o TU referente ao período de formação presencial na Universidade e o TC correspondente a formação nas comunidades. No componente de Química e Hidrosfera, o ensino é centrado no aluno. Para isso, as aulas que ocorrem no TU são conduzidas através de estudos dirigidos e grupos de discussão. Nos estudos dirigidos, os alunos organizados em pequenos grupos, recebem textos acompanhados de um roteiro com questões para nortear as leituras. Após esta atividade os alunos são incumbidos de elaborarem mapas conceituais individuais e colaborativos para externalizarem suas compreensões acerca do tema. Posteriormente, os alunos são reunidos em um grupo de discussão. Nessa etapa, eles são incentivados a exporem as dificuldades e/ou dúvidas que ocorreram durante os estudos dirigidos (CICUTO e TORRES, 2016). Conforme Moreira (2011), no ensino é centrado no aluno o professor assume o papel de mediar, fazendo com que o aluno fale muito e o professor fale pouco. Para isso, o professor precisa utilizar estratégias que possibilite aos alunos discutir, negociar significados entre si, além de receber e fazer críticas a partir da construção colaborativa do conhecimento. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi investigar a percepção dos graduandos de Licenciatura em Educação no Campo – ênfase em Ciências da Natureza sobre a qualidade do ensino do componente de Química e Hidrosfera.

Material e métodos

Os sujeitos desta pesquisa foram 23 estudantes de graduação do curso de Licenciatura em Educação no Campo – ênfase em Ciências da Natureza. A coleta de dados no TU, deu-se no segundo semestre de 2016 no componente curricular Química e Hidrosfera. Para isso, os estudantes responderam os itens “QUE BOM!”, “QUE PENA!”, “ QUE TAL?” para avaliar a qualidade do ensino do componente. As respostas foram classificadas em categorias, as quais foram analisadas por três especialistas, no caso de divergência um quarto categorizador foi solicitado.

Resultado e discussão

As frequências dos fragmentos de respostas dos estudantes, para cada item do questionário, foram apresentadas na Tabela 1. Diante dos resultados obtidos, pode-se verificar no item “Que bom” que a categoria com maior frequência foi a metodologia de ensino (45%). Tal resultado, indica a aprovação dos estudantes sobre o uso dos períodos de estudo e grupos de discussão em substituição as aulas expositivas clássicas. Além disso, as frequências de respostas nas categorias interação professor- aluno (21%) seguida da clareza do professor (18%) são indicativos do êxito desse ambiente de aprendizagem na opinião dos alunos. No item “Que pena” pode- se observar que os estudantes indicaram a necessidade de um maior período letivo (53%) para com o desenvolvimento do componente. Isso é reflexo do regime de alternância, visto que as aulas do TU ocorrem de maneira concentrada em um único mês. No quesito “Que tal?”, os estudantes indicam a necessidade de mais aulas práticas (31%), materiais de estudos e aulas extras (31%). Essas sugestões revelam que eles estavam comprometidos com o aprendizado de Química, solicitando mais demandas do componente.

Tabela 1

Percepção dos estudantes sobre o componente curricular.

Conclusões

O ambiente de aprendizagem centrado no aluno do componente Química e Hidrosfera mostrou-se eficaz no curso de Licenciatura em Educação do Campo, sendo bem avaliado pela maioria dos estudantes. Essa abordagem permitiu a participação efetiva dos acadêmicos no processo de sua aprendizagem. Assim, nesse ambiente eles atuaram como agentes facilitadores do seu próprio conhecimento e, para isso, o professor se posicionou como mediador neste processo. Por fim, esses resultados contribuem com o desenvolvimento de métodos de ensino que estimulam a participação ativa dos estudantes.

Agradecimentos

Bolsa Pesquisa PDA- 2017.

Referências

MOREIRA, M, A. Abandono da narrativa, ensino centrado no aluno e aprender a aprender criticamente. REMPEC – Ensino, Saúde e Ambiente, v. 4, n. 1, p. 2-17, 2011.

CICUTO, C. A. T.; TORRES, B. B. Implementing an active learning environment to influence students’ motivation in Biochemistry. Journal of Chemical Education, v.93, n.6, p. 1020-1026, 2016.

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