EXTRAÇÃO E DETERMINAÇÃO DO TEOR DE PECTINA NA FORMA DE PECTATO DE CÁLCIO DA POLPA DE MAÇÃ VERMELHA

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Alimentos

Autores

Conceição, C.N. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Fernandes, I.A. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Marques, I.S. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Morais Neto, M.D. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Oliveira, M.R.A. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Silva, F.W.S. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Batista Neto, J.V. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Ferreira, A.L. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Cruz, F.S. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ) ; Silva, M.S.G. (INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO- CAMPUS CODÓ)

Resumo

O trabalho objetivou realizar a extração e determinação do teor de pectina da polpa de maçã vermelha pelo método gravimétrico. As análises foram realizadas em triplicata, onde separou-se três amostras de 50 g de polpa. Em seguida foram diluídas e levadas à fervura, posteriormente filtradas e adicionada a solução de hidróxido de sódio. No segundo dia adicionou-se as soluções de ácido acético e de cloreto de cálcio, ferveu-se. Após deixou-se em repouso e filtrou-se, lavando-se o precipitado. O material foi levado para estufa e no dia seguinte pesados as massas. O teor de pectina encontrado neste trabalho foi de 0,78%, mostrando que a maçã vermelha apresenta quantidade de pectina dentro da faixa esperada. Quanto ao método, mostrou que é possível extrair a pectina.

Palavras chaves

extração; pectina; quantificação

Introdução

A maçã é uma fruta conhecida de todos, bastante consumida, principalmente em Portugal, sendo considerada uma das principais frutas e excelentes alimentos (ALMEIDA; PINTADO; MALCATA, 2008). A composição nutricional da maçã merece destaque, especialmente pelo seu elevado valor de vitaminas do complexo B, vitamina C e E, além do mineral potássio, possui ainda, grande quantidade de fibras, principalmente da pectina, fornecedora de aproximadamente 10% das necessidades diárias de fibras (MARIANO; NUNES; VALENTINI, 2011). Ultimamente o interesse na pesquisa com pectina tem se mostrado crescente, pois é um artifício de grande utilização nas indústrias alimentícias como agente geleificante e estabilizante em alimentos, devido ser uma fibra dietética, por ser um componente formidável das paredes celulares de plantas e ser uma substância com atividades farmacêuticas reconhecidas (KLIEMANN, 2006). Os autores citam ainda que, o consumo regular da pectina mostra-se eficiente no controle da glicemia e que o consumo diário de duas maçãs pequenas fornece a dose necessária da pectina. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo realizar a extração e a determinação do teor de pectina na forma de pectato de cálcio na polpa de maçã vermelha pelo método gravimétrico.

Material e métodos

O experimento foi conduzido no laboratório do Campus. Os frutos adquiridos na feira. Os materiais e reagentes utilizados foram os seguintes: maçãs, balança analítica, chapa aquecedora, cápsula de porcelana, dessecador, estufa, papel filtro, algodão, vidrarias comuns, faca, liquidificador, peneira, ácido acético 1 molar, hidróxido de sódio 1 molar, cloreto de cálcio 1 molar e nitrato de prata 1%. Separou-se 10 frutos e higienizou-se em solução contendo água e hipoclorito de sódio. A casca e as sementes foram retiradas e a polpa homogeneizada e peneirada. Para a extração da pectina, utilizou-se béqueres de 600 mL, pesou-se amostras de 50 g de polpa da maçã e acrescentou-se 400 mL de água destilada. Ferveu-se durante 1 hora, recolocando a água perdida. O conteúdo após esfriar, foi agitado e filtrado para um erlenmayer de 500 mL usando funil e algodão, após separou-se uma proveta de 100 mLe transferiu-se para um béquer de 600 mL, adicionou-se 300 mL de água destilada e 10 mL de hidróxido de sódio, agitou-se e deixou-se em repouso por uma noite. No segundo dia adicionou-se 50 mL da solução de ácido acético sobe agitação, aguardou-se 5 minutos e adicionou-se sob agitação 50 mL da solução de cloreto de cálcio, ferveu-se as amostras por 1 minuto. Após deixou-se em repouso por 1 hora e filtrou-se em papel filtro lavando-se o precipitado com água destilada quente até remover todo cloreto livre, sendo testada sua presença com a solução nitrato de prata 1%. Os resíduos foram transferidos para as cápsulas de porcelana taradas e evaporados até secagem completa, em seguida, transferidos para a estufa à 40º C e deixado por uma noite. No terceiro dia as cápsulas foram retiradas da estufa e transferidas para o dessecador até esfriarem e em seguida pesadas, sendo anotados os resultados.

