DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FERRO EM VARIEDADES DE FEIJÃO DE CAIXINHA INDUSTRIAL COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE SÃO LUIS - MA
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Alimentos
Autores
Azevedo, L.C.M. (UFMA) ; Silva, A.K.B. (UFMA) ; Batista, H.S. (UFMA) ; Luz, D.A. (UFMA)
Resumo
O feijão é uma das leguminosas mais presentes na alimentação do brasileiro, mas, devido à correria do cotidiano, muitos optam pelo feijão em sua forma industrial. O presente trabalho teve por finalidade analisar o teor de ferro presente em caixas de feijão industrial nas variedades preto, carioca e branco. As amostras, foram preparadas em triplicatas, levadas ao processo de digestão ácida e analisada pelo método espectrofotometria UV- Vis para determinação de Fe(II) utilizando como ligante o reagente 1,10 ortofenantrolina. Os valores do teor da determinação de Ferro nas amostras de feijão preto e carioca para os dois tipos de marcas foram respectivamente: 5,72 ± 0,62 e 6,46 ± 0,96 mg/100g; 3,04 ± 0,22 e 2,3± 0,09 mg/100g; para a amostra de feijão branco foi encontrado: 2,3± 0,15 mg/100g.
Palavras chaves
Feijão industrial; Ferro; Espectrofotometria UV-Vis
Introdução
Os produtos industrializados ocupam uma parcela cada vez maior do mercado de alimentos. Além da praticidade, os alimentos industrializados também possuem um prazo de validade bem maior do que os produtos "in natura", tornando fácil o seu armazenamento. Um dos principais ingredientes da cozinha nacional, o feijão, entrou no mercado das embalagens longa vida, após uma cuidadosa pesquisa sobre as refeições dos brasileiros, que confirmou o enorme potencial desse mercado. O feijão é um alimento básico para o brasileiro, ocupando importante posição na nutrição humana, com excelente fonte de ferro, proteína e outros nutrientes(COZZOLINO et al., 2008; (HERIQUES; COZZOLINO, 2007). O objetivo deste trabalho é determinar o teor de ferro em variedades de feijão (preto, carioca e branco) em caixinha industrial comercializadas na cidade de São Luís-MA.
Material e métodos
Foram coletadas três variedades de feijão em caixinha industrializado, PhaseolusvulgarisL., variedades preto, carioca e Vignaunguiculata(L.) Walp variedade branco, pertencentes a três marcas diferentes (A, B e C), totalizando 18 caixinhas. Após a aquisição, as amostras foram estocadas nas suas embalagens originais até o momento da digestão da matéria orgânica, que foi realizada em triplicata, em um total de 54 amostras. Os reagentes utilizados no preparo das soluções, foram de procedência Merck e de pureza analítica. As soluções padrão de ferro foram preparadas a partir de soluções estoque de concentração 10 mg L-1. Os ácidos utilizados para digestão das amostras foram o ácido nítrico e o ácido sulfúrico concentrado de grau e pureza analítico. Para as medidas espectrofotométricas foi utilizado espectrofotômetro, marca ThermoScientific, modelo Evolution 60S. Na determinação de ferro, através de espectrofotometria UV-Visível, foi usado o método da Curva de Calibração do gráfico Concentração x Absorbância para a quantificação do analito de interesse em análise(SKOOG et al, 2002).
Resultado e discussão
A validação foi avaliada construindo uma curva analítica e através da
recuperação que nos fornece dados para determinar a linearidade, a
sensibilidade, precisão e exatidão do método analítico, Figura 1. Conforme os
resultados obtidos na Tabela 1, pode-se observar que todas as amostras
apresentaram uma boa precisão, baseada na repetitividade das leituras
espectrofotométricas, cujos valores de CV variaram de 2,06% a 6,13%, sendo
satisfatórios do ponto de vista analítico, pois, estes valores são menores que
25% que é um erro considerado aceitável tratando-se de análise de traços
(MENDHAM et al., 2000).
Curva Analítica para o Complexo Ferro - 1,10- Fenantrolina
Concentração de Ferro (II) nas Replicatas das Amostras de Feijão
Conclusões
Este trabalho contribuiu com novas informações sobre o teor de ferro em amostras de três variedades de feijão em caixinha industrializado, ampliando a literatura. Os valores do teor de Ferro nas amostras de feijão preto e carioca para os dois tipos de marcas foram respectivamente: 5,72 ± 0,62 e 6,46 ± 0,96 mg/100g; 3,04 ± 0,22 e 2,3 ± 0,09 mg/100g; para a amostra de feijão branco foi encontrado: 2,3 ± 0,15 mg / 100g, com valores de CV variando no intervalo de 2,06% a 6,13%, sendo satisfatórios do ponto de vista analítico, contribuindo assim com informações do alimento de quem os consome.
Agradecimentos
À UFMA, PCQA E LPQA.
Referências
COZZOLINO, S.M.F.; BORTOLI, M.C.; COMINETTI, C. Grupo dos feijões e oleaginosas. In: PHILIPPI, Sonia Tucunduva. Pirâmide dos alimentos. Fundamentos básicos da nutrição. São Paulo: Manole, 2008.
HERIQUES, G.S.; COZZOLINO, S.M.F. Ferro. In: COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes. 2. ed. Barueri-SP: Manole, 2007.
MENDHAM, J. et al. Análise Química Quantitativa. VOGEL. 6ª ed. LTC, Londres, 2000.
SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; NIEMAN, T. A.; trad. CARACELLI, I. et al. Princípios de análise instrumental. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.