DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA PARCIAL DE QUIBE ELABORADO A PARTIR DO RESÍDUO CERVEJEIRO (RC) ADICIONADO DE BIOMASSA DA BANANA VERDE (BBV).
ISBN 978-85-85905-21-7
Área
Alimentos
Autores
França, T.Y.S. (IFMT CAMPUS BELA VISTA) ; Oliveira, K.S. (IFMT CAMPUS BELA VISTA) ; Faria, R.A.P.G. (IFMT CAMPUS BELA VISTA) ; Souza, J.S.B.R. (IFMT CAMPUS BELA VISTA) ; Santos, V.H.S. (IFMT CAMPUS BELA VISTA) ; Campos, K.C.G. (IFMT BELA VISTA)
Resumo
Com a falta de tempo as pessoas deixaram de consumir as refeições completas e optaram pela praticidade em consumir alimentos com menos tempo de preparo, como salgados, embutidos, etc. O objetivo do presente trabalho foi elaborar e determinar a composição físico-química parcial de três concentrações de quibe assado a partir do resíduo cervejeiro adicionado de biomassa da banana verde. Foram realizadas no IFMT, em triplicata. A umidade demostrou variação com a adição da farinha do bagaço do malte 5,96 à 5,70%, houve incremento dos minerais com o aumento da incorporação do resíduo cervejeiro (1,42 à 1,47%). O pH encontrado variou de 6,55 à 6,58 com o aumento da farinha.Com relação a textura houve aumento do enrijecimento do quibe com a inserção da farinha do resíduo, variando de 1,35 à 1,56.
Palavras chaves
Análise; Carne; Viabilidade
Introdução
Atualmente considerava-se produtos cárneos os produtos alimentícios preparados totalmente ou parcialmente com carnes, miúdos ou gorduras e subprodutos comestíveis procedentes dos animais de abate ou outras espécies e, eventualmente ingredientes de origem vegetal como também condimentos, especiarias e aditivos autorizados (Ordóñez 2005).Para a seleção dos ingredientes é um dos passos mais importantes a levar em conta no processo de elaboração de produto cárneo, já que as características organolépticas típicas dos produtos finais dependerão de sua natureza e proporção.Ao término do processo de conversão enzimática (mosturação) é produzida uma mistura líquida açucarada denominada mosto, que será a base para a futura cerveja. Ao fim da mosturação uma fração insolúvel é também obtida, basicamente é a casca do grão de cevada maltada (resíduo cervejeiro). O resíduo consiste em lúpulo ou outros cereais como arroz, aveia, milho ou trigo. O bagaço de malte é considerado o principal resíduo da indústria, pois corresponde á cerca de 85% do total de resíduos obtidos. O quibe é um produto típico do Oriente Médio que consiste em um bolinho de carne de soja (eventualmente substituída por carne moída), temperada com ervas que pode ser cru, cozido ou frito. O nome deriva de kubbeh que em árabe significa bola. É um prato muito popular e considerado o produto nacional do Líbano, Síria e Iraque. O objetivo do trabalho é elaborar quibe assado com diferentes concentrações de bagaço de malte cervejeiro com adição da biomassa da banana verde e verificar a sua formação centesimal em diversas porcentagens.
Material e métodos
As análises físico-químicas foram realizadas no Laboratório de Bromatologia do Instituto Federal de Mato Grosso Campus Cuiabá Bela Vista. As amostras foram feitas em triplicatas para cada formulação do produto sendo elas 10%, 15% e 25%. Primeiramente pesaram-se a farinha de quibe adquirido em embalagens de 500 g no comercio convencional, a farinha do bagaço do malte com adição biomassa da banana verde (BBV) adquirida através do processo de fabricação de cerveja artesanal no IFMT campus Bela Vista, no qual pesou-se 100g para o de 10%, 150g para o de 15% e 250 g para o de 25%, a carne moída foi comprada em mercados populares pesou-se 1000 g de carne para cada formulação. Temperos e condimentos como cebola, cebolinha, alho, hortelã foram utilizados 150g para as três porcentagens, foram utilizados 3% de sal que equivale a 30g. Essa mistura foi homogeneizada, moldadas, assadas, embaladas em embalagens de polietileno e refrigeradas até o momento das análises. As analises de pH, umidade, cinzas e textura foram feitas de acordo com a metodologia do Instituto Adolfo Lutz 2008 (IAL, 2008).
Resultado e discussão
Será discutido os resultados
das análises físico-químicas
do quibe com
adição da biomassa da banana
verde com diferentes
porcentagens do bagaço de
malte cervejeiro.O resíduo
cervejeiro RC) é constituído
predominantemente
das camadas de pericarpo
(casca) da semente, que são
ricas em celulose,
polissacarídeos não-
celulósicos, lignina,
proteína e gordura. Isso se
reflete na composição do RC
(Tabela 1), e, portanto, este
resíduo pode ser
considerado como um material
lignocelulósico (MUSSATTO et
al., 2006). O pH é
um dos parâmetros mais
importantes pois é através
dele que verificamos
acidez do produto final, com
pH entre 6,47 a 6,58.
Observou também que ao
passar de duas semanas o pH
não alterou.Os valores de
cinzas encontrados
foram de 1,4719 a 1,4851 para
o quibe sem o bagaço, e
1,4260 a 1,4783 para o
quibe com o bagaço. Percebe-
se que quanto maior a
quantidade de malte
cervejeiro adicionada no
produto, maior seu teor de
cinza, o que pode
ressaltar que o RC aumenta o
valor nutricional do quibe,
uma vez que as
cinzas estão relacionadas aos
minerais. A umidade podemos
observar que
quanto mais RC adicionado no
quibe mais seco ele ficou
tanto que para a
concentração de 10% a umidade
foi de 5,9633 e para a
amostra de 25% que
contém mais RC foi de 5,7004.
A textura da menor
concentração ficou mais
cremosa mais homogênea, já a
de maior concentração ficou
mais solida mais
densa, e mais seca também.
Conclusões
Os dados obtidos no referente trabalho permitiram verificar que é viável á produção de quibe com bagaço do malte cervejeiro (RC) com adição da Biomassa da banana verde, pois é um produto diferente e alternativo dos demais quibes tradicionais para todos os públicos em especial para aqueles que procuram um produto fitness, saudável sem gordura e com muita proteína. Os resultados da composição centesimal foram muito satisfatórios. Os resíduos cervejeiros atualmente funcionam como uma alternativa na alimentação animal, tendo muitos benefícios nutricionais.
Agradecimentos
Agradecimentos ao órgão IFMT Campus Cuiabá Bela Vista, por ajudar nas demais análises e tornar um sonho possível.
Referências
HUIGE, N. J. Brewery by-products and effluents.In Handbook of Brewing, pp. 501–550 [WA Hardwick, editor]. New York: Marcel Dekker, 1994.
Instituto Adolfo Lutz (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de alimentos /coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea -- São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.
ORDONEZ, Juan. Tecnologia de alimentos. Volume 2. Alimentos de origem animal – 1a. Ed., Ed. Artmed – SP, 2005.