Método alternativo para a produção do reativo de Tollens

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

FEPROQUIM - Feira de Projetos de Química

Autores

Queiroz, N.F.S. (COLÉGIO OBJETIVO ARUJÁ) ; Guerra, C.R. (COLÉGIO OBJETIVO ARUJÁ) ; Casimiro, P.F.A. (COLÉGIO OBJETIVO ARUJÁ) ; Domingues, C.A.P. (COLÉGIO OBJETIVO ARUJÁ) ; dos Santos, G.I. (COLÉGIO OBJETIVO ARUJÁ) ; Kazanji, L.D.S. (COLÉGIO OBJETIVO ARUJÁ)

Resumo

O reativo de Tollens é um complexo de íons de prata (diamin prata - [Ag(NH3)2]OH) obtido através da mistura de nitrato de prata (AgNO3), hidróxido de sódio (NaOH) e hidróxido de amônio (NH4OH). Esse complexo detecta açúcares redutores através de reação redox, sendo, portanto um reagente analítico. O presente trabalho se propõe a apresentar uma alternativa para a obtenção do reativo de Tollens, utilizando substâncias do cotidiano - estalinho de salão (biribinha) e amoníaco.

Palavras chaves

Tollens; Espelho; Biribinha

Introdução

Tollens (1841 - 1918) trabalhava na química orgânica especialmente com carboidratos, em 1882, desenvolve um método simples de diferenciação dos açúcares redutores (PELA OXIDAÇÃO DE ALDEIDOS). Assim, Tollens usa a prata para identificar a realização desta reação, observando a formação de depósito de espelho de prata no frasco onde a reação acontece, para isso preparou um composto de íons prata (diamin prata) obtido pela mistura de nitrato de prata amoniacal. Por conta do alto custo e da dificuldade de acesso do nitrato de prata, desenvolvemos um método alternativo (onde se utiliza os mesmos reagentes). O nitrato de prata foi obtido a partir de estalinhos de salão (biribinha), facilitando o acesso para a produção do reativo de Tollens.

Material e métodos

MATERIAIS: Estalinho de salão ; Tubo de ensaio ; Bico de Bunsen ; Espátula ; Água destilada ; Amoníaco comercial ; Hidróxido de sódio 1mol.L-1 ; Glicose ; Béquer ; Bastão de vidro. MÉTODOS: Dissolvemos o conteúdo de cinco caixas de estalinhos de salão em 120 ml de água deionizada. Em seguida, filtramos a mistura recolhendo a fase aquosa. Em um tubo de ensaio, acrescentamos 5 ml da solução filtrada, 5 gotas de hidróxido de sódio e 5 ml de amoníaco comercial. Em seguida, adicionamos 5 ml de solução aquosa de glicose ao tubo e aquecemos a mistura (PROCEDIMENTO 1). Após, aumentamos gradativamente a concentração de nitrato de prata na solução formada, pela dissolução de cinco em cinco caixas e repetimos o PROCEDIMENTO 1.

Resultado e discussão

No PROCEDIMENTO 1, observamos a alteração da coloração após o aquecimento. Isso indica que a reação de oxirredução ocorreu, no entanto não houve deposito no tubo (IMAGEM 1). O resultado pode ser explicado em função da baixa concentração de nitrato de prata presente nos estalinhos. A fim de melhor a resolução e obter o espelho de prata, aumentamos a concentração pela adição, gradativa, de cinco em cinco caixas de biribinha. A partir de 40 obtivemos o resultado desejado (IMAGEM 2). O reativo de Tollens é um complexo de íons de prata (diamin prata - [Ag(NH3)2]OH) utilizado para detectar açúcares redutores através de reação redox, sendo portanto, um reagente analítico.

IMAGEM 1

Resultado obtido a partir de 5 caixas de "biribinhas"

IMAGEM 2

Resultado obtido a partir de 40 caixas de "biribinhas"

Conclusões

O experimento "espelho de prata" está presente nos cursos de química tanto de nível médio quanto de nível superior. Produzi-lo a partir de produtos comerciais se mostra benéfico, pois garante acessibilidade na produção do reagente de Tollens. Assim, o trabalho proposto permite reproduzir o método tradicional de um jeito funcional.

Agradecimentos

Agradecemos ao Colégio Objetivo pela oportunidade da realização do experimento e por exercitar nossa criatividade.

Referências

Jesus, Honeiro Countinho De, 1963- J58S. Show de química: aprendendo química de forma lúdica e experimental / Honeiro Countinho De Jesus.- 2.ed.- Vitória: GSA, 2013. PINTO, G; MARTINS, M; HERNANDEZ, J.M; MARTIN, M.T. EL REACTIVO DE TOLLENS: de la identificación de aldehídos a su uso en nanotecnología. Aspectos históricos y aplicaciones didáctica. An Quím. 111 (3). 2015, 173-180. Disponível em <http://analesdequimica.es/index.php/AnalesQuimica/article/viewFile/751/944>

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