CONSTRUINDO CONHECIMENTOS SOBRE AS ETAPAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA ATRAVÉS DA FORMULAÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ensino de Química
Autores
Monteiro da Silva, T. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Allene Neves, P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Soares Xavier, N. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Sá Cavalcante, D. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Macolino Souza, T. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; de Oliveira Santana, R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ)
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo utilizar um jogo didático na construção do conhecimento acerca do tratamento de água. Levando em consideração Paulo Freire, que afirma que ensinar não se trata da mera transferência de conhecimento, mas sim da criação de possibilidades para a sua construção. Foi realizado na turma do 2° ano do ensino médio regular da Escola Estadual Jesus de Nazaré, localizada no município de Macapá-AP. Com um total de 24 alunos foi dividida em 5 grupos, onde cada grupo recebeu 15 placas, 5 com as etapas de tratamento, 5 com o objetivo e 5 com o processo, com a finalidade de montar a correlação dessas placas segundo seus conhecimentos . Tendo como resultado que o grupo 1 com 60% dos acertos, o grupo 2 com 50%, o grupo 3 e 4 com 40% e o grupo 5 apenas 10%.
Palavras chaves
Jogo didático; Macapá-AP; Tratamento de água
Introdução
O uso de jogos didáticos em sua maioria é tratado como uma ferramenta facilitadora do ensino-aprendizagem do aluno, assim como a criação de oportunidades para colocar em prática suas experiências adquiridas no seu convívio social no ambiente escolar. Segundo Santana (2008): Os jogos como elementos motivadores e facilitadores do processo de ensino e aprendizagem de conceitos científicos, enfatizando que o objetivo dos jogos não se resume apenas à facilitação da memorização do assunto pelo aluno, mas sim a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e, consequentemente, à (re) construção do seu conhecimento. (SANTANA, pag. 01) No processo de construção o uso do conhecimento deste aluno é extremamente relevante, pois trazer essa experiência propicia o estudante a pensar na forma como a química pode se encontrar no seu cotidiano.Trevisan e Martins (2006) dizem que, usualmente os conteúdos são trabalhados de forma descontextualizada, tornando-se distantes, assépticos e difíceis, não despertando o interesse e a motivação dos alunos. Com isso, o jogo pode trazer essa abordagem do cotidiano desse aluno junto com os conceitos científicos necessários para que unidos possam ajudar no ensino- aprendizagem das disciplinas escolares. Miranda (2002) afirma que, “a utilização de jogos em sala de aula pode trazer benefícios pedagógicos a fenômenos diretamente ligados à aprendizagem: cognição, afeição, socialização, motivação e criatividade”. Portanto, este trabalho teve como objetivo utilizar um jogo didático na construção de conhecimentos acerca do tratamento de água, tendo como foco a visualização da percepção dos alunos sobre as etapas de tratamento de água segundo os seus conhecimentos construídos em sala de aula, na escola e nos demais ambientes.
Material e métodos
O jogo didático foi aplicado em uma turma do 2° ano do ensino médio regular da Escola Estadual Jesus de Nazaré, localizada no município de Macapá-AP. Para a realização da atividade, a turma tinha um quantitativo de 24 alunos foi dividida em 5 grupos para que os alunos pudessem se comunicar e socializar melhor, e tendo ainda como auxílio dois bolsistas do PIBID, assim como o professor supervisor da escola. No primeiro momento foi lido um texto, sobre as técnicas de separação de misturas. Com o propósito de proporcionar ao aluno condições de correlacionar as placas a partir da leitura prévia feita por eles. Cada aluno pôde ler um trecho e fazer comentários sobre o texto. Neste momento temos o aluno sendo problematizado a construir seu próprio conhecimento expondo suas experiências. No segundo momento temos a distribuição das placas de forma aleatória, apenas as etapas de tratamento foram distribuídas para cada grupo na ordem que se encontra na Figura 1. Os alunos foram orientados em correlacionar o objetivo e o processo com a etapa de tratamento. A avaliação se deu no número máximo de acertos que cada grupo conseguia correlacionar, seja o objetivo e/ou processo com a etapa do tratamento.O aluno deveria seguir a ordem: Etapas -Objetivo - Processo. Figura 1 específica o que continha em cada placa.
Resultado e discussão
Na atividade proposta o número máximo de acertos é 10, considerado bastante
satisfatório, pois de acordo com a avaliação feita o número de acertos do grupo 1
foi 60% dos acertos, o grupo 2 foi 50% , o grupo 3 e 4 foram 40% e o grupo 5
apenas 10%. A maioria dos grupos acertou de 4 a 6 placas que continham o
objetivo e o processo, correlacionando-as com as etapas de tratamento de água,
seguindo a ordem expressa no Figura 1. A Figura 2 mostra a correlação feita pelo
grupo 1 que obteve 6 acertos.
O uso do conhecimento dos alunos muita das vezes não é utilizado de forma a
acrescentar na sua formação, mas podemos considerar que os mesmos trazem consigo
experiências que podem ser utilizados no ambiente escolar. Cardoso e Colinvaux
(2000) diz que “o contexto escolar muitas vezes não possibilita uma maior
discussão entre os alunos acerca dos conhecimentos adquiridos, seja por
limitações de tempo ou ainda devido à inadequação de nossos currículos e práticas
pedagógicas”.
Com isso, podemos considerar o uso do conhecimento desse aluno que possibilitará
à construção de suas próprias ideias a respeito do tratamento de água. Tendo como
base a concepção de Paulo Freire (1996) afirma que ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.
O diálogo entre os alunos foi importante para correlacionar as placas
corretamente mostrando que 80% dos grupos sabiam identificar as etapas segundo
seus conhecimentos.
Martha Reis, 2013, p. 72
Arquivo PIBID, 2017
Conclusões
Foi observado que o uso do jogo didático foi utilizado para a construção do conhecimento sobre o tratamento de água, onde ajudou os alunos a construir seus próprios conhecimentos em relação à temática. A atividade lúdica foi usada como auxílio da teoria facilitou o entendimento desse aluno.
Agradecimentos
A Universidade do Estado do Amapá, PIBID e a Escola Estadual Jesus de Nazaré
Referências
CARDOSO, S. P; COLINVAUX, D. Explorando a Motivação para Estudar Química. Química Nova, São Paulo, v.23, n. 2, p. 401-404, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FONSECA, Martha Reis Marques daQuímica / Martha Reis Marques da Fonseca.1. ed. – São Paulo : Ática, 2013.
MIRANDA, S. de. No fascínio do jogo, a alegria de aprender. Ciência hoje. V.28, n. 168. Jan/fev. 2002, p.64-66.
SANTANA, E.M.; REZENDE, D. B. O Uso de Jogos no ensino e aprendizagem de Química: Uma visão dos alunos do 9º ano do ensino fundamental. In: Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ), Curitiba, 2008. Anais, Curitiba- Paraná, 2008.
TREVISAN, T. S.; MARTINS, P. L. O. A Prática Pedagógica do Professor de Química: Possibilidades e Limites. UNIrevista, São Leopoldo, v. 1, n. 2, abril 2006.