GRUPO FOCAL VIRTUAL: UMA ESTRATÉGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Bernardes, P.O. (UFU) ; Silveira, H.E. (UFU) ; Carvalho, C.V.M. (UFU) ; Santos, V.F. (UFU)

Resumo

O trabalho aborda como o grupo focal virtual pode ser utilizado como instrumento no processo de aprendizagem no ensino de Química para estudantes da educação básica. Nessa perspectiva, vale ressaltar como o uso da tecnologia da informação vem crescendo e assim, acaba por proporcionar uma maior interação entre as pessoas. Diante dos resultados parciais obtidos na pesquisa torna evidente como os estudantes estão preparados para o mundo tecnólogico e valorizam, acima de tudo, uma didática diferenciada. Portanto, o aprendizado é beneficiado pela atratividade dessa estratégia fazer relação com o cotidiano dos estudantes, proporcionando uma melhora significativa na aprendizagem dos conteúdos de Química.

Palavras chaves

Grupo focal; Estratégia virtual; Ensino de Química

Introdução

construção de veículos de socialização dos conhecimentos químicos e o estudo dos estímulos dos alunos da escola básica de Uberlândia/MG, para a disciplina de Química por meio de redes sociais.

Material e métodos

Essa é uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa cuja coleta de dados foi realizada por meio do grupo focal virtual. Cuenca (2004) refere como vantagens das técnicas dos grupos focais: a viabilidade financeira, a facilidade de compreender os resultados e a possibilidade de transformação a partir dos mesmos. A aplicação da técnica do grupo focal pode se dar também através da internet, pois os estudos qualitativos priorizam as pesquisas executadas no setting natural, ou seja, no próprio ambiente dos sujeitos. Analisando a teoria sobre a técnica do grupo focal, decidimos abordar a pesquisa por etapas, da seguinte forma: em uma primeira etapa, foram selecionadas duas salas do mesmo nível de ensino de uma escola pública da educação básica, em Uberlândia/MG, para formação do grupo focal virtual. A segunda etapa foi a criação do grupo fechado no Facebook, no qual um aluno que demonstrou maior interesse e domínio em redes sociais foi selecionado como monitor, recebendo orientação para convidar os alunos das salas para participarem do grupo. Na terceira etapa, em sala de aula, questionamentos foram feitos com a intenção de despertar o interesse dos alunos e instigar a pesquisa para publicações no grupo e possíveis realizações de discussões. Vencidas essas etapas, a partir das informações obtidas, realizamos o levantamento dos assuntos pesquisados e publicados pelos estudantes no grupo. Os temas abordados na pesquisa foram delimitados, com o intuito de desenvolver o raciocínio sobre a temática envolvida na pesquisa e na sala de aula. Após a conclusão das etapas foi reservado um período para vivência com os alunos sendo verificado o aprendizado dos estudantes com aplicação da prova bimestral.

Resultado e discussão

A pesquisa foi desenvolvida em 2016 com estudantes de duas turmas da 2ª série do Ensino Médio, sendo cada uma composta por 42 alunos. Das respostas explicitadas pelos estudantes participantes, percebe-se que a maioria (70 alunos) acham a criação da página interessante e 15 acham-na fácil de utilizar, o que não é de estranhar, pois a sua interface é muito semelhante à que existe nos perfis pessoais da qual fazem uso. A partir desse questionamento, passamos a discutir a criação do grupo focal. Dando continuidade à pesquisa, organizamos um concurso para escolha do nome, dentro de várias sugestões o escolhido foi “Face Química”, sendo também definido que seria um grupo fechado, pois, precisávamos restringir o número de participantes e garantir a integridade do trabalho. Alguns estudantes produziram o desenho que, posteriormente, foi transformado em imagem do perfil, conforme apresentado na Figura 1. A pesquisa ocorreu com intervenções em sala de aula, na qual foi solicitado aos estudantes que fizessem publicações de algo que despertasse seu interesse pela Química, não sendo delimitado nenhum conteúdo. O tema foi livre para que os estudantes demonstrassem seus conhecimentos prévios, uma vez que já cursavam o Ensino Médio. A partir das publicações foram realizadas discussões virtuais abordando os conhecimentos químicos, procurando-se promover a contextualização das postagens.

Página principal do grupo “Face Química”

Fonte: Imagem retirada do grupo “Face Química”.

Conclusões

A pesquisa parcial sobre o uso das redes sociais (Facebook) como ferramenta de aprendizagem é possível se os professores conseguirem utilizar a tecnologia a seu favor, em busca de um processo de ensino e aprendizagem mais dinâmico e contextualizado. Portanto, o grupo focal virtual torna-se uma estratégia didática diferente e faz relação com o cotidiano de nossos estudantes. Assim, a construção do conhecimento científico torna-se mais atrativo, alcançando o objetivo da pesquisa que é a utilização de redes sociais como instrumento de melhora no ensino de Química.

Agradecimentos

A UFU (Universidade Federal de Uberlândia), ao PPGECM (Programa de Pós- Graduação em Ensino de Ciências e Matemática) e ao NEPEQ (Núcleo de Ensino e de Pesquisa em Edu

Referências

CAPOBIANCO, L. Comunicação e Literacia Digital na Internet – Estudo etnográfico e análise exploratória de dados do Programa de Inclusão Digital Acessa SP – PONLINE. 174 p. 2010. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, USP. São Paulo, SP, 2010.

CUENCA, A. M. B. O uso da Internet por docentes da área de saúde pública no Brasil. 158p. 2004. Tese (Doutorado em Saúde Pública). Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. Universidade de São Paulo, USP. São Paulo, SP, 2004.

LEMOS, A. Cibercultura e Mobilidade: a Era da Conexão. Razón e Palabra, n. 41, p. 1-21, 2004.

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