Avaliação do aprendizado do tema transversal meio ambiente na escola Centro Educacional Antônio Ribeiro da Silva do Município de São Luís, Ma.
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Ambiental
Autores
Nunes Macedo, J. (IFMA) ; de Jesus Silva Mendonça, C. (UFMA) ; Costa Louzeiro, H. (UFMA) ; Maria Leite de Sousa, E. (IFMA) ; Moizinho Oliverira, M. (IFMA)
Resumo
Este trabalho visa avaliar a abordagem da Temática transversal “Meio Ambiente” em uma escola de ensino Básico de São Luís, Maranhão. Para tanto aplicou-se um questionário que abordasse Temáticas Ambientais. Fizeram-se discussões de que maneira esse tema tem sido trabalhado na escola. O estudo teve a participação de 77 alunos, distribuídos entre as series 1°, 2° e 3° anos, do Centro de Ensino Antônio Ribeiro da Silva. utilizou-se o programa Excel 2013, para organizar os dados . Com base nos resultados, constatou-se que a Temática Ambiental (Resíduos Sólidos), é trabalhado na escola distante do proposto pelo MEC, de forma interdisciplinar. Verificou-se ainda que os alunos desconhecem conceitos simples ambientais.
Palavras chaves
Meio Ambiente; Escola; Interdisciplinar
Introdução
A revolução industrial foi de suma importância para o desenvolvimento de novas tecnologias que suprissem as novas necessidades vigentes. No entanto, o homem, demasiadamente, explorou os recursos da natureza, não levando em consideração o tempo de renovação de seus recursos, alterando aspectos físicos e biológicos da natureza. (EFFTING, 2007). Em virtude dessa exploração indiscriminada, vários problemas ambientais (PA) emergiram e passaram a ser discutidos em esfera global, tais como mudanças climáticas, desmatamento, poluição das águas, uso de agrotóxicos e etc., (CÓRDULA, 2012). A educação ambiental (EA) é vista como a solução para as diversas questões ambientais as quais o homem está envolvido. Em virtude disso, faz-se necessário a inserção da EA nas escolas, assumindo as crianças como futuras consumidoras conscientes, utilizando suas estruturas cognitivas para assimilar e refletir sobre as temáticas ambientais (CARVALHO, 2001, p.46; SANTOS, 2007). No Brasil, o Ministério da educação (MEC), em 2012, torna obrigatório a inserção nos currículos escolares da EA. Desde então, parâmetros foram sendo desenvolvidos e discutidos para que a EA fosse trabalhada no ensino infantil, fundamental, médio, superior, estendendo-se a educação especial, quilombola e indígena (FIGUEIRÔ, 2015; DE AZEVEDO, 2007). Este trabalho traz um diagnóstico crítico-quantitativo sobre o conhecimento de alunos do ensino médio da escola Centro de Ensino Antônio Ribeiro da Silva, situada na cidade de São Luís, Maranhão a cerca de temáticas ambientais.
Material e métodos
Pode-se classificar essa pesquisa como sendo exploratória com abordagem baseada na análise qualitativa das respostas obtidas no questionário, entendida como sendo um conjunto de técnicas interpretativas que visam descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados, tendo como objetivo traduzir e expressar o sentido dos fenômenos sociais, buscando reduzir a distância do indicador e o indicado, teoria e dados, contexto e teoria (MAANEM, p.520, 1979). Para a coleta de dados foi utilizado como ferramenta um questionário, composto por doze questões, sendo uma questão aberta, seis questões dicotômica e cinco questões de múltipla escolha. As técnicas utilizadas na análise e interpretação dos dados foram Figuras elaboradas com auxílio do programa Excel, que facilitou compreender e estruturar os dados observados, para então serem discutidos contexto dos parâmetros curriculares nacionais (PCN’s).
Resultado e discussão
O percentual de 76%, dos participantes, respondera que compreendem o que
seria meio ambiente. Sendo que, 24% dos participantes não souberam formular
conceito algum do que seria meio ambiente.
As respostas dos participantes, de modo geral, depois de interpretadas e
sintetizadas foram: “preservação”, “lugar onde tem vida”, “poluição”, “meio
rural, urbano, natureza”, “lugar onde tem plantas”, “lugar onde tem animais
e árvores”, “é a natureza”, “lugar onde tenha vida humana ou não humana”,
“destruição”, “contaminação”, “é o meio ao nosso redor”. Essas são algumas
das expressões que retratam o que seria o meio ambiente para cada
participante, verificou-se que a maioria entende se tratar de preservação.
Quando questionados sobre quais ou quais problemas os participantes observam
na comunidade em que vivem, a maioria respondeu que há lixo jogado na rua
(F), (39,31%); observaram também outras situações prejudiciais, como o
desperdício de água por meio de lavagem de carros, calçadas, etc. (D),
(28,90%), há o aumento da temperatura ambiental, (E), (10,40%), ocorre a
contaminação de lençóis freáticos por meio de lixões clandestinos (A),
(9,83%), e queimadas (B), (6,94%) e desmatamentos (C), (4,62%).A
aprendizagem deve ser sinônima de mudança e essa mudança, deve não apenas
ser sentida no rendimento dos alunos dentro de um contexto avaliativo, deve
ser reflexo também na mudança reflexiva da comunidade, a comunidade deve
adentrar na escola, não apenas nos finais de semanas, para participar de
atividades integradoras, como futebol, oficinas de aprendizagens manuais,
como, confecção de bordados, bijuterias etc., deve ser ouvida, considerar
suas necessidades, educá-los, de forma que sejam capazes de tomar decisões
porcentagens dos alunos que dizem conhecer e os que desconhecem o que seria meio ambiente
porcentagens dos problemas ambientais que os alunos observam na comunidade
Conclusões
Ao final da pesquisa conclui-se que os alunos tem pouco ou nenhum conhecimento a cerca das temáticas ambientais investigadas, no entanto, tentam responder com palavras isoladas o significado de algumas destas. verificou-se também que o ensino das temáticas ambientais contempla apenas algumas disciplinas, como geografia e biologia, isto em eventos específicos como feiras, semana do meio ambiente.
Agradecimentos
à UFMA. Ao centro de Ensino Antonio Ribeiro da Silva.
Referências
CÓRDULA, E.B.L. & NASCIMENTO, G.C.C.. A Hermenêutica da Educação Ambiental e o Paradoxo da Sustentabilidade. Revista Eletrónica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, REGET/UFSM, Vol. 8, nº8, 2012. Disponívelem:http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/6670/pdf, Acessado em: 18 mai.2017.
DE AZEVEDO, M.A.R.; DE ANDRADE, M.F.R.; O conhecimento em sala de aula: A organização do ensino numa perspectiva interdisciplinar. Euc.rev. n.30, Curitiba, 2007.
EFFTING, T. R. Educação Ambiental nas Escolas Públicas: Realidade e Desafios. Marechal Cândido Rondon, 2007. Monografia (Pós Graduação em “Latu Sensu” Planejamento Para o Desenvolvimento Sustentável) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Marechal Cândido Rondon, 2007.
Ministério da Educação e Cultura (MEC), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Relatório do Levantamento Nacional de Projetos de Educação Ambiental, I Conferência Nacional de Projetos de Educação Ambiental, Brasília, 1997.
SANTOS, H. M. N.; FEHR, M. Educação Ambiental por meio da compostagem de resíduos sólidos orgânicos em escolas públicas de Araguari-MG. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 8, n. 24, p.163-183, 2007.