TEOR DE METAIS EM ALFACE (Lactuca Sativa L.) CULTIVADAS EM SISTEMA CONVENCIONAL EM PARAÍSO DO TOCANTINS
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Química Analítica
Autores
Almeida, J.A. (IFT0 CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFT0 CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Silva, F.P. (IFT0 CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Soares, G.B. (IFT0 CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)
Resumo
As hortaliças constituem um grande grupo de plantas alimentares da baixa acidez, alto teor de umidade e perecibilidade que fornecem vitaminas e sais minerais para o desenvolvimento e regulação orgânica do corpo humano. O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de cobre, ferro e zinco na alface produzida e comercializada no sistema de cultivo convencional na Cidade de Paraíso do Tocantins. Os procedimentos metodológicos para determinação dos metais seguiram a metodologia utilizada no Instituto Adolf Luzt. A Resolução RDC nº 42, determina limites de arsênio, cobre, estanho, chumbo, cádmio e mercúrio separados por grupos de alimentos não mencionado limites para o ferro e zinco. As alfaces produzidas nesta cidade apresentam concentrações inferiores ao preconizado na legislação.
Palavras chaves
Alface; metais; espectofotometria
Introdução
As hortaliças constituem um grande grupo de plantas alimentares da baixa acidez, alto teor de umidade e perecibilidade que fornecem vitaminas e sais minerais para o desenvolvimento e regulação orgânica do corpo humano (TRANI, 2001; CENTEC, 2004; ALMEIDA, 2006; ABOUGRAIN, 2010). A alface (Lactuca sativa) é uma hortaliça de grande consumo utilizada na composição de diversas preparações, cultivada em todas as épocas do ano sendo sua comercialização realizada desde feiras livres até os grandes centros comerciais assegurando uma expressiva importância social e econômica (KROHN et al., 2003; PÔRTO, 2006; PÔRTO, et al., 2008). A alface apresenta na sua constituição elementos e nutrientes como: potássio, fósforo, cálcio, sódio, magnésio, manganês, zinco, alumínio, ferro, flúor e cobre, bem como traços de selênio (ABOUGRAIN, 2010; ALMEIDA, 2006). A deficiência de cobre (Cu) provoca anemia, leucopenia, hiperuricemia e retardo no crescimento; sua toxicidade provoca diarreia, náusea, vômitos, cirrose, anemia e bronquite. A deficiência de zinco (Zn) provoca náusea, vômitos, cefaleia (GONÇALVES, 2006; SANTOS; 2009). A alface é bastante sensível à presença de metais pesados no solo (SANTOS; CASALI; MIRANDA, 1998). A avaliação dos níveis de contaminação da alface com metais pesados se torna um indicador importante para avaliar os riscos de aproveitamento de compostos de lixo no cultivo de hortaliças (MANTOVANI et al., 2003). O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de cobre, ferro e zinco na alface produzida e comercializada no sistema de cultivo convencional na Cidade de Paraíso do Tocantins.
Material e métodos
As amostras de alface da espécie (Lactuca Sativa L.) foram coletadas mensalmente em três (03) hortas localizadas na cidade de Paraíso do Tocantins, entre os meses de fevereiro a junho de 2017, em frasco plásticos previamente higienizados e caixas térmicas. As amostras para as análises foram transportadas ao Laboratório de Alimentos do IFTO Campus Paraíso do Tocantins para realização das análises espectrofotométricas. Para a determinação do teor total dos metais Ferro, Cobre e Zinco, as amostras foram previamente calcinadas em forno mufla a 500 °C por um período de seis horas. As cinzas foram submetidas à digestão ácida com ácido nítrico concentrado. Os procedimentos metodológicos para determinação dos metais seguiram a metodologia utilizada no Instituto Adolf Luzt (IAL, 2008). Os metais foram quantificados utilizando a técnica de Espectrofotometria de Absorção Atômica no UV-VIS. Os resultados obtidos foram comparados com os limites estabelecidos na Resolução RDC nº 42, de 29 de agosto de 2013 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
Resultado e discussão
A tabela 01 informa os valores dos metais encontrados nas alfaces analisadas nas
hortas da Cidade de Paraíso do Tocantins – TO durante os meses de fevereiro a junho
de 2017. O gráfico 01 - demostram os resultados do teor de minerais nas alfaces
encontrados nas hortas analisadas. A Resolução RDC nº 42, de 29 de agosto de 2013
determina limites de arsênio, cobre, estanho, chumbo, cádmio e mercúrio separados
por grupos de alimentos não mencionado limites para o ferro e zinco. O limite
estabelecido para o cobre nas hortaliças é de 10 mg/Kg . Considerando esse limite,
todas as amostras apresentaram teores de cobre inferiores ao previsto na legislação
brasileira. Cardoso (2007), encontrou valores 0,74 a 0,81mg/100g de cobre; 5,67 a
6,46 mg/Kg de zinco e 8,85 a 12, 54 mg/Kg de ferro em alfaces coletadas no comércio
da Cidade de Umuarama-PR. Estudos realizado por Gonçalves et. al.(2016) encontrou
teor de ferro variando de 160,96 a 524,27 mg/ kg, de cobre entre 25,09 a 45,69 mg/kg
e de zinco com valores que apresentaram teores de 14,70 a 117,03 mg/kg no cultivo
convencional. Kabata Pendias et al. (2011), considera teores excessivos de
micronutrientes tóxicos para as plantas concentrações de 60 a 125 mg/kg para o
Cobre, 1.500 a 3.000 mg/kg para o Manganês e 70 – 400 mg/kg para o Zinco. Neste
estudo, nenhuma amostra apresentou teores superiores dos limites estabelecidos acima
não constituindo perigo de toxicidade para a planta.
Tabela 01 - Concentração dos metais em mg/Kg coletadas nas hortas da cidade de Paraíso do Tocantins-TO
Gráfico 01 - Resultado do teor de minerais nas alfaces
Conclusões
As alfaces produzidas e comercializadas pelas hortas na Cidade de Paraíso do Tocantins apresentam concentrações inferiores ao preconizado na legislação e literatura, não constituindo perigo de toxidade para as plantas e seus consumidores.
Agradecimentos
A Deus Ao IFTO Campus Paraíso do Tocantins
Referências
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