Organogame: Jogo para Ensino de Química Orgânica

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

da Silva Nery, H. (IFMT-BELA VISTA) ; Jorge Rodrigues, J.V. (IFMT-BELA VISTA) ; do Nascimento Ferreira Cunha, J. (IFMT-BELAVISTA) ; Oliveira Pescador, M.S. (IFMT-BELA VISTA) ; Maciel Araujo, S.L. (IFMT-BELA VISTA) ; Amorim Siqueira Dantas, T. (IFMT-BELA VISTA)

Resumo

Os jogos lúdicos são ferramentas importantes na área de ensino de química, visto que aumentam o interesse dos alunos e promovem uma aprendizagem mais significativa. Neste intuito, o presente trabalho visa relatar como foi elaborado o jogo de química orgânica denominado Organogame no Instituto Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá Bela Vista. O objetivo deste é tornar a aprendizagem de nomenclatura, funções e reações orgânicas mais fáceis para estudantes do ensino médio.

Palavras chaves

Ensino; Química ; Jogos

Introdução

Os métodos mais tradicionais de ensino são considerados por muitos pesquisadores como ultrapassados (Silva, 2011), pois não abrangem a todos os alunos. Essa opinião também ocorre devido às aulas tradicionais serem cansativas e não trazerem resultados significativos em relação ao aprendizado destes. Uma das alternativas para amenizar essa situação consiste no uso de jogos lúdicos aplicados ao ensino, já que são considerados ferramentas importantes na área de ensino de química. Quando se ressalta sobre estes, lembra-se que antes do romantismo, o jogo era visto como algo inútil, na qual não poderia misturar- se com trabalho e educação, no entanto a partir do século XVIII começou-se a pensar na união entre diversão e aprendizagem. (Kishimotto, 1994) Segundo Silveira, 1998, até mesmo o mais simplório dos jogos pode ser empregado para proporcionar informações factuais e praticar habilidades, conferindo destreza e competência. As formas dinâmicas estimulam o aluno a ter criatividade e esta faz com que o estudante possa ter o desejo de construir uma sociedade melhor, implicando ideias de mudanças sociais (Lima et al.,2011). Existem várias pesquisas para tornar as aulas de química mais interativas por meio dos jogos como: o super trunfo da química, ludo químico, memória orgânica, bingo orgânico, entre outros (Lima et al., 2011). Portanto, sabendo da necessidade de renovação dos métodos de ensino, este trabalho propõe a confecção de um jogo de tabuleiro denominado “Organogame”. Este foi realizado no Instituto Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá Bela Vista.

Material e métodos

O jogo foi desenvolvido por discentes do curso técnico Integrado em Química, na disciplina de Síntese Orgânica do Instituto Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá Bela Vista. Para a confecção do jogo foi necessário um pedaço de isopor para ser um tabuleiro, tintas para a decoração do mesmo, papel cartão para a escrita das perguntas e respostas, papeis coloridos que foram usados para fazer as casas que foram numeradas segundo os prefixos usados para determinar a quantidade de carbonos (exemplo: casa 1- casa met; casa 2- casa et), tampinhas plásticas para serem utilizadas como peões e dado para instruir a quantidade de casas andadas. O Organogame é jogado de dois a quatro adversários ou times com no máximo três pessoas. Para inicia-lo é lançada a sorte para determinar a ordem dos jogadores. Depois disso, cada qual joga na sua vez e lança o dado para indicar o número de casas a ser andadas caso acerte a pergunta feita pelo adversário, se este errar a pergunta permanece na casa em que está. Na ocasião de o jogador ir para uma casa com alguma instrução, como fique uma rodada sem jogar ou responda a duas perguntas, esta deve ser obedecida. Vence o jogador que chegar ao fim do tabuleiro primeiro. As perguntas do organogame foram coletadas dos vestibulares da área de Química orgânica, por isso o público alvo do jogo são estudantes do último ano do ensino médio. O jogo foi testado inicialmente por quatro pessoas, sendo três estudantes do ensino médio e uma que está no ensino superior na área da computação. Também foi apresentado e aplicado na turma de 7º semestre do curso técnico integrado em química do campus.

Resultado e discussão

Foi obtido um jogo lúdico para o ensino de química orgânica (Figura 1). Todos os jogadores que testaram o jogo aprovaram e acreditam que será muito útil para o ensino. A união entre as perguntas e as casas do tabuleiro que foram numeradas no estilo dos prefixos da nomenclatura oficial das cadeias carbônicas faz com que os discentes pratiquem, aprendam e revisem a química orgânica. Percebeu-se que a interação entre os conteúdos escolares e o divertimento no jogo faz com que o aluno aprenda de forma prazerosa. Além disso, a confecção do produto proporcionou aos discentes que elaboraram o jogo uma aprendizagem significativa e eficiente, visto que tiveram que pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante as aulas, uma vez que foi preciso pesquisar, criar as perguntas e respondê-las, para verificar seu nível de dificuldade e determinar se deveriam ou não ser incluídas no jogo. Outras habilidades também foram desenvolvidas como: criatividade, sistematização das ideias e trabalho em equipe.

Figura 1

Tabuleiro do jogo organogame.

Conclusões

Portanto, com base nos dados citados, acredita-se que muitos estudantes não se sentem atraídos pelas aulas tradicionais, e uma das alternativas para motivá- los é a utilização de jogos lúdicos. Notou-se que o Organogame foi prazeroso e eficiente no processo de aprendizagem dos alunos.

Agradecimentos

Agradecemos a professora mestra Josane do Nascimento Ferreira Cunha que orientou este trabalho e a todos que acreditaram nele.

Referências

LIMA, E.C. ; MARINO, D.G. ; PAVAN, F.M. ; LIMA, A.A.; Arçari, D.P.. Uso de Jogos lúdicos como auxílio para o ensino de Química. Amparo, 2011, 15p.
SILVA, Airton Marques, A Proposta para Tornar o Ensino de Química mais Atraente. Ceará, 2011, 6p.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.

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