Resultado e discussão

As análises foram realizadas em triplicata, onde obtivemos valores de: 0,4155 g, 0,3880 g e 0,3885 g de pectato de cálcio para as respectivas amostras da polpa de maçã. A partir da média dos valores, obteve-se o teor de pectato de cálcio de 0,79%, valor que ficou dentro dos valores tabelados. Este valor é maior do que em outras frutas, como no trabalho realizado por Sebastião (2015), que obteve o teor de 0,64% de pectina na forma de pectato de cálcio extraída da polpa do araçá amarelo (Psidium cattleyanum Sabine). Já Ribeiro et al. (2008) em seu trabalho utilizando o método de extração através da precipitação com cloreto de cálcio a partir da tamarindo (Tamarindus indica) encontraram o menor percentual de pectina na polpa da tamarindo que foi 0,17%. O teor de pectato de cálcio foi obtido através da equação a seguir: Teor de pectato de cálcio (%) = ( g de pectato de cálcio x 100)/(massa da amostra em g)

Teores de pectina nas frutas

Fonte: Coelho (2008, p.14 apud THAKUR; SINGH e HANDA, 1997; THIBAULT, 1980)

Amostras pectato de cálcio após secagem

Fonte: Elaborada pelos autores.

Conclusões

O teor de pectina extraído na forma de pectato de cálcio da polpa de maçã vermelha mostrou-se baixo, mas dentro dos valores da faixa esperada, porém alguns fatores como temperatura, tempo, pH, variedade da fruta e o próprio manuseio podem ter influenciado na quantificação da pectina. Quanto ao método de extração, mostrou que é possível extrair a pectina da polpa de maçã.

Agradecimentos

Agradecemos à Deus e ao IFMA.

Referências

ALMEIDA, D.P.F.; PINTADO, M.; MALCATA, F.X. Caracterização nutritiva e funcional de variedades de maçã de Alcobaça. Centro de Biotecnologia e Química Fina, Escola Superior de Biotecnologia, Universidade Católica Portuguesa, 28 p. 2008. Disponível em:< http://clubedamaca.pt/Sites/maca/Documentos/RVNFMA.pdf> Acesso em 05/08/2017.

COELHO, M. T. Pectina: Características e Aplicações em Alimentos. 2008. 32f. Seminário (Disciplina de Seminários em Alimentos) – Departamento de Ciência dos Alimentos, Curso de Bacharelado em Química de Alimentos, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

KLIEMANN, Erika. Extração e Caracterização da Pectina da Casca do Maracujá-amarelo (Passiflora edulis flavicarpa). 75 f. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) –Programa de Pós-graduação em ciência dos alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.

MARIANO, E. J.; NUNES, E. E.; VALENTINI, E. Avaliação dos parâmetros físico-químicos e sensoriais da maçã desidratada para uso como aperitivo. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Tecnologia em Alimentos) Universidade Tecnológica Federal Do Paraná - Campus Medianeira, 2011.

RIBEIRO, R. A.; QUEIROZ, M. das G. M. N.; SANTOS, C. P.; SOUZA, T. S.
. Determinação da quantidade de pectina em tamarindo (Tamarindus
indica). 31ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. 2008.

SEBASTIÃO, Silvia Helena Aparecida. Extração e Determinação de pectina na forma de pectato de cálcio da polpa do araçá amarelo. Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis- FEMA -- Assis, 2015. 52p.

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