ÁGUA FURIOSA: ATIVIDADE EXPERIMENTAL COMO AUXILIO NA APRENDIZAGEM DE EQUILÍBRIO QUÍMICO

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Soares, G.B. (IFTO: CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Sousa, V.M. (IFTO: CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Silva, F.P. (IFTO: CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFTO: CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)

Resumo

A pesquisa buscou através da experimentação uma compreensão mais significativa e abrangente dos processos das transformações químicas do conteúdo de equilíbrio químico, de maneira que aconteça a assimilação desse conhecimento e a sua posterior aplicação no cotidiano. . Ação foi realizada no Colégio Estadual Trajano de Almeida localizado no Município de Caseara-TO, com 20 alunos do 3° ano do Ensino Médio do turno vespertino no mês de junho de 2017 durante total de quatro aulas de 50 minutos cada. De acordo com os resultados obtidos a experimentação, mostrou que houve um impacto positivo no aprendizado dos discentes, que por intermédio de uma avaliação qualitativa, diagnóstica foi possível verificar quais conteúdos tiveram uma melhor assimilação por parte dos estudantes.

Palavras chaves

Água furiosa; aprendizagem; equilíbrio químico

Introdução

O ensino da química deve auxiliar a compreensão das transformações químicas ocorridas no planeta, relacioná-las com informações adquiridas, possibilitando assim a elaboração do conhecimento (ALMEIDA et al, 2007). Sendo a química uma ciência experimental, devem ser elaboradas ações experimentais que desenvolva a aprendizagem dinâmica vinculadas com situações cotidianas para assimilação e compreensão dos conteúdos abordados (SOUSA; BARICCATTI, 2013). As atividades práticas podem ser realizadas com materiais de baixo custo em espaços não formais, pois a utilização de materiais cotidiano do aluno concede uma maior facilidade de entendimento do conteúdo abordado pelo professor (BUENO, 2008). Dentre as muitas possibilidades que um professor de ciências tem ao seu alcance, para prender a atenção dos alunos em sala de aula, as atividades práticas certamente proporcionam um papel significante nesse processo (LABURÚ, 2006). A experimentação não deve ser passada de forma desvinculada da teoria, pois a prática sem o embasamento teórico não teria um caráter propriamente científico, e a teoria sem a prática muitas vezes não permite que o aluno tenha uma assimilação efetiva (LINS et al, 2014). Por esse motivo, deve-se planejar experimentos com os quais é possível estreitar a ligação entre motivação e aprendizagem desenvolvendo a evolução dos conceitos científicos (FRANCISCO et al, 2008). Desta forma, a pesquisa buscou através da experimentação uma compreensão mais significativa e abrangente dos processos das transformações químicas do conteúdo de equilíbrio químico, de maneira que aconteça a assimilação desse conhecimento e a sua posterior aplicação no cotidiano.

Material e métodos

O experimento foi desenvolvido e aplicado durante a exsução do projeto Estreitando laços entre teoria e prática na formação de professores aplicado pelos acadêmicos do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins IFTO Campus Paraíso do Tocantins. A ação foi realizada no Colégio Estadual Trajano de Almeida localizado no Município de Caseara-TO, com 20 alunos do 3° ano do Ensino Médio do turno vespertino no mês de junho de 2017 durante total de quatro aulas de 50 minutos cada. Primeiramente foi realizada uma sondagem por meio de um questionário com perguntas abertas e fechadas para obtenção de informações a respeito da temática Equilíbrio Químico visando buscar na proposta de ensino trabalhada as dificuldades que existem em relação ao conteúdo feita aos alunos para averiguação do conhecimento pré-existente. No segundo momento apos a aplicação do questionário os alunos assitiram uma aula expositiva e vídeos sobre equilíbrio químico. No terceiro os alunos realizaram um experimento intitulado Água furiosa (THENORIO, 2017), onde cada aluno recebeu uma garrafa pet de 600 mL contendo 200 mL de água, 74 gramas de bicarbonato de sódio, 4 ampolas de glicose a 50%, um par de luvas. Os alunos adicionaram o bicarbonato de sódio a água dentro da garrafa pet, aguardaram o final da eferverscência e adicionaram a glicose. Logo em seguida foi adicionado 10 gotas de azul de metileno dentro da garrafa. Os alunos tamparam e agitaram a garrafa e observaram o que acontecia com a cor. Após o experimento, os alunos foram submetidos novamente a um questionário com perguntas referentes ao conteúdo e ao experimento proposto com a finalidade de extrair o quanto foi aprendido, bem como a opinião dos alunos.

