Análise do teor de compostos fenólicos totais na casca da seriguela em diferentes estádios de maturação.
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Alimentos
Autores
Freire, N.G.F.L. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO) ; Loss, R.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO) ; Neris, T.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO) ; Rocha, D.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO) ; Nunes, J.W.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO) ; Guedes, S.F.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO)
Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar o teor de fenólicos totais na casca da seriguela em diferentes estádios de maturação (verde, de vez e maduro). Foram pesadas aproximadamente 15 g das cascas, adicionado 15 mL de etanol e centrifugada por 10 minutos. O solvente foi evaporado em banho-maria a 60 ºC e ressupendido em 15 mL de água. A determinação do teor de fenólicos totais foi efetuada utilizando o reagente Folin-Denis através de curva padrão com ácido gálico. O teor de fenólicos foi maior para amostra madura (536,32±32,48 mgAG/100g), seguida do extrato da seriguela de vez (498,13±22,72 mgAG/100g) e da verde (493,56±46,88 mgAG/100g). Conclui-se, portanto, que a casca da seriguela é rica em compostos fenólicos totais, sendo que o estádio maduro apresenta o maior valor.
Palavras chaves
Spondias purpurea; Compostos Fenólicos; Antioxidante
Introdução
As frutas, em geral, são excelentes fontes de compostos fenólicos, sendo considerados um dos principais responsáveis pela atividade antioxidante dos alimentos (MELO et al., 2008). De acordo com Silva et al., (2012), diversos fatores como a espécie, prática de cultivo e estádio de maturação podem influenciar no conteúdo final dos fenólicos nas frutas e hortaliças. As frutas exóticas têm sido estudadas quanto a avaliação do teor de fenólicos na sua composição, incluindo nas diferentes partes que compõem, tais como casca, polpa e semente. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o teor de compostos fenólicos totais na casca da seriguela verde, de vez e madura, comparando o teor conforme o amadurecimento.
Material e métodos
Obtenção da amostra As frutas de seriguela foram coletadas no município de Barra do Bugres, MT (Figura 1). Os frutos foram coletados nos respectivos estádios de maturação (verde, de vez e maduro), higienizados e lavados em água corrente. Foram separadas as cascas e, em seguida, foram processadas até obter uma mistura homogênea para análise de compostos fenólicos totais. Obtenção dos extratos Foram pesadas aproximadamente 15 g da amostra triturada com 15 mL de etanol. Posteriormente, a amostra foi centrifugada por 10 minutos e o solvente evaporado em banho-maria a 60 ºC. Foi adicionado 15 mL de água destilada no extrato para posterior análise de compostos fenólicos totais. Determinação dos Compostos Fenólicos Totais A determinação do teor de fenólicos totais dos extratos foi efetuada por método espectrofotométrico (760 nm), utilizando o reagente Folin- Denis (Sigma) através de curva padrão com ácido gálico.
Resultado e discussão
Foi possível obter o teor de compostos fenólicos de 493,56±46,88 mgAG.100g
no estádio verde, 498,13±22,72 mgAG.100g no estádio intermediário e
536,32±32,48 mgAG.100g para o maduro. Houve um aumento do teor de fenólicos
totais conforme o aumento da maturação do fruto.
Os resultados obtidos no presente estudo estão de acordo com Silva e
colaboradores (2012) que encontraram diferentes valores de fenólicos totais
diferentes em 11 variedades de seriguela, variando de 351 a 862 mg EAG.100g.
De acordo com Faller e Fialho (2012), diferentes variedades, cultivar e
índice de maturação influenciam na concentração de fitoquímicos no alimento,
incluindo alterações nas frutas.
Conclusões
Conclui-se, portanto, que a casca da seriguela é rica em compostos fenólicos totais, sendo que o estádio maduro apresenta o maior valor.
Agradecimentos
A Fundação de Amparo à pesquisa (FAPEMAT) pelos recursos aprovados no Edital Universal Fapemat nº 005-2015 processo nº. 210230/2015.
Referências
FALLER, A. L. K.; FIALHO, E. Polyphenol availability in fruits and vegetables consumed in Brazil. Rev. Saúde Pública, v. 43, n. 2, p. 211-218, 2009.
MELO, E.A. et al. Capacidade antioxidante de frutas. Rev. Bras. Ciênc. Farm., v. 44, n. 2, p. 193-201, 2008.
SILVA, Q. J.; MOREIRA, A. C. C. G.; MELO, E. A.; LIMA, V. L. A. G. Compostos fenólicos e atividade antioxidante de ciriguelas. Alim. Nutr., Araraquara, v. 23, n. 1, p. 73-80, jan./mar. 2012.