Extratos de flores da Unxia kubitzkii H. ROB. (botão de ouro) como inibidor de corrosão para aço carbono

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Iniciação Científica

Autores

Venancio Ruas, L. (IFRJ) ; Leal de Castro, D. (IFRJ) ; Pressentin Cardoso, S. (IFRJ) ; Almeida da Silva, A. (IFRJ) ; Karen Silva Alencar, G. (IFRJ) ; Mendonça Bruno, L. (IFRJ)

Resumo

Nos últimos anos extratos de produtos naturais passaram a ser testados como potenciais matérias ativas na formulação de inibidores de corrosão, visando uma melhora eficiência na proteção das peças metálicas contra a corrosão, aliando em alta eficiência, baixo custo e redução de danos ambientais. Nessa pesquisa foram testados os extratos etanólico e aquoso das flores do botão de ouro (Unxia kubitzkii H. ROB.), na proteção do aço carbono P110 na presença de HCl 1 mol.L-1. Os extratos apresentaram bons resultados, com o extrato aquoso possuindo melhor desempenho, com uma eficiência de até 93,35%, enquanto o extrato alcoólico apresentou eficiência de até 85,45%.

Palavras chaves

unxia kubitzkii; inibidor de corrosão; produtos naturais

Introdução

O uso dos inibidores é essencial para preservar e aumentar a vida útil das estruturas metálica que sofrem severo processo corrosivo ao entrar em contato com o meio ácido. A literatura apresenta relatos de extratos de plantas que apresentaram elevada eficiência contra a corrosão, sendo testados, por exemplo, extratos do chá branco, berinjela, laranja, cafeína, nicotina, pimenta preta e camomila. A vantagem de se usar inibidores de corrosão está no fato de que podem ser empregados em diversos meios corrosivos, normalmente em pequena concentração, sendo de fácil aplicação e fácil retirada do sistema. Muitos inibidores possuem em sua composição substâncias tóxicas ao meio ambiente, o que levou a procura por produtos naturais visnado diminuir os impactos ambientais. Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o uso dos extratos das flores do botão de ouro (Unxia kubitzkii H.ROB.) como potenciais matéria ativas na formulação de inibidor de corrosão para aço carbono em meio ácido. A Unxia kubitzkii H.ROB. foi escolhida por ser uma planta nativa do Brasil, com crescimento rápido e de florescimento decorativo. Em pesquisa anterior testamos extratos de suas folhas, que apresentaram bons resultados, de modo que consideramos necessário continuar a pesquisa avaliando os extratos de suas flores.

Material e métodos

Os extratos aquoso e etanólico foram preparados a partir do uso 2g de flores secas e 100 mL de solvente (água destilada e etanol PA), colocados em refluxo por 2 h. A eficiência dos extratos foi calculada a partir das taxas de corrosão (mm/ano), obtidas através de ensaios de perda de massa realizados a 25°C e com duração de 2 h, com uso de corpos de prova de aço carbono P110 na presença de HCl 1 mol.L-1. Os extratos foram testados nas concentrações de 5%, 15% e 30% (v/v), visando obter a concentração ideal para a inibição, aliando baixo custo e alta eficiência.

Resultado e discussão

Os extratos aquoso e etanólico foram preparados a partir do uso 2g de flores secas e 100 mL de solvente (água destilada e etanol PA), colocados em refluxo por 2 h. A eficiência dos extratos foi calculada a partir das taxas de corrosão (mm/ano), obtidas através de ensaios de perda de massa realizados a 25°C e com duração de 2 h, com uso de corpos de prova de aço carbono P110 na presença de HCl 1 mol.L-1. Os extratos foram testados nas concentrações de 5%, 15% e 30% (v/v), visando obter a concentração ideal para a inibição, aliando baixo custo e alta eficiência.

Unxia kubitiskii



Conclusões

Os extratos aquoso e alcoólico das folhas do botão de ouro apresentaram boa eficiência, acarretando considerável redução no processo corrosivo do aço carbono, mostrando-se, a princípio, como bons inibidores verdes. Torna-se importante dar continuidade ao projeto, realizando ensaios eletroquímicos para se obter informações quanto ao filme protetor formado, e melhor avaliar o processo de inibição.

Agradecimentos

Agradecimentos ao Instituto Federal do Rio de Janeiro pelos laboratórios e a CNPq ao apoio financeiro.

Referências

ALENCAR, M. F. et al. Extratos de plantas da Caatinga como inibidor de corrosão. 5o CongreSso Norte-Nordeste de Química. Natal, 2013.
BREGMAN, J.I., Corrosion Inhibitor. 2a Ed., New York, The Macmillan Company, 1963.
GENTIN, V., Corrosão. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC-Livros Técnicos e Científicos S.A., 1996.
RAJA, P.B.;SETHURAMAN, M.G. Natural products as corrosion for metals in corrosive media – A review.Material Letters, 62, 113-116, 2008.
SILVA, P. F. Introdução à corrosão e proteção das superfícies metálica. Imprensa Universitária da UFMG, Belo Horizonte, 1981.

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