AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS URBANOS LOCALIZADOS NO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ-MA
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ambiental
Autores
Sousa, C.K.S.L. (UEMASUL) ; Silva, C.P.C.S. (UEMASUL) ; Cruz, N.D. (UEMASUL) ; Oliveira, G.R. (UEMASUL) ; Gomes, D.L. (UEMASUL) ; Miranda, R.S.A. (UEMASUL)
Resumo
Os riachos da cidade de Imperatriz-MA têm como agentes poluidores os resíduos sólidos águas pluviais e efluentes sanitários e domésticos. As interferências na qualidade da água foram avaliadas pelas variáveis físico-químicos pH, Potencial Redox (mV), Temperatura, Condutividade, Turbidez, Cloretos, Alcalinidade, Sólidos Totais, e Acidez. Os riachos investigados foram: Riacho Cacau, Riacho Capivara, Riacho do Meio, Riacho Bacuri e Riacho Santa Tereza, afluentes do rio Tocantins, em pontos localizados no perímetro urbano da cidade de Imperatriz- MA Após a avaliação das características físico-químicas utilizou-se método de Báscaran (IQAb) para determinar o Índice de Qualidade da Água(IQA). Os resultados obtidos indicaram que, quanto mais urbanizado o corpo hídrico menor é o IQA.
Palavras chaves
Riachos; interferências; Qualidade
Introdução
Para a determinação de impactos ambientais em ecossistemas aquáticos, o estudo das variáveis físico-químicas e biológicas da água permite determinar a situação real do grau de alteração e/ou perturbação da qualidade da água submetida as mais diversas fontes de poluição (SILVA; JARDIM, 2007). A ausência de mata ciliar, o uso inadequado do solo, o crescimento populacional desordenado, o lançamento de esgoto e as práticas agrícolas como pulverização de pesticidas e aplicação de fertilizantes geram impactos como contaminação por microrganismos patogênicos, alteração da biodiversidade, aporte de matéria orgânica, trazendo como consequências a eutrofização, deposição de resíduos nos sedimentos dos mananciais e disseminação de enfermidades (FELIPE; SUAREZ, 2010; MARTINS; FROEHNER 2008; TERRES; MULLER, 2008).
Material e métodos
O presente estudo tem como universo amostral 5(cinco) riachos em 3 pontos de coleta em cada Riacho, sendo todos os pontos localizados no perímetro urbano da cidade de Imperatriz, MA (Figuras 1). As amostras foram coletadas em garrafas plásticas de 500 ml, previamente lavadas no laboratório, e no próprio local de coleta, foram lavadas três vezes consecutivamente, com água dos corpos hídricos, e preservadas segundo as normas da CETESB (1998). Foram realizadas 4 coletas sendo duas no período não chuvoso e duas no período chuvoso. Após a coleta as amostras de água foram transportadas em recipientes termicamente isolados, sob refrigeração as determinações pH, temperatura, Potencial Redox (ORP) (mV) e oxigênio dissolvido foram feitas in situ, no laboratório foram determinados turbidez, condutividade, alcalinidade, cloretos, sólidos totais e acidez total.
Resultado e discussão
Os resultados encontrados para ORP, nas águas dos corpos hídricos Cacau e Santa
Tereza pontos 1 e 2 no período não chuvoso apresentaram valores negativos, indicando
condições redutoras. Os valores de condutividade para as águas em todos corpos
hídricos estiveram acima da faixa considerada para água de ambiente lótico não
contaminado, entre 6 a 30 µS cm-1 (PALÁEZ-RODRIGUEZ et al., 2000), variando de 251,6
a 20558 µS cm-1. Os valores obtidos para sólidos totais no Riacho Capivara nos
pontos 1 e 2 e Riacho do Meio no ponto 3 ultrapassaram o valor preconizado pela
resolução Conama 357/2005 para corpos hídricos de classe 1, 2 e 3 (500 mg mL-1). A
partir das variáveis analisadas fez-se a média dos resultados e calculou-se o IQA de
Báscaran (Figura 2) observou-se que o Riacho Bacuri manteve-se em uma faixa
aceitável com um leve aumento no IQA no período chuvoso. O Riacho Capivara
apresentou um índice de qualidade da água variando de uma faixa aceitável para
normal, O corpo hídrico investigado que apresentou os melhores IQAs foi o Riacho
variado de bom para excelente esse comportamento pode ser atribuído menos ação
antrópica (urbanização), no perímetro investigado. O Riacho Santa Tereza manteve-se
em um nível impróprio com uma diminuição leve no índice de qualidade de água no
período não chuvoso com exceção do ponto 2. Dos corpos hídricos investigados o
Riacho do Meio foi o que obteve os piores valores para os IQA variado de
desagradável para impróprio (Figura 2), esse comportamento deve está diretamente
ligado as condições dos pontos de coletas que são mais afetados pelos lançamentos de
efluentes domésticos e sanitários em virtude da maior urbanização neste corpo
hídrico, que proporcionam a redução dos valores de IQA.
Conclusões
As variações observadas para as variáveis físico-químicas ao longo do percurso amostrado indicam haver alterações na qualidade da água e essas alterações ocorrem em virtude de ações antrópicas tais como: os despejos de resíduos domésticos e sanitários líquidos, deflúvio superficial urbano, assoreamento, disposição inadequada de resíduos sólidos e erosão do solo. Os resultados obtidos demonstram uma fonte de alteração pontual nos valores do IQAb durante período chuvoso. Os resultados permitiram inferir que quanto mais urbanizado for um corpo hídrico menor o IQA.
Agradecimentos
Á Deus; Ao Prof. Dr. Jorge Diniz de Oliveira; A FAPEMA.
Referências
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental -1988.
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n° 357/05. Estabelece a classificação das águas doces, salobras e salinas do Território Nacional. Brasília, SEMA, 2005.
FELIPE, T. R. A.; SÚAREZ, Y. R. Caracterização e influência dos fatores ambientais nas comunidades de peixes de riachos em duas microbacias urbanas, Alto Rio Paraná. Biota Neotropica, v. 10, n. 2, p. 143-151, 2010.
SILVA, G. S.; JARDIM, W. F. Aplicação do método da carga máxima total diária (CMTD) para a amônia no Rio Atibaia, região de Campinas/Paulínia, SP. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 12, n.2, p. 160-168, 2007.
PALÁEZ-RODRIGUEZ, M.; PERET, A.; MTSUMURA-TUNDIS, T.; ROCHA, O. Análise da qualidade da água e aplicação do índice de proteção da vida aquática (IVA) em duas sub-bacias da bacia hidrográfica do rio Jacré-Guaçu.In: ESPÍNDOLA, E. L. G.