Resultado e discussão

Antes do experimento foi aplicada uma avaliação diagnostica com o intuito de obter informações do quanto de conhecimento estes alunos tinham a respeito do conteúdo de Reações reversíveis em etapas, reações de oxido redução, deslocamento de equilíbrio, catalisadores. Para a maioria dos estudantes, estudar equilíbrio químico foi considerado importante. A maioria dos estudantes após realização do experimento considerou satisfatório seu aprendizado sobre equilíbrio químico, com dificuldade média para 70% e fácil para 30%, enquanto antes do experimento apenas 3% dos alunos consideraram fácil aprender esse conceito. A aprendizagem sobre reação química, fatores que alteram a velocidade das reações e o equilíbrio químico tornou-se mais fácil para os alunos após o experimento realizado. As questões relacionadas com aspectos conceituais. apresentaram 70% de acerto após o experimento, contra 45% de acerto antes da aplicação do experimento. Após a aplicação da avaliação diagnostica ficou evidenciado que 70% da turma erraram as questões da avaliação diagnostica. As respostas dos alunos obtidas no segundo questionário após o experimento realizado totalizaram um percentual de 80% de acerto.Silva (2016) encontrou percentual de erros acima de 55% em avaliação diagnostica realizada com alunos no município de Belém-PA. Silva (2013). Francisco Júnior, Ferreira e Hartwing (2008), ao qual afirma que as atividades experimentais estimulam o interesse dos alunos em sala de aula e o engajamento em atividades subsequentes. Dornelles Filho, (1996) e Bagnato, e Marcarassa, (1997), concordam em ser um método importante, pois estimula o aluno, bem como atuam como ferramenta no processo de aprendizagem, pois essas atividades podem facilitar a interpretação do que está sendo estudado.

Experimento em sala de aula

Imagem 01. Experimento em sala de aula sobre equilíbrio químico

Conclusões

De acordo com os resultados obtidos com os questionários aplicados pode- se afirmar que O uso de ferramentas didáticas, como a experimentação, mostrou que houve um impacto positivo no aprendizado dos discentes, que por intermédio de uma avaliação qualitativa, diagnóstica foi possível verificar quais conteúdos tiveram uma melhor assimilação por parte dos estudantes. A atividade experimental deve ser incluída no planejamento dos professores, pois por mais simples que seja uma atividade experimental sempre vai dar um novo horizonte para aprendizagem diferenciada.

Agradecimentos

A DEUS AO IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS

Referências

ALMEIDA, E. C. S. et al. Contextualização do ensino de química: motivando alunos de ensino médio. X Encontro de Extensão. UFPB-PRAC, 2007.

BAGNATO, V.S. e MARCASSA, L.G. Demonstrações da inércia através do bloco suspenso. Revista Bras. Ens. Fís., v.19, n.3, p. 364-366, 1997.

BUENO, L., et al. O Ensino de Química por Meio de Atividades Experimentais: a Realidade do Ensino nas Escolas.Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, 2008.

DORNELLES FILHO, A. A. Uma questão em hidrodinâmica. Cad. Cat. Ens. Fís., v.13, n.1, p. 76-79, 1996

FRANCISCO Jr. W. E.; FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em Sala de Aula de Ciências. Química Nova na Escola. N. 30, p. 34-41, 2008.

LABURÚ, C.E. Fundamentos para um experimento cativante. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 23, n. 3, p. 382-404, 2006.

LABURÚ, C. E. ; BARROS, M. A. & KANBACH, B. G. A relação com o saber profissional do professor de física e o fracasso da implementação de atividades experimentais no ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, v. 12, n. 3, 2007.

LINS, E. A. S.; JESUS, I.E.; SOUSA, G. L.; DURAND, V. C. R. AULA EXPERIMENTAL NO CONTEXTO DO ENSINO DA QUÍMICA: Uma busca para construção do conhecimento cientifico no ensino médio. Disponível em: <http://annq.org/eventos/upload/1330462223.pdf> Acesso em 13 mai. 2017.

SILVA, S.G. As principais dificuldades na aprendizagem de Química na visão dos alunos do ensino médio. IX Congresso de Iniciação Cientifica do IFRN, 2013, 2 p.

SOUSA, S. I. M; BARICCATTI, R. A. Utilização de reagentes do cotidiano no ensino das propriedades coligativas nas práticas de laboratório no ensino de química no ensino médio. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2423-8.pdf>

THENÓRIO I. Água Furiosa. Disponível em:www.manualdomundo.com.br/2013/06/experi mento-de-quimica-da-agua-furiosa/ Acessado no dia: 23/06/2017

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