Canal Põe no Béquer: Divulgação Científica na área da Química

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Machado, A. (IFFAR) ; Malheiros, L.H.S. (IFFAR) ; Pereira, A.P. (IFFAR) ; Brandl, C.A. (IFFAR) ; Strücker, C. (IFFAR)

Resumo

Divulgação Científica, o mesmo que popularização da ciência são atividades que buscam fazer uma difusão do conhecimento científico para públicos não especializados. É um instrumento para tornar disponíveis conhecimentos e tecnologias que ajudem a melhorar a vida das pessoas e que deem suporte a desenvolvimento econômico e social sustentável, uma em especial seria um papel importante como apoio em atividades escolares. Uma de nossas propostas foi a criação de um material de divulgação científica que trabalhará preferencialmente com a área da Química. Esse material será no formato de canal do youtube já criado no projeto do ano 2016, e que já conta com um público-alvo bem significativo.

Palavras chaves

canal youtube; ensino; divulgação

Introdução

A química faz parte do currículo escolar no ensino básico, e muitas vezes é considerada pelos alunos de grande dificuldade e muito abstrata fazendo com que muitos alunos tenham resistência na aprendizagem, ou não consigam entender um conceito ou ainda relacioná-lo com seu cotidiano. Dessa forma é quase impossível realizar uma aula nos modelos tradicionais utilizando como recursos apenas quadro e giz. Pensando nessas dificuldades e também nas tecnologias da informação e comunicação muitos outros instrumentos podem ser usados para facilitar o entendimento ou até mesmo para promover a ciência. Essas tecnologias devem ser incorporadas no processo de ensino e aprendizagem não como substitutos a outros recursos já existentes, e sim, como “um recurso que permita adicionar novos formatos à informação a qual desejamos que seja convertida em conhecimento por parte do aluno”. Assim, sabendo da grande popularidade da plataforma digital de vídeos youtube pensamos em criar um canal de divulgação científica na área da Química chamado Põe no Béquer, que conta com um aluno bolsista de extensão do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Farroupilha Campus Panambi e mais três alunos voluntários, dois da Licenciatura em Química e um do curso Sistemas para Internet.

Material e métodos

As temáticas dos vídeos eram primeiramente discutidos entre a equipe, sempre tentando pensar em curiosidades ou assuntos que os alunos e a comunidade em geral gostariam de ver retratadas na forma de vídeo. Atualmente já existem cinco vídeos postados no canal Põe no béquer, mas muitos outros já gravados ainda estão em fase de edição, parte essa realizada pelo aluno do curso Sistemas para Internet. Os vídeos foram produzidos com o auxílio de um celular Asus Zenfone 3 e editados em um programa chamado Sony Vegas. Os vídeos apresentam características comuns de vídeos didáticos com legendas e explicações dos experimentos realizados ou das curiosidades apresentadas. Como qualquer outro elemento que vai interagir no processo de aprendizagem, deve ser cuidadosamente selecionado e compatível como conteúdo trabalhado. O uso do vídeo na escola pode trazer um impacto muito maior do que de um livro ou de uma aula expositiva. O aproveitamento de um vídeo pedagógico vai depender do tipo de leitura que dele se deseja fazer. Em uma pesquisa informal realizada com alunos do ensino médio do campus Panambi, os mesmos demonstraram gostar muito da ideia do canal produzido pelos alunos da licenciatura em química. Já sugerem alguns temas que encontram mais dificuldade no entendimento e ficam ansiosos aguardado os próximos temas que serão trabalhados. Dizem que “navegando na internet” conseguem também aprender alguma coisa do conteúdo escolar ou de atualidades e curiosidades da ciência de uma forma mais divertida. Citaram por exemplo como o que mais gostaram, um vídeo onde se falava da importância da produção de hidrogênio, seus usos, características e também a síntese feita no vídeo. Devido a explosão que o hidrogênio causava ao entrar em contato com o oxigênio. (faísca).

Resultado e discussão

O vídeo tem sido usado na educação de diversas formas: para motivar, ilustrar conceitos ou experimentos, ou simular algum processo que não pode ser observado na realidade ou que seja difícil de descrever verbalmente, por isso através de documentários, vídeo-aulas, palestras ele se apoia como ferramenta para auxiliar em processos de aprendizagem. A produção de recursos audiovisuais serve como complemento no ensino de química ou de maneira de sanar curiosidades, mesmo as situações mais abstratas e desprovidas de imagens podem ser apresentadas por meio de algum tipo de estrutura audiovisual. Isso porque a realização dessa atividade traz benefícios tanto para o professor, quanto para o aluno. Pôde-se observar que a dificuldade que os alunos têm em compreender conteúdos de química pode ser minimizada por meio das atividades experimentais, não sendo possível realizar tal experimento, pela falta de infraestrutura adequada para a prática laboratorial presente em muitas escolas, pode-se usar esse recurso para demonstrar determinado conteúdo. Além disso, quando o educador desenvolve algum tipo de prática que fuja do convencional desperta ainda mais a curiosidade dos alunos, com isso os mesmos consequentemente realizarão mais questionamentos com o propósito de sanar suas dúvidas, buscando informações através da Internet. Essa metodologia torna a aprendizagem mais significativa e, portanto, duradoura. Nessa fase do projeto de divulgação científica pensamos também em organizar um jornal informativo, com ilustrações e colaboração de alunos do ensino médio integrado em química que temos em nosso campus. Esse informativo será distribuído nas escolas do município e região fazendo com que o conhecimento possa ser transmitido também através dessa maneira.

Conclusões

Muitas pessoas de nossa sociedade nem sempre sabem que muitas de suas ações no dia a dia envolvem conceitos de ciência, especialmente a Química. Muitos alunos de escolas municipais, estaduais e também do próprio Instituto Federal possuem grandes dificuldades de aprendizagem em muitas áreas da ciência. Acreditamos que os maiores benefícios que nosso projeto tem é na aproximação de pessoas leigas à Ciência e também a ajudar a sanar algumas dúvidas nas temáticas com maior dificuldade entre os alunos, e ainda demonstrar a sua importância em nossa vida.

Agradecimentos

Agradecemos ao Instituto Federal Farroupilha pela bolsa de extensão concedida ao aluno, aos alunos voluntários do projeto e laboratoristas do Campus Panambi.

Referências

COSTA, E. A. A.; GUARIEIRO, L. L. N.; de ANDRADE, J. B.; Avaliação da divulgação científica em Química através de sítios de Instituições Públicas da Bahia e dos INCTs, 34a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, Florianópolis, Brasil, 2011.
GIORDAN, M.; O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, n.10, 1999.
OLIVEIRA, Marta Kohl de, Vygotsky. Aprendizado e desenvolvimento um processo sóocio-histórico. São Paulo: editora Scipione, 1995.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

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