Detecção de microcontaminantes inorgânicos em amostras ambientais utilizando Fluorescência de Raios – X por Reflexão Total (TXRF)

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Química Analítica

Autores

Sportelle, N.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP)) ; Corrrêa, J.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP)) ; Afonso, R.J.C.F. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP))

Resumo

Pesquisas e relatórios ambientais revelam a contaminação do meio aquático por microcontaminantes inorgânicos. Existe uma preocupação sobre os efeitos destes elementos no meio ambiente. Nesta pesquisa foram identificados e quantificados microcontaminantes inorgânicos em amostras ambientais utilizando fluorescência de raios – X por reflexão total (TXRF). Os elementos investigados foram: arsênio, bário, bromo, cálcio, chumbo, cobre, cromo, estrôncio, ferro, manganês, níquel, potássio, titânio e zinco. Apenas As, Ba e Pb não foram detectados em nenhuma das 15 amostras de água da Bacia do Rio Paraopeba.

Palavras chaves

Elementos inorgânicos; TXRF; Amostra ambiental

Introdução

A crescente preocupação com os recursos hídricos e os metais geram questionamentos sobre a contaminação dos mesmos nas águas visto que alguns destes, principalmente os metais pesados podem ser poluentes perigosos para os sistemas aquáticos. Metais estão presentes nas águas naturalmente e também por ação antrópica, porém é de suma importância a preocupação com os níveis em que estes são encontrados na natureza já que em níveis elevados estes podem gerar vários tipos de desequilíbrios no ecossistema. Este projeto estudou a contaminação causada pelos metais na bacia do Paraopeba por meio da espectroscopia por fluorescência de raios X (TXRF). Este método se mostra altamente eficiente na detecção e quantificação das espécies químicas tornando o objetivo do trabalho de quantificar e avaliar as condições da bacia com relação aos metais possível. O rio Paraopeba beneficia muitas populações que vivem à sua margem, além de ocupar uma área considerável do estado de Minas Gerais, sendo assim de suma importância o cuidado e a preservação deste rio. A legislação utilizada para comparar os níveis de metais encontrados no rio com os encontrados nas análises realizadas nas áreas de amostragem (BPs) foi a Deliberação Normativa conjunta COPAM/CERH-MG 01/2008.

Material e métodos

A limpeza adequada das placas de quartzo é uma das etapas mais importantes no preparo das amostras para análises de elementos inorgânicos. Todo material é limpo inicialmente com acetona P.A., Extran 12,5% v/v , ácido nítrico 10% v/v e seco na estufa a 60°C. 1mL e adicionou-se 5 µL de gálio e 5 µL de ítrio que foram utilizados como padrão interno onde a concentração final foi de 454,54 µg/L. Esta solução foi agitada com auxílio de um vórtex. Em uma capela de fluxo laminar, pipetou-se 20 µL de uma solução de tolueno/graxa no centro da placa de quartzo, após a secagem foram pipetados 10 µL da amostra dopada e aguardou- se a secagem completa. Após a secagem das placas foram feitas as leituras no equipamento S2 Picofox TXRF (Bruker).

Resultado e discussão

Nota-se que os metais mais encontrados na bacia do Paraopeba são Ca e K, comparado com os outros metais. Nenhum metal analisado é encontrado acima dos níveis máximos permitidos pela Deliberação Normativa conjunta COPAM/CERH-MG 01/2008 que estabelece os limites para metais em águas de classes 1, 2 e 3 (e é a legislação usada para este trabalho).

Tabela 1

Concentrações dos elementos inorgânicos encontrados nas respectivas estações de coleta.

Figura 1

Distribuição dos elementos inorgânicos por concentrações (µg/L) em cada estação de coleta.

Conclusões

A preocupação ambiental com a questão da presença de metais no rio Paraopeba se mostra fundamental para a preservação do rio e o melhor uso dos seus recursos, sendo que a análise dos compostos inorgânicos por meio da espectroscopia por fluorescência de raios X (TXRF) é um método bastante eficiente. É importante notar também que os metais analisados se encontraram em níveis abaixo do máximo permitido em suas estações de amostragem.

Agradecimentos

Os autores agradecem à FAPEMIG, CAPES, CNPq, FINEP, UFOP.

Referências

Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de 05 de Maio de 2008; Diário executivo de Minas Gerais em 13/05/2008. Disponível em <http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=8151>. Acesso em 09 de Agosto de 2017.
ZARAZUA, G. Analysis of total and dissolved heavy metals in surface water of a Mexican polluted river by total reflection X-ray fluorescence spectrometry. 2006. Elsevier. Disponível em <http://scihub.cc/http:/www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0584854706001789>. Acesso em 09 de Agosto de 2017.
FICARIS, M; MOREIRA, S; Análise de Metais Pesados em Águas Subterrâneas Empregando a Fluorescência de Raios X por Reflexão Total com Radiação Síncotron (SR-TXRF). Disponível em <https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/viewFile/23308/15401>. Acesso em 09 de Agosto de 2017.

Patrocinadores

Capes CNPQ Renner CRQ-V CFQ FAPERGS ADDITIVA SINDIQUIM LF EDITORIAL PERKIN ELMER PRÓ-ANÁLISE AGILENT NETZSCH FLORYBAL PROAMB WATERS UFRGS

Apoio

UNISC ULBRA UPF Instituto Federal Sul Rio Grandense Universidade FEEVALE PUC Universidade Federal de Pelotas UFPEL UFRGS SENAI TANAC FELLINI TURISMO Convention Visitors Bureau

Realização

ABQ ABQ Regional Rio Grande do Sul