PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DAS FLORES DE Unxia kubitzkii H.ROB EM EXTRATO AQUOSO
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Iniciação Científica
Autores
Almeida, A. (IFRJ) ; Leal, D. (IFRJ) ; Venancio, L. (IFRJ) ; Mendonça, L. (IFRJ) ; Alencar, G. (IFRJ)
Resumo
A prospecção fitoquímica das flores de Unxia kubitzkii em extrato aquoso permite uma identificação dos metabólitos secundários presentes na planta baseados em testes qualitativos. Essas substâncias além de garantirem o sistema de defesa das plantas, também são responsáveis pelas propriedades medicinais nos seres humanos. Com base nos dados obtidos no presente trabalho e os resultados obtidos no trabalho realizado anteriormente, que apresentou os resultados da prospecção fitoquímica nas folhas do mesmo vegetal, foi possível realizar uma comparação e obter um melhor detalhamento da presença dos metabólitos hidrossolúveis na Unxia kubitzkii.
Palavras chaves
Prospecção fitoquímica ; extrato aquoso; unxia kubtzkii
Introdução
Os produtos naturais estão se tornando cada vez mais alvo de pesquisas científicas com o intuito de se descobrir propriedades farmacológicas e medicinais. Uma grande variedade de plantas vem sendo utilizada como matéria-prima na síntese de diversas substâncias bioativas. A pesquisa fitoquímica é importante principalmente quando não são dispostos todos os estudos químicos com espécies de interesse popular, tendo como objetivo conhecer os compostos químicos das espécies vegetais e avaliar sua presença nos mesmos, identificando grupos de metabólitos secundários relevantes. (Simões, 2004). A composição química de um extrato pode ser conhecida através de testes químicos qualitativos rápidos e de baixo custo, desta forma, podem-se sugerir as possíveis classes de metabólitos secundários de interesse. (Mattos, 1997) A Unxia kubitzkii, conhecida popularmente como botão-de-outo, pertence à família Astareaceae, Esta família é a segunda mais numerosa entre as angiospermas, possuindo cerca de 166 gêneros e 23.000 espécies. É uma florífera perene, herbácea prostrada, ramificada, que possui cerca de 30 a 50 centímetros. Possui folhas simples, com margem serreadas, um pouco ásperas e de coloração verde amarelada. As inflorescências são do tipo capítulo, solitárias, pequenas, axilares, com corola e centro de coloração amarelo-ouro. É uma planta nativa do Brasil e sua floração de estende durante todo o ano, sendo mais abundante na primavera e no verão. É encontrada em regiões de clima quente, e é uma planta bastante duradoura, pois é muito resistente à pragas e doenças.
Material e métodos
Foram utilizados 2g de flores de Unxia kubitzkii e 100 ml de água para o preparo do extrato. Foi feito uma extração à quente em seguida foram feitas 9 análises para a identificação das seguintes substâncias: heterosídeos cianogênicos, heterosídeos antociânicos, saponinas, gomas, mucilagens, taninos, catequinas, taninos pirocatéquicos, taninos pirogálicos e ácidos voláteis. As análises foram baseadas na metodologia adaptada de COSTA (2001).
Resultado e discussão
O solvente escolhido para uma extração tem papel fundamental nos resultados
que se espera, pois ele garante uma seletividade. Sendo assim, as
substâncias analisadas em extrato aquoso são polares e por isso conseguem
ser extraídas com água.
Os resultados obtidos na análise das flores foram comparados com o trabalho
realizado anteriormente intitulado de Prospecção fitoquímica das folhas de
Unxia kubitzkii. Foi perceptível que os Taninos pirogálicos estão ausentes
tanto nas flores como nas folhas do botão-de ouro. As catequinas, que obteve
resultado positivo nas folhas, não estavam presentes nas flores.
Resultado das análises realizadas no extrato aquoso das flores de Unxia kubitzkii
Conclusões
Após a realização dos testes qualitativos para identificar os metabólitos secundários presentes nas flores de Unxia kubitzkii, foi possível realizar uma comparação com os resultados obtidos na prospecção fitoquímica das folhas de Unxia kubtzkii. Desse modo pode-se obter um detalhamento maior da presença de heterosídeos, saponinas, gomas, mucilagens, Taninos, Catequinas e ácidos voláteis no botão-de-ouro. Deve-se ressaltar a importância da realização de uma análise quantitativa para enfim atribuir um possível potencial medicinal à planta Unxia kubitzkii.
Agradecimentos
Agradece-se ao IFRJ pela disponibilização de local para a realização da pesquisa e a CNPq por disponibilizar apoio financeiro
Referências
SIMÕES,C.M.O. et al.; Farmacognosia da Planta ao medicamento. Florianópolis, UFSC, UFRGS, 2007.
Matos FJ. Introdução à fitoquímica experimental. 2.ed. Fortaleza: Edições UFC; 1997.
SILVA, A; LEAL, D.;ALECAR, G.;VENANCIO, L; prospecção fitoquímica das flores de Unxia kubitzkii H.ROB em extrato aquoso. Apresentação na 56º CBQ- Belém.
Estudo fitoquímico. Núcleo de estudos e pesquisas de plantas medicinais.Disponível em: <http://www.neplame.univasf.edu.br/fitoquiacutemica.html>. Acesso em: 03dez. 2015, 17:09.
PEREIRA, Amandio C.; CASTRO, Denise L. Prospecção fitoquímica e potencial citotóxico de Unxia kubitzkii H.ROB. Revista Brasileira de Biociências, 2007. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewFile/224/218 >. Acesso em: 11 nov. 2015, 09:35.
KITAJIMA, Elliot W.; RODRIGUES,V.; ASTUA, Juliana F.; An annotated list of ornamentals naturally found infected by Brevipalpus mite-transmitted viruses. Sci.Agric, Piracicaba, n 3, 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/sa/article/viewFile/22541/24565>. Acesso em:10 dez. 2015, 10:54.